Futebol
O Grêmio empatou em 1 x 1 com o Santos na Vila Belmiro hoje à tarde, gols de Vargas e Willian José, de pênalti. O resultado, se considerado antes da partida, não foi ruim; no entanto, se avaliarmos o contexto do jogo, podemos dizer que o tricolor deixou de ganhar um jogo que estava na sua mão, bem ao estilo do nosso treinador.
O Grêmio começou o jogo de forma muito promissora: bem organizado, marcando com eficiência e saindo com velocidade para os contra-ataques. O Santos não se encontrava em campo, o estreante técnico Claudinei Oliveira, do Sub-20 santista, não conseguia organizar o time. Aos 7 minutos, boa jogada de Alex Telles pela esquerda achou Vargas sozinho na área, mas a sua cabeçada foi por cima do gol. A abertura do placar por parte do time visitante parecia ser uma questão de tempo.
E assim foi. Aos 11 minutos, Zé Roberto dá um passe sensacional em profundidade para Vargas, que entra sozinho pelo meio da zaga em condição legal, e tira do goleiro para fazer 1 x 0 Grêmio.
A partir daí, o tricolor apostou ainda mais na estratégia de marcar firme e sair em velocidade para o ataque. O Peixe tentava armar algumas jogadas principalmente através de Neílton; porém, a armação era prejudicada pela apagada atuação do argentino Montillo.
Aos 35 minutos, o garoto criou boa jogada, quando deu um passe para Galhardo, que chutou torto e desperdiçou a chance. Algumas bolas cruzadas para a área, mas nada de muito relevante ocorreu até o término da primeira etapa.
O Grêmio começou a segunda etapa apostando na mesma jogada de contra-ataque, quando Barcos teve chance dentro da área santista, mas chutou para fora. A partir daí, o jogo mudou totalmente: o Santos passou a dominar as ações do jogo, e o Grêmio, como de costume, se encolheu. Realmente não sei se essa é uma orientação do treinador, mas o fato é que o time recua inexplicavelmente quando detém algum tipo de vantagem, e invariavelmente sofre consequências por adotar essa postura.
Aí, o resto do filme é bem conhecido dos gremistas: o time adversário cresce, se organiza, supera suas dificuldades, cria problemas para o time tricolor. E normalmente o castigo vem com requintes de crueldade: alguém driblando área adentro, pênalti aos 45 do segundo tempo cobrado por Rentería, e por aí vai. Dessa vez, uma jogada dentro da área encontrou um estabanado Souza, que abriu o braço e impediu a passagem da bola: pênalti para o Santos, cobrado por Willian José, recém saído do Grêmio, e empate do peixe. Todos os requintes de crueldade possíveis.
E é nesse momento que entra em cena a mais irritante característica do Grêmio de Luxemburgo: depois que a casa caiu, que o leite derramou, que praticamente tudo está perdido, eis que o time vai pra cima, busca o gol, apresenta traços de indignação. Daí é um tal de chutar juiz depois do jogo, de errar gol sem goleiro nos acréscimos, de buscar uma vitória que era muito sua. Só que, como das outras vezes, esse retardo em adotar uma postura de time vencedor não traz resultados, e o jogo terminou em um empate que poderia tranquilamente ter sido vitória. Jogamos contra um time sem alma, perdido, procurando seu rumo, e ainda assim não fomos capazes de ganhar.
Mestre em pontos corridos ou não, fato é que cada vez acredito menos na atitude de vencedor do nosso técnico. Espero estar errado, mas hoje o Grêmio foi o time de rotina da era Luxemburgo: medroso e perdedor.
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Santos 1 x 1 Grêmio - Jogo típico do Grêmio de Luxa
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