Choque de realidade
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Choque de realidade



O sábado posterior a essa sexta-feira cheia de emoções é um dia estranho. Dia de refletir, de lamentar, de chorar, de buscar um sopro de esperança, de tentar entender o que aconteceu.

Certamente a noite não começou bem. Aquela tensão no ar, as brigas, as manobras frustradas, as confusões, tudo isso era um prenúncio de que a noite da Vila Isabel na avenida seria trágica, ou quase isso. 

Mas foi doido. Porque lá dentro da avenida, desfilando, o clima era de energia intensa. O samba era cantado pelas arquibancadas e dava para ver a vibração das pessoas que nos assistiam. Passei a avenida com intensa felicidade; e quando tudo terminou, permanecemos na dispersão aplaudindo os que chegavam e vibrando de alegria com a escola, linda que estava!

E aí notamos a ausência do fatídico carro da encantada Arena. Um nó gigantesco que ainda não se desfez na minha garganta, e que aumentava à medida que as pessoas chegavam e comunicavam os problemas que haviam acontecido, antes de cair no choro. Abracei muitas pessoas, dividimos a tristeza de ter tido o carnaval arruinado, e lamentamos que as coisas tenham acontecido dessa maneira.

Como já falei, não entendia o suficiente de carnaval para afirmar com técnica que seríamos campeões, e tampouco entendo para saber o porquê de tudo ter dado tão errado. Quando escrevi que poderíamos ganhar, era o meu sentimento falando, tentando basear-se em coisas que eu havia visto e ouvido nos últimos tempos. E é esse mesmo sentimento que acusou o golpe, que se decepcionou, não com alguém especificamente, mas pelos choque de realidade que sofri na noite de ontem. Os fatos que ocorreram na avenida acabaram por sepultar as minhas expectativas, que não eram um arroubo de arrogância, mas sim um sentimento genuíno de um torcedor apaixonado.

Mais do que nunca, é hora de esperança e fé para evitar um mal ainda maior. O desafio até terça-feira é manter o espírito guerreiro que nos caracterizou em toda a nossa história, e que ainda nos levará a vôos mais altos. Não foi neste ano, mas com certeza um dia será. 

Deixemos as análises e distribuição de responsabilidades para depois de terça. Até lá, pensamento positivo na nossa escola, para fazer com que nos próximos anos possamos corrigir as falhas e vir ainda mais fortes para a avenida.

Pra encerrar, deixa eu escrever um pedaço de uma música que vai ficar marcada para sempre na minha memória e no meu coração: "Meu sangue tem a cor de céu, eu sou Vila Isabel, e nada pode ser maior"!!



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