Neste sábado (3), após começo de temporada com ideias e execuções confusas, Unai Emery voltou a ter considerável destaque positivo e, por 2 a 1, seu Sevilla derrotou o Barcelona de Luis Enrique. Por certo, ex-técnico do Valencia teve grandes méritos na planificação da partida.
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Comemoração andaluz (foto: Reprodução) |
Sevilla formou habitual 4-2-3-1 (4-4-1-1 ao negar espaços), com Vicente Iborra como "10" para sustentar ligações diretas e Michael Krohn-Dehli extremo para ordenar equipe desde um flanco - nada novo. Desde o começo, sendo pressionados em sua própria metade de terreno, sevilhistas buscaram quebrar isto e logo correr em direção à meta de Claudio Bravo, sem maiores passes horizontais ou tentativa de controle. Por baixo ou por cima, apesar de certas tentativas falhas, certo é que conjunto de Unai foi capaz de eliminar blocos pressionantes blaugranas, deixar rivais para trás e verticalizar ataques - na 1ª parte, porém, poucos foram finalizados. Ofensivamente, um dos objetivos era arrastar algum zagueiro culé para embate aéreo com Iborra, vencer por aí e, já por baixo, atacar buraco deixado por defensor. Algo que Kevin Gameiro chegou a fazer bem.
Sem a bola, andaluzes também subiam homens para realizar agressivo pressing sobre saída barcelonista e roubar bola à frente, o que ocorreu e foi sempre seguido por jogadas verticais; quando não ocorria e Barça conseguia avançar um pouco, Sevilla passava à falha defesa posicional. Desta forma, com pressões furadas - ou desarmes no campo rival - e ataques não finalizados, contexto se transformou em algo caótico, cheio de contragolpes e espaços, benéfico para os de Emery. Pois estes vinham tendo debilidades quando confronto "parava" e era necessário organização, como contra a Juventus. Por mais que houvesse Neymar e Luis Suárez no outro lado, que vermelhos tenham sofrido e quase perdido, treinador arriscou. Até porque, sem Andrés Iniesta e Lionel Messi, Barcelona perdeu qualquer capacidade de controlar ritmo de algo.
No 2º tempo, mandantes rapidamente conseguiram arrematar e transformar em gol duas ocasiões, ambas no cenário citado. Depois, foram muitos minutos defendendo-se mal, entrada de Fernando Llorente tirou força à frente, inconstante Sergio Rico teve de negar empate aos visitantes. Contudo, mesmo empurrado, Sevilla segurou importante triunfo. Talvez, uma guinada.
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Clique na imagem para ampliar Panorama inicial |
Barcelona compôs rotineiro 4-3-3 (4-4-2 na fase defensiva), possuindo Munir El Haddadi entre titulares, Javier Mascherano como "5" e Sergio Busquets interno-esquerdo. Como era de se esperar, sem Iniesta e Messi - com mais perdas de bola, logo -, Barça pressionando fortemente no campo oponente, sobretudo nos primeiros segundos após tais perdas, para não ceder contra-ataques. Neymar, a exemplo da 2ª parte contra o Bayer Leverkusen, ganhou certos "regalos de Leo" e teve grande liberdade de movimentos, afim de se mover para quebrar blocos de pressing ou marcação rivais e conectar coletivo. Entretanto, brasileiro contou com dificuldades iniciais, oscilando em participação e brilhando mais em contragolpes. Que tomaram conta do cotejo durante determinado tempo, quase ajudando ou castigando catalães, já descontrolados.
A priori, sendo a equipe de maior qualidade, seria interessante entrar nesta troca de golpes. Mas seguir aí por tantos minutos cobrou seu preço, e principais controladores de ritmo do grupo teriam ajudado. Depois de tentos do Sevilla, surgindo justamente com Barcelona correndo para trás, time melhorou. Neymar exigiu protagonismo, passou a rodar mais, mostrou o craque que é e liderou um conjunto que empurrou mandantes sem desesperar-se, teve laterais propiciando largura, instalou-se na metade adversária, exibiu Sergi Roberto em destaque, marcou uma vez e poderia ter feito outras mais. Basicamente, bons detalhes e frescura mental ao tentar remontada.
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Clique na imagem para ampliar Cenário final |
Para o Sevilla, vitória ocasional e Unai Emery foram melhor notícia do dia. Ainda há extrema imperfeição no sistema, aspectos péssimos e várias posições a ganhar na tabela de classificação; começo de 2014-15 também não foi excelente, se vale comparar. Barcelona, ainda que duelo não tenha contribuído tanto, deixa traços do que será sem o melhor da história.
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