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O Índio chega à liderança!

Um dos charmes do Cristo Rei: criançada jogando bola enquanto o jogo acontece

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"Que maravilha, tarde de domingo", diz o samba. Domingo de tempo nublado; ora abria um sol, ora uma nuvem mais escura surgia ameaçadora, que trazia consigo uma grande partida de futebol em sua tarde. Seleção? Só se for a Seleção do Vale dos Sinos, que atende pelo nome de Clube Esportivo Aimoré.

O jogo era complicado: enfrentaríamos o líder na classificação geral, um time de bela campanha, fortíssimo candidato ao acesso. A semana fora marcada por algumas provocações verbais entre torcedores na internet, e havia ainda a animosidade da torcida índia em relação ao treinador do time adversário, Círio Quadros, que era o técnico do Aimoré na campanha do rebaixamento em 2011. Talvez por esses ingredientes, o jogo tenha sido foi tão tenso e recheado de rispidez.

Ben Hur mandou a campo o mesmo time-base, com os ingressos de Toto e Rodrigo Galvão nas vagas de Luanderson e Japa, expulsos na batalha contra o Santo Ângelo. O Aimoré bem que tentou propor o jogo, mas esbarrava na pouca criação do meio de campo, o que redundava na falta de jogadas no ataque.

Na metade do primeiro tempo, as jogadas dos ótimos meias Evandro e Mikael apareceram, e o time da casa melhorou sensivelmente. Numa jogada pelo meio o volante Toto, que havia sido o heroi da partida anterior juntamente com Alex, chuta de fora da área e o goleiro uruguaio do time santamariense aceita: 1 x 0 Aimoré, para delírio da torcida índia.

Após o gol, o time do Riograndense tentou sair pro jogo, mas a marcação ajustada do Capilé no meio não deixava; isso fez com que os ânimos ficassem exaltados, e muitas discussões e entradas duras ocorreram. O primeiro tempo terminou com muitas reclamações dos dois times.

Na segunda etapa, o time visitante assumiu o controle da partida, embora sem criar grandes chances. No intervalo, o zagueiro Rogério havia entrado no lugar do esquentado Alex Herber, que estava a ponto de ser expulso se continuasse a cair na provocação dos adversários. Isso fez com que a marcação pelo lado direito melhorasse, mas ainda carecíamos de jogadas pelo meio. Pensando nisso, Ben Hur fez uma mexida que acabou sendo interessante: tirou o centroavante Maicon Santana e colocou o meia Jean Paulo, que passou a ocupar o comando do ataque. Rodrigo Galvão, que havia começado a segunda etapa mais recuado, marcando no meio pelo lado esquerdo, ocupou uma posição mais avançada e através disso o time aimoresista teve a chance de puxar alguns contra-ataques.

O Riograndense continuava insistindo e partia para cima; era necessário criar alternativas para matar o jogo. Assim, o xodó da torcida Lukinhas entrou no lugar do extenuado Rodrigo Galvão, que havia cumprido funções importantes no jogo. E então o principal pecado do time apareceu: o desperdício de chances claras de gol. Lukinhas e Jean Paulo puxaram alguns contra-ataques interessantes, mas todos desperdiçados, inclusive uma oportunidade de 4 contra 2. Mikael cansou e passou a entrar na pilha dos adversários, batendo boca a todo momento; apesar disso, ele também teve chances de fazer o 2 x 0, mas não conseguimos.

Com muito empenho e marcação, o Aimoré suportou a pressão adversária e conquistou a vitória. Não foi um excelente jogo, mas em partidas complicadas é preciso se impor e buscar a vitória, e isso o time fez, com louvor. É preciso corrigir os erros de conclusão, pois hoje isso poderia ter custado caro.

Mas o que importa é que com essa vitória, a 5ª consecutiva do time e de Ben Hur Pereira no comando da equipe (5 jogos e 5 vitórias), conquistamos a liderança e estamos próximos de garantir a classificação para a próxima fase.

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