Os bumbos de Geral e a picanha da sorte
Futebol

Os bumbos de Geral e a picanha da sorte




De cara, já dava para ver que havia algo diferente. Reapareceu aquela velha mania do Olímpico, de cantar outra música durante o hino nacional e berrar a plenos pulmões o hino rio grandense. A vaia intensa durante a posse de bola do time colombiano dava o tom do jogo. E, acima de tudo, os bumbos da geral ditavam o ritmo da equipe. Mas claro que nada disso resolveria se o time dentro de campo não correspondesse. Mas ele correpondeu, e como!

Marcando forte, como pede um jogo de Libertadores, se enroscando com o adversário quando a situação assim pedia, o Grêmio forçava o ritmo e buscava o gol por ambos os lados. Aos 10 minutos, Elano bate maravilhosamente na bola após cobrança de escanteio e acerta a trave do goleiro do Santa Fé. A partir daí, o jogo ficou nervoso e não foram criadas muitas chances.

A nossa zaga estava muito segura, Bressan bem e Cris fez uma boa partida até começar a sair muito para fazer a marcação no meio, fato que o agraciou com um cartão amarelo. Nossos volantes fizeram o seu papel, mas um dos dois poderia guardar posição à frente da área para evitar que a zaga saia para o combate. E se um dos zagueiros tiver que sair, que seja Bressan.

Na meia, a solução encontrada por Luxemburgo funcionou. André santos deu consistência no meio, apresar de não ter conseguido criar tanto. Elano, enquanto teve fôlego, foi o principal nome do time. O ataque se movimentava muito, e nossos laterais subiam constantemente para fazer as jogadas.

Aos 28 minutos, Fernando rouba uma bola no meio, puxa o contra ataque e abre para Alex Telles na direita, que cruza na cabeça de Vargas, que ganha do zagueiro e abre o marcador: loucura na Arena.

A partir daí, o time colombiano cresceu e conseguiu chances através de faltas bobas que o Grêmio acabou cometendo, mas sem levar grande perigo. A primeira etapa terminou sem que outra grande chance fosse criada.

O tricolor voltou para o segundo tempo com a proposta de sufocar o adversário nos primeiros minutos. Não foi o que aconteceu. O time colombiano voltou insinuante e perigoso, buscando reverter a desvantagem no marcador. Quando o Grêmio se armava para aproveitar os contra-ataques, Souza saiu jogando errado, a bola foi esticada para Cuero dentro da grande área e Cris chegou fazendo mais uma falta desnecessária; a diferença é que esta falta redundou em pênalti e na sua expulsão. Pérez bateu e empatou a partida, enquanto o careca saía vaiado pela Arena.

Gabriel, zagueiro recém chegado do Lajeadense, entrou no lugar de Elano e passou a fazer dupla de zaga com Bressan. André Santos centralizou e agora era responsável pela armação do time. Surgiram algumas tentativas de jogadas gremistas, especialmente por parte de Vargas, fazendo bela partida. O atacante Cristian Borja entrou e trouxe perigo à defesa gremista. Por outro lado, Guilherme Biteco entrou no lugar de Alex Telles, passando André santos para a lateral-esquerda, sua posição de origem.

Mas nada dava certo. Entretanto, o ritmo do bumbo da Geral nunca parou, e toda a torcida seguia esse som, que agora era nervoso, querendo que o time se superasse e conquistasse a vitória.
Quando tudo se encaminhava para o catastrófico empate, Fernando, aos 37 minutos, desferiu um chutaço de fora da área após passe de Vargas, e matou o goleiro: 2 x 1, para delírio da Arena.

Kleber ainda entrou no lugar de Barcos, e o Grêmio passou a buscar um terceiro gol, que não aconteceu. Não importava. O time foi heróico, a torcida foi a velha torcida do Grêmio ritmada pelo bumbo da Geral, e essa simbiose trouxe o Grêmio de volta à vida na Libertadores. Tomou gol em casa, mas joga pelo empate, resultado totalmente possível de ser conquistado em Bogotá. Temos o modelo do ano passado do jogo contra o Millionários, para que não cometamos os mesmo erros e passemos para as quartas de final.


A picanha da sorte

Tenho uma mandinga que começou por acaso, mas que é batata, ou melhor, é picanha: ver jogo do Grêmio comendo essa carne traz sorte. Contra o Flu no Rio, Caracas na Arena e Huachipato no Chile foi assim, e de um jeito ou de outro deu certo. Como o jogo de hoje foi às 19:30 e estava ganhando, nem fiz menção de cumprir tal ritual. Com o empate e expulsão de Cris, lá fui eu esquentar o grill e preparar a carne. Tiro do grill, coloco no prato, ornamento com farofa e... Gol do Fernando!!!! 


Curta a página do Futebol Comportamental no Facebook: http://www.facebook.com/FutebolComportamental





loading...

- A Sorte Ajuda Quem Ajuda A Sorte
O Grêmio venceu mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro. Fez 1 x 0 sobre a Ponte Preta na Arena, e continuou com sua caminhada rumo à ponta do campeonato. Por outro lado, pode-se dizer que o tricolor não fez uma grande partida, conseguindo marcar...

- Lado A, Lado B: Grêmio 2 X 0 Fluminense
Bom, qualquer análise da partida de hoje do Grêmio contra o Fluminense, na Arena, tem que partir de duas situações que ocorreram antes do jogo, uma boa e uma ruim. O Lado A do pré-jogo foi a emocionante comemoração pelos 30 anos da conquista...

- 7 Problemas E 7 Soluções Para O Grêmio
Na reestreia do Grêmio no Campeonato Brasileiro, o time empatou em 1 x 1 com o Atlético-PR, fora de casa. O jogo marcou ainda a estreia de Renato Portaluppi na casamata gremista. Por mais que ainda seja o início de seu trabalho, alguns problemas...

- Santos 1 X 1 Grêmio - Jogo Típico Do Grêmio De Luxa
Curta a página do Futebol Comportamental no Facebook:https://www.facebook.com/FutebolComportamental O Grêmio empatou em 1 x 1 com o Santos na Vila Belmiro hoje à tarde, gols de Vargas e Willian José, de pênalti. O resultado, se considerado antes...

- O Gladiador Da Arena
E ele voltou. Não que não tivesse jogado ainda, mas todo o significado da contratação de Kleber era o mote "Um Gladiador na Arena". E na "estreia" em sua casa, o Gladiador fez dois gols, e ainda sofreu o pênalti que Barcos perdeu (veja aqui os...



Futebol








.