Futebol
Espanha 2 x 1 Uruguai - Contra as vaias, técnica
A campeã mundial entrou em campo ontem à noite, na Arena Pernambuco em Recife, para jogar contra o campeão das Américas, o Uruguai. A torcida pernambucana escolheu o time celeste para torcer, e brindou a Fúria com vaias assim que algum espanhol pegava na bola.
O problema é que praticamente só os que vestiam vermelho pegavam na bola. E não só para tocar até cansar, mas para criar jogadas de ataque. Numa delas, Fábregas chutou na trave; em seguida, a bola sobra para Pedro, que chuta de fora da área, a bola bate em Lugano e entra: 1 x 0 Espanha.
A essa altura do campeonato, a galera já gritava olé e se divertia a cada ataque espanhol. O encantamento com esse futebol vistoso, de toque de bola, que em um dado momento tinha inacreditáveis 86 % de posse de bola (!!) arrebatou os corações do povo, que agora já torcia pelo time da Espanha.
A movimentação do meio de campo espanhol continuava frenética, com Iniesta, Xavi e Fábregas em constante troca de posições, atordoando a marcação uruguaia. Numa jogada magistral, Cesc Fábregas mete uma bola no meio da defesa celeste para Soldado, que bate com categoria no alto, tirando do goleiro. Era o 2 x 0 e o fim definitivo das vaias.
Essas vaias podem ser interpretadas como uma espécie de defesa da torcida contra o adversário mais perigoso que o Brasil pode enfrentar na busca pelo hexa no ano que vem. Mas também podem representar a predileção do povo por um estilo mais agressivo, mais aguerrido, que priorize o gol e as jogadas individuais, ao invés da posse de bola e do toque refinado, num jogo coletivo.
No segundo tempo, como seguidamente acontece, a Espanha se desinteressou pela agressividade e passou a controlar o jogo no meio de campo. Aí as vaias retornaram. Talvez por isso, o time uruguaio cresceu, foi pra cima e conseguiu descontar com um golaço de falta de Luisito Suárez. O jogo terminou com a sensação de que, se tivesse mais 5 minutos, o time sul-americano teria empatado a partida.
O time espanhol por vezes passa essa impressão, mas na realidade é um time muito consciente daquilo que tem que ser feito para conquistar as vitórias. Alia a técnica com uma boa dose de paciência para buscar o resultado que lhe convém. O perigo desse estilo de jogo é deixar de criar oportunidades de matar o jogo e acabar cedendo empates ou até derrotas, perdendo pontos em jogos que pareciam fáceis.
Ainda assim, a Fúria se perfila como uma das grandes favoritas, não só para essa Copa das Confederações, como para a disputa da Copa do Mundo, no ano que vem. Claro, em 2009 ela também era favorita e caiu para os Estados Unidos. A zebra se repetirá? Aguardemos.
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