Desde que chegou a Manchester até o início do último março, Louis Van Gaal nunca pareceu ter certeza de nada. Muitas trocas nominais, mudanças posturais e seis variações distintas. Porém, amparado pelos resultados, holandês foi capaz de seguir firme até reta final de 2014-15. Quando, finalmente, estabeleceu um estilo ao conjunto vermelho.
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No momento decisivo, United cresceu (foto: Reprodução) |
O fato de ter chegado à 28ª rodada da English Premier League sem uma grande exibição e, ainda assim, na 4ª colocação, diz muito a respeito da temporada de Van Gaal. Ainda que caminhada tenha sido complicada e tortuosa, conquistar resultados favoráveis fez com que críticas diminuíssem consideravelmente. Algo que seu antecessor, David Moyes, com menos talentos à disposição, não conseguiu. Desta maneira, ajudado pelos números e bastante atrapalhado pelas lesões, Louis passou mais de seis meses sem uma equipe titular. Até partida frente ao Tottenham, sendo que detalhes já haviam sido vistos contra o Arsenal, pela FA Cup. Além desta definição, quanto à uma equipe base, duelo contra time de Mauricio Pochettino marcou o surgimento de aspectos interessantíssimos. Presentes até atual momento.
O "novo United" é, sem dúvidas, um conjunto de posse e controle - nos últimos cinco cotejos, teve mais a bola que todos os rivais, totalizando 297% e tendo média de 59% por confronto. Todo o jogo vermelho passa por isto, sempre com movimentos direcionados e previamente planejados. Levando em conta que 4-3-3 (4-1-4-1 na fase defensiva), segundo o próprio Van Gaal, proporciona muitos triângulos, base para circulação são os pontos de partida de cada atleta. Sem contar, é claro, desmarques de apoio e excelentes recursos para ataques posicionais - onde se destacam Michael Carrick, Daley Blind, Ander Herrera, Juan Mata e Wayne Rooney. Contudo, como um time não se faz apenas de linhas de passe, jogadores restantes têm papeis diferentes, equilibrando coletivo.
Ashley Young e Antonio Valencia estão lá para produzirem desmarques de ruptura, enquanto presença de Marouane Fellaini tem muito a ver com jogo direto. Desta maneira, Red Devils conseguiram complexidade e constância. Exemplificadas nos quatro recentes jogos grandes, contra Tottenham, Liverpool, Manchester City e Chelsea. Três vitórias, 405' em ótimo nível - de adaptação, também - e vaga na Liga dos Campeões muito próxima. Apesar de tudo, número de gols sofridos nesta sequência é grande e causa confusão. Ainda que solidez seja aparente - David De Gea tem média de uma defesa por duelo; só contra Liverpool, no 1º turno, foram oito -, são cinco tentos em cinco embates.
Flagrantes abaixo.
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Clique na imagem para ampliar Um dos pré-direcionados movimentos vermelhos |
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Clique na imagem para ampliar Outro deslocamento pré-direcionado |
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Clique na imagem para ampliar Jogo direto do time de Manchester |
Quando se tem longos períodos com a posse, é natural, em momentos, se ver encaixotado e atascado. Para fugir disto, além do já citado jogo direto, turma de Old Trafford utiliza conduções de zagueiros. Que, em geral, estão alheios aos encaixes adversários - ou, no mínimo, têm superioridade numérica e condições de avançar. Pois sempre é necessário seguir gerando futebol. Chris Smalling, Marcos Rojo e Patrick McNair são os maiores destaques, neste sentido. Abaixo, evidencias de outro ponto forte do United.
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Clique na imagem para ampliar Mais um lado elogiável da equipe |
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Clique na imagem para ampliar 4-1-4-1/4-3-3 de Louis e seus muitos triângulos |
Crescendo no momento decisivo da temporada, Manchester United está bastante próximo de seu maior objetivo. Mesmo que passado tenha sido incerto, futuro já tem traços bem definidos. Para um ciclo de reformulação, suficiente. Louis Van Gaal, nestes quase nove meses, foi de mais a menos e de menos a mais. No final, transforma conjunto em algo extremamente completo. Embora bem atrasado, ponto para o holandês não voador.
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