Futebol
O Brasil foi campeão da Copa das Confederações, Júlio César renasceu, Fred se consolidou como o 9 da Seleção, Paulinho jogou muito, mas ninguém ganhou mais do que Neymar.
Lembremos o ambiente que o nosso bola de ouro tinha contra si: seu talento colocado em xeque, dúvidas acerca de sua capacidade, questionamentos a respeito de seu futebol. Contra a França, na Arena, testemunhei vaias contra o maior craque brasileiro. Imperava aquela velha história de "não joga na Seleção o que joga no Santos".
Ele resolveu a sua vida profissional: assinou contrato com o Barcelona, antes da competição iniciar. "Vai ser banco no Barça", "Não joga a metade do que o Messi joga", "Não está pronto para triunfar na Europa", eram as frases mais comuns.
Deram a 10 para ele. Deram carinho. Confiança. Devolveram a alegria ao seu rosto de menino. Começa a Copa das Confederações.
Brasil x Japão em Brasília. 3 minutos de jogo, Marcelo lança a bola para Fred, que ajeita de peito para Neymar, que solta a bomba de perna direita no ângulo, indefensável. 1 x 0 Brasil e alívio imediato da pressão da torcida.
Veio o segundo jogo. O adversário era o carrasco brasileiro dos últimos anos, o México, em Fortaleza. Cruzamento da direita, a bola sobra para ele, de perna esquerda, desferir uma bomba contra o gol mexicano, abrindo o placar. No segundo tempo, uma jogada mirabolante contra dois zagueiros, um drible desconcertante, uma jogada genial que acha Jô dentro da área para fazer 2 x 0. "Ah, mas também, contra México e Japão, quero ver quando pegar uma seleção mais forte!"
Então veio a Itália, em Salvador. Ele bate a falta na cabeça de Fred, que desvia para o gol, Buffon solta e Dante completa: 1 x 0 Brasil. A Itália empata. Segundo tempo, falta para o Brasil. Neymar bate de forma magistral e faz o segundo gol do time canarinho, que acaba vencendo por 4 x 2.
Nas semifinais contra o Uruguai, em Belo Horizonte, ele chuta uma bola que pega no goleiro e sobra para Fred abrir o marcador. No segundo tempo, após apanhar bastante, ser xingado e provocado, ele bate um escanteio na cabeça de Paulinho, que faz o gol da vitória.
Ainda assim, faltava algo. Uma confirmação, algo grandioso. O destino lhe deu a chance perfeita: a final contra a Espanha, país onde ele jogará. Vários de seus companheiros eram adversários, além dos rivais do Real Madrid. Era preciso reafirmar seu futebol, provar suas condições de triunfar na Europa.
Logo no início, ele participa do lance do gol de Fred. Mas ainda não era suficiente. Em seguida, ele faz uma tabela com Oscar, inteligentemente se coloca em condições de receber o passe, e enche o pé, de canhota, para fazer o segundo brasileiro. Era a consagração. Mas não tinha terminado ainda.
A partir daí, ele enlouqueceu a defesa espanhola. Arbeloa já tinha saído, Azpilicueta não sabia como pará-lo, Pedro tentou dar um pontapé nele, Piqué conseguiu e foi expulso. Brasil campeão, Neymar leva a chuteira de bronze e a bola de ouro da competição. Mais do que isso, ganhou o respeito de seus futuros companheiros e adversários, e o reconhecimento de que vai triunfar na Europa, e retornar na Copa do ano que vem ainda melhor para guiar o Brasil ao hexa.
Ninguém ganhou mais do que Neymar nessa Copa das Confederações.
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Futebol
O maior vencedor da Copa das Confederações
O Brasil foi campeão da Copa das Confederações, Júlio César renasceu, Fred se consolidou como o 9 da Seleção, Paulinho jogou muito, mas ninguém ganhou mais do que Neymar.
Lembremos o ambiente que o nosso bola de ouro tinha contra si: seu talento colocado em xeque, dúvidas acerca de sua capacidade, questionamentos a respeito de seu futebol. Contra a França, na Arena, testemunhei vaias contra o maior craque brasileiro. Imperava aquela velha história de "não joga na Seleção o que joga no Santos".
Ele resolveu a sua vida profissional: assinou contrato com o Barcelona, antes da competição iniciar. "Vai ser banco no Barça", "Não joga a metade do que o Messi joga", "Não está pronto para triunfar na Europa", eram as frases mais comuns.
Deram a 10 para ele. Deram carinho. Confiança. Devolveram a alegria ao seu rosto de menino. Começa a Copa das Confederações.
Brasil x Japão em Brasília. 3 minutos de jogo, Marcelo lança a bola para Fred, que ajeita de peito para Neymar, que solta a bomba de perna direita no ângulo, indefensável. 1 x 0 Brasil e alívio imediato da pressão da torcida.
Veio o segundo jogo. O adversário era o carrasco brasileiro dos últimos anos, o México, em Fortaleza. Cruzamento da direita, a bola sobra para ele, de perna esquerda, desferir uma bomba contra o gol mexicano, abrindo o placar. No segundo tempo, uma jogada mirabolante contra dois zagueiros, um drible desconcertante, uma jogada genial que acha Jô dentro da área para fazer 2 x 0. "Ah, mas também, contra México e Japão, quero ver quando pegar uma seleção mais forte!"
Então veio a Itália, em Salvador. Ele bate a falta na cabeça de Fred, que desvia para o gol, Buffon solta e Dante completa: 1 x 0 Brasil. A Itália empata. Segundo tempo, falta para o Brasil. Neymar bate de forma magistral e faz o segundo gol do time canarinho, que acaba vencendo por 4 x 2.
Nas semifinais contra o Uruguai, em Belo Horizonte, ele chuta uma bola que pega no goleiro e sobra para Fred abrir o marcador. No segundo tempo, após apanhar bastante, ser xingado e provocado, ele bate um escanteio na cabeça de Paulinho, que faz o gol da vitória.
Ainda assim, faltava algo. Uma confirmação, algo grandioso. O destino lhe deu a chance perfeita: a final contra a Espanha, país onde ele jogará. Vários de seus companheiros eram adversários, além dos rivais do Real Madrid. Era preciso reafirmar seu futebol, provar suas condições de triunfar na Europa.
Logo no início, ele participa do lance do gol de Fred. Mas ainda não era suficiente. Em seguida, ele faz uma tabela com Oscar, inteligentemente se coloca em condições de receber o passe, e enche o pé, de canhota, para fazer o segundo brasileiro. Era a consagração. Mas não tinha terminado ainda.
A partir daí, ele enlouqueceu a defesa espanhola. Arbeloa já tinha saído, Azpilicueta não sabia como pará-lo, Pedro tentou dar um pontapé nele, Piqué conseguiu e foi expulso. Brasil campeão, Neymar leva a chuteira de bronze e a bola de ouro da competição. Mais do que isso, ganhou o respeito de seus futuros companheiros e adversários, e o reconhecimento de que vai triunfar na Europa, e retornar na Copa do ano que vem ainda melhor para guiar o Brasil ao hexa.
Ninguém ganhou mais do que Neymar nessa Copa das Confederações.
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