O relacionamento entre amizade e futebol
Futebol

O relacionamento entre amizade e futebol


Um gaúcho, um pernambucano e um paulista, os três amigos que o futebol uniu

 
Eu amo futebol. Ok, até aí nada demais, sendo este um blog sobre futebol, naturalmente eu preciso gostar de algo para escrever a respeito. Mas a frase, embora pareça óbvia, é relevadora: muitos apaixonados primeiro o são pelos seus clubes, e depois pelo futebol. Não é meu caso. Nasci colorado, me tornei gremista, o Aimoré era meu time de infância e virou amor de adulto, o Boca sempre foi parte da minha vida, enfim...

Me interessa e me apaixona viver e sentir a intensidade de se torcer, de se emocionar e de amar um clube. Claro, isso não se cria instantaneamente, e nem sempre se consegue sentir emoção assistindo uma partida de outro time que não o seu, mas quando acontece é muito legal. E depois disso, passo a torcer pro time, a acompanhar sua trajetória, sempre relembrando os momentos vividos em uma arquibancada.

Essa situação ocorre com muito mais facilidade quando um amigo torce para determinado time. A amizade faz com que eu me interesse por acompanhar o clube, por entender o sentimento envolvido, por torcer pelo time como se fosse meu, sem que isso diminua em nada meu fervor por ele. Foi desse jeito que o Boca continuou sendo importante pra mim, mesmo batendo o Grêmio na final da Libertadores de 2007: o amor que tenho por meus primos/irmãos argentinos Gabriela e Rolando não permitiu que a desilusão superasse toda uma história de emoções vividas em azul y oro. Ainda na Argentina, me tornei apaixonado pelo Independiente por causa da minha amizade com os irmãos Marcelo e Cheze Mercorelli. Tem ainda o Vélez por causa do Alberto, o Almagro pelo Matute (e pelo Grêmio), e por aí vai.

Aqui no Brasil, a rivalidade me impede que eu torça para o Internacional por causa do amor que tenho pela minha irmã e pelo meu sobrinho; mas a dor pelas vitórias do coirmão são amainadas por saber que eles estão felizes. Do mesmo modo, meu antigo sentimento pelo Flamengo foi substituído pelo Vasco do meu amigo Daniel.

Tem também o efeito contrário, quando o envolvimento com um time te proporciona fazer amigos. Foi assim na minha retomada com o Aimoré, e foi assim com a Ponte Preta, através de matérias escritas por mim neste blog e que redundaram em amigos que tenho até hoje (Carlos, a matéria aquela tá na pauta, pode esperar).

Nas minhas andanças profissionais pelo Brasil, os amigos que faço e as pessoas com quem trabalho entram na minha vida com destaque especial para os clubes por quem torcem.

O Avaí virou um time querido depois de um colega avaiano me presentear com uma camisa oficial do clube (não pela camisa, mas pelo gesto); o Coritiba também tem minha torcida porque uma outra colega tem grande envolvimento sentimental com o clube. E, mais recentemente, Sport e Santos entraram nessa lista e trarão novidades a este blog.

Explico: semana passada estive em Recife, e fui acompanhar um parceiro profissional e agora amigo da vida e do futebol, o homem do marketing chamado Leonardo Lourenço, em um jogo do Sport, seu clube do coração. O jogo era contra o Inter, na Ilha do Retiro, e a vitória por 3 x 0 foi transformadora, não só em termos de vibração nas arquibancadas rubro-negras, mas no que significou para a minha trajetória.

Como toda pessoa do bem e iluminada, o Leo tem amigos do mesmo quilate, e fui apresentado nessa partida a um deles, santista, o Flávio França, que também tem adoração pelo Sport. E ali, na resenha pós-jogo, trocando ideias, ressaltando as diferenças entre nossas formas de ver e sentir o futebol, potencializadas pelo aspecto geográfico, nasceu um projeto que será incluído neste espaço: a criação de um podcast reunindo um gaúcho, um paulista e um pernambucano, três amigos que vão falar sobre aquilo que os uniu: o futebol.

Ainda não temos nome e nem periodicidade; mas, provavelmente, já neste final de semana os primeiros passos do projeto comecem a acontecer. Tão logo tenhamos algo pronto, publicarei por aqui, com um único objetivo: celebrar a vida, a amizade e o futebol que une as pessoas.



loading...

- O Narrador Sen-sa-cio-nal
Nasci em 1982. Podem vocês não acreditar, mas desde muito cedo vêm as minhas reminiscências sobre o futebol: em 1986, com 4 anos, me lembro da festa que alguns familiares argentinos fizeram em minha casa comemorando o título da Copa do Mundo. Em...

- A Voz Do Inter - Amor Vermelho!
                Amor. Simples assim, AMOR. E complexo. O que é o amor? Se os maiores poetas e escritores não conseguem definir, eu nem me atreveria. Posso tentar somente exemplificar. Cada um de nós, quando...

- Como Um Pai Colorado Pode Ajudar Um Filho A Ser Gremista
Foto de 2010, do site R7 Esportes Nasci no dia 27 de fevereiro de 1982, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Como todo filho de pai fanático por futebol, evidentemente meu início no futebol foi torcendo pelo mesmo time do meu pai, o Sport Club Internacional....

- Uma Porção De Sentimentos Que Não Terminam
Antes de mais nada, sem sombra de dúvida foi o carnaval mais emocionante para mim. Ou melhor, está sendo, porque muitas coisas ainda estão sendo digeridas e esse post é também uma tentativa de auxílio nesse processo. Engraçado agora lembrar,...

- A Amizade é Tudo
Uma das coisas mais bonitas do carnaval (ao menos o de Porto Alegre) são as amizades que ele proporciona. Vejo muita gente de escolas diferentes reverenciando publicamente outras, pessoas se ajudando mutuamente em momentos de dificuldades, um sentimento...



Futebol








.