Futebol
Em 1976, a torcida do Corinthians cruzou a ponte aérea e invadiu o Maracanã, na semifinal do Campeonato Brasileiro contra o Fluminense. Em 2013, a torcida aimoresista cruzou a BR-116 para invadir o Passo D'Areia, no jogo de volta das semifinais da Copa Metropolitana contra o São José.
O primeiro jogo tinha sido 1 x 1, e dessa forma era necessário fazer um gol de qualquer jeito para garantir a classificação. Para alcançar tal façanha, Gilmar Iser mandou a campo um 4-4-2 com Rafael; Alex Herber, Jésum, Rogério e Alex; Luanderson, Toto, Faísca e Almir; Murilo e Lucas Silva.
O jogo começou bastante equilibrado na grama sintética do time de Novelletto. Logo que os Los Reyes chegaram, o time acordou e passou a jogar melhor. A essas alturas, a invasão aimoresista estava consolidada, e seus torcedores empurravam o time índio para cima do time da casa.
Apesar disso, não tivemos volume ofensivo, e defensivamente, o pior aconteceu: faltando 1 minuto para terminar o primeiro tempo, houve um escanteio decorrente de um erro individual da defesa (que novidade!); na cobrança, uma indecisão inacreditável na área aimoresista, e gol do São José. Um gol estranho, que castigava deveras o time que mais tentou jogar na primeira etapa.
No segundo tempo, o time voltou já com João Paulo no lugar de Luanderson, numa tentativa de criar jogadas e buscar o resultado que o time precisava. Numa bola rebatida na área, chute de Alex Herber bate na trave; na sobra, contra-ataque do Zequinha, e eis que seu atacante surge sozinho contra Rafael. Preciso dizer o resultado da jogada? Rafael fez duas defesas no mesmo lance, e, como sempre, salvou o Aimoré. Mas era preciso mais, era preciso buscar ao menos um gol para levar a decisão para os pênaltis.
E ele aconteceu, ironicamente através de um jogador que havia errado muito no jogo de ida, e que, apesar de estar fazendo boa partida, volta e meia dava um susto na torcida: após escanteio cobrado, o zagueiro Rogério subiu de cabeça para empatar a partida.
Nisso, o Aimoré já contava com Maxwall, Moacir e Lukinhas, que melhoraram o time e deram mais velocidade às jogadas. O jogo era todo do Aimoré, mas apesar da pressão não conseguiu marcar o segundo gol. Entretanto, podia ter sido pior, já que no final do jogo o juiz buscou de todas as formas criar uma chance do gol da vitória para o São José, através da marcação de duas perigosas e inexistentes faltas. Claro, se ganhar do time da casa, qualquer que seja ele, já é difícil, imagine ganhar do time da casa, sendo o dono desse time simplesmente o dono do futebol gaúcho? Mas até isso o Aimoré conseguiu...
Nos pênaltis, a esperança no nosso heroi era grande. Só que esse time já se acostumou a ganhar no limite, na dificuldade extrema, quando tudo parece perdido. Alex errou uma cobrança, e antes que todos pensassem no pior, esse monstro chamado Rafael pegou um pênalti. Nas séries alternadas, pegou outro, e coube a Toto a honra de sacramentar nossa passagem para a final da Copa Metropolitana, contra Inter-B ou Novo Hamburgo.
Festa enlouquecida da torcida índia, essa que, como diz a música do Los Reyes que me emocionou durante o jogo ("... superamos a queda, com a força de um sentimento; todo mundo dizia, Aimoré é o fim da sua vida; mas a gente sabia da força da nossa torcida...") fez ressurgir esse time fantástico, que tantas glorias tem conquistado, especialmente em 2013.
Ainda bem que teremos mais dois jogos pela frente, e nova chance de fazer história nesse ano maravilhoso que ninguém quer que termine, como suplicou Sandro Cardoso, emocionado, ao final da partida:"2013, não termina nunca, por favor!"
- O Domingo De Gols épicos No Futebol Gaúcho
Ganhar um jogo é sempre bom. Se a vitória garantir classificação, melhor ainda. E se o gol decisivo ocorre no final do jogo, é uma sensação única, que só quem já viveu sabe como é. O domingo do futebol no interior do Rio Grande do Sul foi...
- Aimoré 1 X 3 Inter B - Cuesta Arriba
Cuesta arriba é uma expressão genuinamente argentina, que numa tradução livre seria algo como "lomba acima". Ela se refere a uma situação quando algo está muito difícil, quando dá aquela sensação de estarmos subindo uma montanha com uma...
- O Índio Chega à Liderança!
Um dos charmes do Cristo Rei: criançada jogando bola enquanto o jogo acontece Curta a página do Futebol Comportamental no Facebook: https://www.facebook.com/FutebolComportamentalSiga o @FComportamental no Twitter "Que maravilha, tarde de domingo",...
- O índio Mais Heroico Da Aldeia
Eu sempre defendi que o principal comportamento de um time vencedor é ser valente. Ser valente, entenda-se, não é sair distribuindo pancadas ou gravatas por aí; mas é lutar em qualquer terreno e sob quaisquer condições, acreditando piamente que...
- Início Sério E Promissor
O Aimoré realizou hoje à tarde, no estádio Arthur Mesquita Dias, do Sapucaiense, seu primeiro amistoso da temporada de 2013. A vitória de 4 x 0 contra o Avenida, de Santa Cruz do Sul, pode ser considerada como um indicativo de que o ano será positivo...
