Futebol
Para o Inter, era a chance da primeira vitória na Arena, e a oportunidade de afiançar a ideia de futebol demonstrada no jogo contra o Cruzeiro; para o Grêmio, além da chance de inédita vitória, havia a necessidade de confirmar que o time está no caminho certo rumo à Libertadores, que começa já na quinta-feira. Pode-se dizer que os objetivos em parte foram cumpridos, um pouco mais para o lado vermelho.
O primeiro tempo começou com um ímpeto maior do Grêmio. Luan, a novidade do time, se movimentava do meio para a esquerda e tentava criar. Barcos sim conseguiu criar a melhor chance do jogo, mas inacreditavelmente atrasou para Muriel. O Inter tinha dificuldades para marcar os avanços dos meias tricolores, e Willians ficava sobrecarregado.
Na parada técnica, Abel mostrou sua inteligência ao recuar Aránguiz alterando o seu 4-1-4-1 para um 4-2-3-1 que deu resultado; a partir da parada técnica, o Inter passou a equilibrar o jogo. O Grêmio, nesse momento, alternava do 4-1-4-1 para um 4-2-3-1, sem que Ramiro e Riveros ocupassem uma posição fixa.
E foi dessa indefinição que nasceu o gol do Inter: nenhum dos dois volantes estava em sua posição, Pará saiu para a cobertura e deixou um buraco no lado direito, possibilitando a Fabrício a conclusão para o gol colorado.
No segundo tempo, o Inter voltou melhor postado, e o Grêmio tentava adiantar a marcação, sem sucesso. As trocas de Luan e Ramiro por Jean Deretti e Maxi deram um pouco mais de mobilidade para o time, o que permitiu igualar as ações do jogo e empatar a partida através de pênalti convertido por Barcos.
Alguns destaques individuais:
Edinho - para mim, o melhor dos tricolores: quase fez um golaço de fora da área no primeiro tempo, marcou muito ali no meio e aportou aquilo que há muito tempo o Grêmio não tem e que sobra no Inter (especialmente em D'Alessandro): raça, vontade e coragem. Ele deu duas chegadas no argentino, "brigou" com os jogadores do Inter e é o único do time que tem peito para cobrar o por vezes desligado Barcos. Rapidinho será ídolo gremista.
Marcelo Grohe - não fosse o gol, seria o melhor do Grêmio. Fiquei com a impressão de que poderia ter fechado o ângulo do Fabrício, ao invés de tentar se agachar para pular na bola. Em compensação, fez duas defesas excepcionais no segundo tempo. Prova a cada dia que a titularidade não vai lhe pesar, mas a sua lesão preocupa.
Leandro Vuaden - disciplinarmente perfeito, tecnicamente deixou de dar pênalti claro em Pará. O pênalti de Paulão é passível de interpretação; eu, honestamente, daria, porque mesmo sem intenção ele cortou a bola que seria dominada por um gremista. Ainda assim, boa arbitragem num jogo complicado.
Abel Braga - cada vez mais me convenço do crescimento deste profissional. Estrategista, desenhou um esquema tático espelhado, e soube a hora certa de mudar. Enxergou o jogo, fez as mexidas certas e a sua entrevista coletiva foi um manual do bom técnico e de um cara que verdadeiramente entende de futebol. Nota dez para o Abelão no Grenal.
Inter:
Caminha a passos largos para a consolidação de um time e de uma ideia de futebol.
Provou no Grenal que seu sistema pode sim dar certo, desde que adote o 4-2-3-1 com dois volantes de marcação mais fixados; pra isso, vai precisar definir o posicionamento de Aránguiz, se na linha de 2 volantes ou na de 3 meias (prefiro na volância).
Laterais deram ótima resposta com este esquema, e o grupo colorado conta com meias de boa capacidade.
Otávio poderá ganhar lugar no time, para acrescentar a velocidade que o Inter precisa.
Na frente, Rafael Moura precisa participar mais do jogo, mas ainda assim me agrada a aposta de Abel nesse jogador.
Na zaga, apesar de Paulão ter feito muito bom jogo, Ernando é outra boa opção.
No gol, Muriel foi bem, e ainda tem a presença do Dida.
