Futebol
Gigante de volta!
E então, ele voltou. Fisicamente reabriu suas portas, digamos assim; porque na realidade ele nunca deixou de povoar as mentes e os corações de todos os envolvidos com o Clube do Povo. Depois de tantas idas e vindas, indefinições mil, cavalares doses de apreensão, eis que seus torcedores, ainda que uma ínfima parte deles, puderam de novo regressar às suas casas, o lugar de onde advém as maiores emoções de suas vidas.
Evento-teste? Inauguração? Reabertura? De que importa isso? Ou alguma coisa pode ser mais significativa do que entrar na sua casa novamente, sentir a emoção em forma de um arrepio na espinha, relembrar momentos inesquecíveis vividos ali?
Tenho certeza de que os colorados que estiveram ali, no fundo de suas almas, não entraram no jogo fácil das comparações, verdadeiramente não se importaram com as diferenças e semelhanças do Beira Rio com outros estádios, principalmente em Porto Alegre; esse seria um comportamento pequeno demais para um momento tão grandioso quanto aquele.
Naquele instante mágico em que a grama verde, contrastando com o vermelho intenso das cadeiras, invadiu suas retinas e tomou as suas almas, esse momento não admite o pensamento em qualquer outro time, estádio ou sentimento que não aquele.
E quando o jogo começou, paradoxalmente contra o adversário que emprestou sua casa para servir de lar ao Inter, imagino o grande barato de tentar adivinhar quem faria o primeiro gol dessa retomada do estádio da Copa do Mundo de 2014. Muitos gostariam que fosse D'Alessandro, outros ficariam felizes com qualquer jogador, desde que vestisse vermelho.
E que bonito foi que o escolhido para tal honraria tenha sido justamente um atleta resistido, questionado e muitas vezes menosprezado. Foi tocante ver a emoção de Fabrício, ao tomar consciência de que entrou para a história do Sport Club Internacional ao fazer tão importante gol.
Foi igualmente bacana ver outro jogador questionado como Rafael Moura fazer outros dois gols, um deles belíssimo após lançamento de D'Ale. Os 4 x 0, com mais um gol de Fabrício, foi a tarde-noite dos sonhos para os 10 mil colorados privilegiados que construíram mais uma história inesquecível para contar aos seus filhos e netos.
Aliás, sei de pelo menos uma linda história que vale a pena ser contada: a de uma menininha que, ainda na barriga de sua mãe, foi testemunha de um momento absurdamente histórico. Fiquei imaginando a Maria Antônia, filha da Andréa e do Maurício, daqui a 15 anos contando para suas amigas que esteve presente, da forma mais especial do mundo, ao espetáculo que marcou o retorno do Beira Rio ao convívio de todos.
Isso sem falar nas histórias dos irmãos que estiveram juntos, como o próprio papai Maurício e seu espelho Marcelo; o Vinícius e o Guilherme; e tantos outros que se fizeram presentes e foram testemunhas de algo grandioso, algo que certamente levarão em suas vidas para sempre.
Beira Rio, seja bem vindo, que sua presença imponente possa seguir embelezando nossa cidade por muitos e muitos anos, como um verdadeiro Gigante Para Sempre.
Por Frederico Silveira da Silveira, não sou colorado, mas sou totalmente contra vaidades, comparações e diminuições infelizmente feitas por gremistas e colorados quando vão falar das coisas dos outros, e incapaz de não me emocionar com histórias bonitas feito estas.
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