Futebol
A Invasão Capilé
Em 1976, a torcida do Corinthians cruzou a ponte aérea e invadiu o Maracanã, na semifinal do Campeonato Brasileiro contra o Fluminense. Em 2013, a torcida aimoresista cruzou a BR-116 para invadir o Passo D'Areia, no jogo de volta das semifinais da Copa Metropolitana contra o São José.
O primeiro jogo tinha sido 1 x 1, e dessa forma era necessário fazer um gol de qualquer jeito para garantir a classificação. Para alcançar tal façanha, Gilmar Iser mandou a campo um 4-4-2 com Rafael; Alex Herber, Jésum, Rogério e Alex; Luanderson, Toto, Faísca e Almir; Murilo e Lucas Silva.
O jogo começou bastante equilibrado na grama sintética do time de Novelletto. Logo que os Los Reyes chegaram, o time acordou e passou a jogar melhor. A essas alturas, a invasão aimoresista estava consolidada, e seus torcedores empurravam o time índio para cima do time da casa.
Apesar disso, não tivemos volume ofensivo, e defensivamente, o pior aconteceu: faltando 1 minuto para terminar o primeiro tempo, houve um escanteio decorrente de um erro individual da defesa (que novidade!); na cobrança, uma indecisão inacreditável na área aimoresista, e gol do São José. Um gol estranho, que castigava deveras o time que mais tentou jogar na primeira etapa.
No segundo tempo, o time voltou já com João Paulo no lugar de Luanderson, numa tentativa de criar jogadas e buscar o resultado que o time precisava. Numa bola rebatida na área, chute de Alex Herber bate na trave; na sobra, contra-ataque do Zequinha, e eis que seu atacante surge sozinho contra Rafael. Preciso dizer o resultado da jogada? Rafael fez duas defesas no mesmo lance, e, como sempre, salvou o Aimoré. Mas era preciso mais, era preciso buscar ao menos um gol para levar a decisão para os pênaltis.
E ele aconteceu, ironicamente através de um jogador que havia errado muito no jogo de ida, e que, apesar de estar fazendo boa partida, volta e meia dava um susto na torcida: após escanteio cobrado, o zagueiro Rogério subiu de cabeça para empatar a partida.
Nisso, o Aimoré já contava com Maxwall, Moacir e Lukinhas, que melhoraram o time e deram mais velocidade às jogadas. O jogo era todo do Aimoré, mas apesar da pressão não conseguiu marcar o segundo gol. Entretanto, podia ter sido pior, já que no final do jogo o juiz buscou de todas as formas criar uma chance do gol da vitória para o São José, através da marcação de duas perigosas e inexistentes faltas. Claro, se ganhar do time da casa, qualquer que seja ele, já é difícil, imagine ganhar do time da casa, sendo o dono desse time simplesmente o dono do futebol gaúcho? Mas até isso o Aimoré conseguiu...
Nos pênaltis, a esperança no nosso heroi era grande. Só que esse time já se acostumou a ganhar no limite, na dificuldade extrema, quando tudo parece perdido. Alex errou uma cobrança, e antes que todos pensassem no pior, esse monstro chamado Rafael pegou um pênalti. Nas séries alternadas, pegou outro, e coube a Toto a honra de sacramentar nossa passagem para a final da Copa Metropolitana, contra Inter-B ou Novo Hamburgo.
Festa enlouquecida da torcida índia, essa que, como diz a música do Los Reyes que me emocionou durante o jogo ("... superamos a queda, com a força de um sentimento; todo mundo dizia, Aimoré é o fim da sua vida; mas a gente sabia da força da nossa torcida...") fez ressurgir esse time fantástico, que tantas glorias tem conquistado, especialmente em 2013.
Ainda bem que teremos mais dois jogos pela frente, e nova chance de fazer história nesse ano maravilhoso que ninguém quer que termine, como suplicou Sandro Cardoso, emocionado, ao final da partida:"2013, não termina nunca, por favor!"
Curta a nossa página no Facebook e siga-nos no Twitter!
loading...
- O Domingo De Gols épicos No Futebol Gaúcho
Ganhar um jogo é sempre bom. Se a vitória garantir classificação, melhor ainda. E se o gol decisivo ocorre no final do jogo, é uma sensação única, que só quem já viveu sabe como é. O domingo do futebol no interior do Rio Grande do Sul foi...
- Aimoré 1 X 3 Inter B - Cuesta Arriba
Cuesta arriba é uma expressão genuinamente argentina, que numa tradução livre seria algo como "lomba acima". Ela se refere a uma situação quando algo está muito difícil, quando dá aquela sensação de estarmos subindo uma montanha com uma...
- O Índio Chega à Liderança!
Um dos charmes do Cristo Rei: criançada jogando bola enquanto o jogo acontece Curta a página do Futebol Comportamental no Facebook: https://www.facebook.com/FutebolComportamentalSiga o @FComportamental no Twitter "Que maravilha, tarde de domingo",...
- O índio Mais Heroico Da Aldeia
Eu sempre defendi que o principal comportamento de um time vencedor é ser valente. Ser valente, entenda-se, não é sair distribuindo pancadas ou gravatas por aí; mas é lutar em qualquer terreno e sob quaisquer condições, acreditando piamente que...
- Início Sério E Promissor
O Aimoré realizou hoje à tarde, no estádio Arthur Mesquita Dias, do Sapucaiense, seu primeiro amistoso da temporada de 2013. A vitória de 4 x 0 contra o Avenida, de Santa Cruz do Sul, pode ser considerada como um indicativo de que o ano será positivo...