Futebol
Flamengo 0 x 1 Grêmio - Tudo é possível
O Grêmio bateu o Flamengo por 1 x 0, hoje à tarde no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, pela 16ª rodada do Brasileirão. Foi a 4ª vitória consecutiva do tricolor na competição, que chegou aos 28 pontos e se garante pelo menos por mais uma rodada na 3ª colocação no Campeonato Brasileiro.
Com seu esquema taxado de defensivo, que, dizem, tem 3 zagueiros e 3 volantes, o Grêmio mandou em toda a partida, e muito pouco sofreu para ganhar do rubro-negro. Taticamente foi um jogo quase perfeito do time gaúcho, contrastando com a bagunça de esquema do time de Mano Menezes. Só que futebol não é só tática, esquema, etc: analisando a escalação dos dois times, um deles entrou com um 4-3-3 e o outro num 3-5-2.
Dida, Werley, Rhodolfo, Bressan, Pará, Souza, Ramiro, Riveros, Alex Telles, Kléber e Barcos foi o time defensivo que Renato, aquele que nada sabe de tática e é somente um motivador, mandou a campo.
O Mengão, na busca de dias melhores, entrou com Felipe, Digão, Chicão, Marcos González, João Paulo, Val, Víctor Cáceres, André Santos, Fernandinho, Paulinho e Marcelo Moreno. Este último vivia um momento especial, por enfrentar seu ex-clube e cheio de moral depois que seu time atual pagou 300 mil reais de multa ao Grêmio para que ele pudesse jogar. Sem dúvida alguma, dinheiro jogado fora, porque Moreno mal tocou na bola, graças às dificuldades do time carioca para trocar um passe, mas também fruto da aplicação tática do Grêmio.
Com uma vontade gigante de ganhar o jogo, o Grêmio entrou mordendo desde os primeiros minutos, e o Flamengo não conseguia sair da marcação imposta pelo tricolor. Logo aos 7 minutos, Pará, um dos jogadores mais resistidos do time, bate falta com maestria, contando ainda com uma abertura da barreira flamenguista, matando Felipe. Requintes de crueldade: a barreira abre entre André Santos e Marcelo Moreno, dois ex-jogadores gremistas.
Depois do gol, o Grêmio ficou ainda mais à vontade, controlando o jogo e não dando nenhum espaço ao time da casa. O Flamengo tentava rodar a bola, mas seus constantes erros de passes, combinados à ocupação de espaços por parte de todo o time gremista, o impediam de criar oportunidades de gol. Aliás, oportunidades que foram raras na primeira etapa: um cruzamento de Kléber pela direita e uma jogada individual de André Santos, mas sem grande perigo. O primeiro tempo terminou com a vantagem de 1 x 0 para o Grêmio.
O Flamengo voltou do intervalo com duas alterações: Adryan no lugar de Val, e Nixon no lugar de Fernandinho. A ideia de Mano era melhorar o poder de armação e aumentar a velocidade de seu time. Mas o Grêmio voltou com a mesma vontade da primeira etapa, e continuava jogando bem. Aliás, não foi possível identificar uma só atuação individual ruim, o time como um todo jogou muito bem.
Apesar da necessidade do Flamengo de buscar o resultado, foi o Grêmio quem aos 20 minutos teve a grande chance do segundo tempo: jogada pela direita, Kléber abre para Ramiro que cruza rasteiro para Barcos; o argentino chegou batendo e chutou a bola no travessão, por pouco não ampliando o marcador. Nesse momento do jogo, o Grêmio tinha 31 desarmes contra 9 do Flamengo, evidenciando a superioridade gremista em todos os setores.
Esse domínio fez com que surgisse outra grande chance com o próprio Barcos, que entrou na área e chutou para grande defesa de Felipe.
O final do jogo se aproximava, e o Flamengo foi para o abafa, criando duas chances com Hernane e André Santos, mas sem grande perigo. Renato já tinha colocado em campo Yuri Mamute, Matheus Biteco e Gabriel, nos lugares respectivamente de Kléber, Souza e Barcos. As alterações ajudaram o Grêmio a segurar o resultado, continuando com a mesma proposta de jogo e levando o time à vitória.
Ainda não sabemos até onde esse time irá no campeonato. Mas se analisarmos que o "técnico que não entende nada de tática" achou um esquema que equilibrou o time, que joga com "3 zagueiros e 3 volantes" e ainda assim é ofensivo; se levarmos em consideração que Pará fez gol de falta, que Ramiro chuta de esquerda de fora da área e faz um golaço, e outras tantas situações positivas têm acontecido; se hoje em Brasília a torcida era misturada entre gremistas e flamenguistas, e não houve nenhum registro de confusão; o mínimo que podemos fazer é ter um pouco de esperança em que tudo é possível!
loading...
-
Guerra E Paz
No anúncio das escalações, o prenúncio de uma grande ruptura. Pela primeira vez neste ciclo, o som ?Renato Portaluppi? foi seguido de vaias, mais barulhentas do que os aplausos. Era o veredicto da Arena em relação aos últimos jogos, escalações,...
-
Onde é O Limite?
Eu não sei exatamente qual é o papel da lógica no futebol. É claro que quando se faz o lógico, o mais indicado, normalmente a chance de conseguir bons resultados aumenta. Mas por vezes, decisões aparentemente ilógicas geram grandes conquistas...
-
Comportamento Azul - Retomando Os Trabalhos
Revisão Estive bem ?atucanado? nos últimos dias e não consegui escrever para a coluna, retorno hoje. Meu último texto falava sobre a cabeçada de Riveros e os 3 x 0 contra o Bahia fora de casa. Muita coisa aconteceu até hoje. Depois da primeira...
-
Comportamento Azul - Crônica Gremista Do Primeiro Gre-nal Da Arena
A primeira viagem de um casal de namorados, o primeiro almoço na casa nova, a primeira festa, o primeiro beijo, são momentos importantes que acontecem em datas comuns mas que por serem justamente a primeira vez trazem um significado maior, pois ficarão...
-
Os Bumbos De Geral E A Picanha Da Sorte
De cara, já dava para ver que havia algo diferente. Reapareceu aquela velha mania do Olímpico, de cantar outra música durante o hino nacional e berrar a plenos pulmões o hino rio grandense. A vaia intensa durante a posse de bola do time colombiano...
Futebol