Os azuis da Bota na abertura dos grupos da Liga Europa
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Os azuis da Bota na abertura dos grupos da Liga Europa


Aberta nesta quinta-feira (17), fase de grupos da Liga Europa 2015-16 viu italianos já somarem 4 pontos, justamente com os azuis Napoli e Lazio - Fiorentina perdeu, por 2 a 1, para Basel. Enquanto napolitanos golearam Club Brugge com convincente 5 a 0 e belos detalhes, romanos cederam 1 a 1 ao Dnipro no último instante, tendo outra atuação bastante imperfeita. Dupla, aliás, se enfrentará no próximo domingo (20), na partida mais importante da rodada 4 da Serie A.

Nenhum azul da Itália perdeu (arte: Lucas Martins; fotos: Reprodução)

Napoli 5-0 Club Brugge

Napoli esteve em um 4-3-3 (4-1-4-1 sem a bola), nada do habitual 4-3-1-2 (igual nas duas fases) de Maurizio Sarri. Auxiliados por precoce tento de José Callejón, partenopei alteraram cenário esperado, recuando linhas de marcação para roubar e contragolpear em condições favoráveis. Considerando que Brugge aceitou isto e adotou postura opressora, 1ª parte teve contexto anormal - e muito interessante aos mandantes. Aproveitando-se de ataques posicionais mal construídos e posteriores perdas pouco planejadas dos belgas, italianos conseguiram transitar ofensivamente em campo aberto inúmeras vezes, como nos melhores momentos de Rafa Benítez; ou, então, quebrar débeis linhas de pressão rivais facilmente e também correr em direção à meta visitante. Se defendendo bem - um pouco por simples acúmulo de homens -, azuis controlaram quase tudo.

De tal maneira, conjunto sofreu pouco, causou danos, dominou embate e marcou três vezes nos 45' iniciais. No 2º tempo, sobretudo após 4 a 0, os de Sarri mudaram coisas. Passaram a reter balão por maiores períodos, buscar recuperações na metade oponente e deixar claro mecanismos de ataque. Centroavante entre linhas adversárias, winger-esquerdo realizando diagonais internas, ponta oposto mais próximo à beirada, lateral-canhoto ganhando altura campal - o outro nem tanto - e trivote alternando posições para gerir circulação. Tudo em ritmo alto, sendo que estes são apenas referenciais e ações, por vezes e confundindo jogadores de Michel Preud'homme, foram outras. Assim, Napoli produziu ainda mais, impediu qualquer argumento belga e ganhou bem.

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Início e término do confronto

Brugge desenhou 4-2-3-1 (4-4-1-1 na fase defensiva), ostentando ideias claras, execuções não muito perfeitas e grande fragilidade. Tendo de gerar futebol após 1 a 0, já que Napoli tornou-se reativo, time de Preud'homme comprou contexto e passou a almejar domínio. Subindo ponto médio coletivo para desarmar à frente, retendo esfera, instalando-se na metade de campo italiana e possuindo agressivo pressing em todas as alturas do gramado. Aspectos divertidos para público, mas que cobraram preço de más aplicações no estádio San Paolo. Desde ousado e mau estabelecimento nos quartos de relvado oponentes, com poucos esportistas atrás da linha da bola, até pressões furadas que partiam conjunto a todo instante, Club Brugge não competiu exatamente bem. Cedeu demais por tentar, de forma errônea, tomar rédeas do cotejo.

Foi assim durante maior parte do 1º tempo, com atletas correndo para trás incontáveis vezes e, mesmo com muita gente à frente, não criando muito. Na outra etapa, belgas mantiveram-se em defesa posicional por longos períodos, permitiram jogo entre suas linhas de marcação e sofreram goleada. De qualquer maneira, detalhes interessantes que merecem crescer, evoluir, melhorar.

Dnipro 1-1 Lazio

Dnipro formou, inicialmente, mesmo 4-2-3-1 (ao negar espaços, 4-4-1-1) de 2014-15, quando atingiu decisão da competição e caiu ante um enorme Sevilla. Tendo brasileiro Anderson Pico entre titulares, ucranianos foram protagonistas de duelo extremamente ruim. No começo, vice-campeões optaram por retrasar homens e permanecer em defesa posicional, de linhas médio-baixas. Entretanto, aos poucos, mandantes foram segurando balão, obrigando rival a recuar - ainda que sem tantos argumentos ofensivos. Certo é que, em meio ao equilíbrio coletivo apresentado, equipe de Myron Markevych sentiu falta de um fator realmente desequilibrante, capaz de verticalizar jogadas e transformar instantes de posse em reais oportunidades de marcar.

Não há mais Yevhen Konoplyanka e isto altera panoramas; Nikola Kalinic também oferecia mais do que Yevhen Seleznyov fez. Assim, Dnipro teve míseras duas finalizações na 1ª parte e misto de passes incorretos com vários passes horizontais. Cenário parecido nos 45' decisivos, sendo que, aí, Lazio também esteve totalmente imprecisa (ao final, italianos acertaram 75% dos passes; ucranianos 70%). Não fosse tento "achado" nos segundos finais, derrota viria. De positivo, participações de Pico, Douglas ainda possibilitando solidez e ponto somado. 

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Panoramas no começo e fim

Lazio compôs 4-2-3-1 (4-4-1-1 sem a posse), sempre uma das duas principais opções de Stefano Pioli. Contando com algumas novidades, biancocelesti oscilaram bastante e não chegaram a ter superioridade futebolística por períodos muito grandes. Pouca mobilidade do quarteto mais adiantado, pouco jogo entre linhas oponentes e mínimas opções de passe verticais marcaram 1º tempo romano, elogiável na fase defensiva. Só diminuindo tempo e espaços do Dnipro quando este pisava em sua metade, italianos deixaram tudo distante de Federico Marchetti, mostrando agradável nível de energias. Marcando desde uma bola parada, laziali praticamente não sofreram defensivamente e tampouco produziram demasiadas chances na 1ª metade de cotejo.

Na 2ª, ações estiveram presas ao centro, times tiveram bastantes perdas e, fora um ou outro susto, tudo estava em zona confortável para azuis da Itália. Que, em contrapartida, dependiam totalmente de Felipe Anderson para criar. Porém, Seleznyov empatou no lance final e assim acabou. Ainda que sem ter bela exibição, Lazio deixa escapar pontos vitais em grupo difícil.



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