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Uma porção de sentimentos que não terminam

Antes de mais nada, sem sombra de dúvida foi o carnaval mais emocionante para mim. Ou melhor, está sendo, porque muitas coisas ainda estão sendo digeridas e esse post é também uma tentativa de auxílio nesse processo.

Engraçado agora lembrar, trilhando o caminho dos sentimentos, tudo o que aconteceu desde 2012. A emoção suprema em receber a notícia da contratação do meu ídolo, a desconfiança posterior de que algo o tiraria da harmonia da Vila, o orgulho quando soube do enredo e quando o mesmo foi apresentado no Abraço ao Olímpico. Meu celular pipocando algumas mensagens de amigos que sabiam da minha adoração por essa escola. Todas essas coisas foram tão intensas que quase dá pra dizer que só isso valeu o ingresso. Mas o melhor ainda estava por vir.

O primeiro ensaio em que vi o Belo cantando o grito de guerra, na quadra da Imperadores; voltar à quadra depois de alguns anos e ver aquele clima maravilhoso; me emocionar com a bateria, com o grupo-show, o encantamento com o trabalho realizado. Tive a honra de formar pelo menos mais alguns torcedores da Vila Isabel, pessoas que neste momento já fazem planos para desfilar no ano que vem, esteja onde estiver a nossa escola. Sabe o orgulho que me dá isso? Nem consigo expressar em palavras...

Dividir momentos marcantes com pessoas que amo, ver a torcida de várias outras pessoas que nada têm a ver com o carnaval, perceber o quanto a Vila estava na boca não só da avenida, mas de todo o Estado e até do país. Momentos marcantes que nada vai apagar, como se diz na Argentina, "quién me quita lo bailado?". Ninguém. Isso seria impossível. Conheci novas pessoas, fiz amigos e amigas, entendi um pouco melhor o funcionamento dos bastidores da escola. Tem preço isso? Pra mim não.

Isso tudo sem falar da avenida. A Muamba já foi algo mágico, mas o dia do desfile é algo que tão cedo não saírá da minha memória. Lembro das lágrimas de alegrias, que depois se transformaram em tristeza, mas acima de tudo não esqueço a felicidade genuína de estar lá, naquela hora, naquele momento, fazendo daquilo algo único e inesquecível. Valeu cada segundo e eu faria tudo exatamente igual!

No fim de tudo, uma tarde igualmente inesquecível, mas aí pelo lado negativo. Acompanhar a apuração desta vez foi um exercício supremo de sofrimento e desespero. Cada um de nós isabelenses sofreu à sua maneira; a minha foi, durante o dia, raciocinar com o pior, para momentos antes das notas ter a certeza de que iríamos nos salvar. Os quesitos iam passando, e no penúltimo tive a certeza de que não conseguiríamos. Lágrimas derramadas e o sentimento de que a vida tinha terminado ali. Logo depois veio um pouco de revolta, seguida por uma violenta tristeza e por fim a vontade de ajudar, do jeito que for.

Inacreditavelmente, ainda não se sabe se caímos ou não. Tenho algumas opiniões sobre isso, mas elas são tão confusas e loucas que daria um post (ou mais) sobre isso. Mas de uma coisa tenho certeza: seja no grupo especial, A, B ou Y, em 2014 estarei na avenida com a minha Vila Isabel, junto com os novos torcedores que ajudei a fazer, e com todos aqueles que fazem parte da nossa Família de Vila Isabel. Porque mesmo que a pista esteja com sabão, que nosso carro quebre ou que o resultado não seja o esperado, nada disso importa. O sentimento que tenho por essa escola nunca vai terminar, e sou muito feliz por isso.

Obrigado a todos que fizeram parte dessa história, ano que vem tem mais!

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