O Inter vai incomodar no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Grêmio -
Se no futebol brasileiro existir um time com futuro mais indefinido do que o Grêmio, eu não conheço. Claro, é o início de um trabalho, ainda tem muito chão pela frente, sei disso; o problema é que o calendário não sabe, e as partidas pela Libertadores já começam nessa quinta.
Precisa-se urgente de um goleiro reserva (minhas sugestões: Lauro, Eduardo Martini ou Marcelo Pitol).
Na zaga, ainda não tem um companheiro afirmado para Rhodolfo.
Na lateral direita, Pará está encontrando muitas dificuldades, tanto no apoio quanto na marcação (pior: não tem outra opção no grupo).
No meio, precisa urgente definir se é 4-2-3-1 ou 4-3-2-1, fixando Riveros e Ramiro em alguma posição.
Se o time precisa de velocidade, vai ter que repensar o meio, incluindo jogadores velozes, que possam fazer a transição ofensiva de forma efetiva.
O alento gremista se chama Enderson Moreira, cada dia mais à vontade na casamata tricolor, conhecedor das possibilidades de seu elenco e das alternativas táticas que tem à disposição.
Não pode desistir de Maxi tão rapidamente, o uruguaio ainda tem muito a mostrar.
Edinho até aqui é a melhor contratação do Grêmio na temporada.
Se passar da primeira fase da Libertadores, o time pode ganhar a confiança que hoje falta, e crescer.
Caso contrário, acho que faz papel medíocre no resto da temporada.
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Futebol
As impressões do Grenal 399 e o futuro da Dupla
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E foi dessa indefinição que nasceu o gol do Inter: nenhum dos dois volantes estava em sua posição, Pará saiu para a cobertura e deixou um buraco no lado direito, possibilitando a Fabrício a conclusão para o gol colorado.
No segundo tempo, o Inter voltou melhor postado, e o Grêmio tentava adiantar a marcação, sem sucesso. As trocas de Luan e Ramiro por Jean Deretti e Maxi deram um pouco mais de mobilidade para o time, o que permitiu igualar as ações do jogo e empatar a partida através de pênalti convertido por Barcos.
Alguns destaques individuais:
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Leandro Vuaden - disciplinarmente perfeito, tecnicamente deixou de dar pênalti claro em Pará. O pênalti de Paulão é passível de interpretação; eu, honestamente, daria, porque mesmo sem intenção ele cortou a bola que seria dominada por um gremista. Ainda assim, boa arbitragem num jogo complicado.
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Inter:
Caminha a passos largos para a consolidação de um time e de uma ideia de futebol.
Provou no Grenal que seu sistema pode sim dar certo, desde que adote o 4-2-3-1 com dois volantes de marcação mais fixados; pra isso, vai precisar definir o posicionamento de Aránguiz, se na linha de 2 volantes ou na de 3 meias (prefiro na volância).
Laterais deram ótima resposta com este esquema, e o grupo colorado conta com meias de boa capacidade.
Otávio poderá ganhar lugar no time, para acrescentar a velocidade que o Inter precisa.
Na frente, Rafael Moura precisa participar mais do jogo, mas ainda assim me agrada a aposta de Abel nesse jogador.
Na zaga, apesar de Paulão ter feito muito bom jogo, Ernando é outra boa opção.
No gol, Muriel foi bem, e ainda tem a presença do Dida.
O Inter vai incomodar no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Grêmio -
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Na lateral direita, Pará está encontrando muitas dificuldades, tanto no apoio quanto na marcação (pior: não tem outra opção no grupo).
No meio, precisa urgente definir se é 4-2-3-1 ou 4-3-2-1, fixando Riveros e Ramiro em alguma posição.
Se o time precisa de velocidade, vai ter que repensar o meio, incluindo jogadores velozes, que possam fazer a transição ofensiva de forma efetiva.
O alento gremista se chama Enderson Moreira, cada dia mais à vontade na casamata tricolor, conhecedor das possibilidades de seu elenco e das alternativas táticas que tem à disposição.
Não pode desistir de Maxi tão rapidamente, o uruguaio ainda tem muito a mostrar.
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