Retrospectiva emocional Aimoré 2014 - parte final
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Retrospectiva emocional Aimoré 2014 - parte final




Findo o Gauchão, era hora de deixar de lado o sentimento de alívio e começar a projetar o resto do ano. Sabiamente, o presidente Felipe Becker pediu o adiantamento das eleições, e seu vice André Schu assume a presidência do Aimoré.

Além de preparar o terreno para o Gauchão 2015, a grande dúvida que pairava na aldeia índia era se o clube participaria das competições do segundo semestre. Felizmente, decidiu-se por jogar a Copa Fernandão e a Copa Metropolitana, visando principalmente preparar o time para o início do próximo ano. Paulo Porto foi escolhido como técnico, e o grupo de jogadores começou a ser montado.

Passada a Copa do Mundo, era hora de começar a jogar a NOSSA copa. No dia 3 de agosto, um domingo, o Aimoré enfrentou o Cerâmica pela 1ª rodada da Copa Metropolitana. Sob os olhares dos mesmos 500 fiéis de sempre, meu ídolo Lucas Silva já começa mostrando as suas credenciais e abrindo o placar. Só que no segundo tempo, o time do nosso querido Hélio Vieira voltou melhor e, aproveitando-se de falha individual, empata o jogo. Placar preocupante para a sequência de jogos: Veranópolis, pela Copa Fernandão, e o Inter, queridinho da arbitragem, ambos fora de casa.

Após um empate, segundo meu amigo Erick, injusto, em 0 x 0 na Serra, era chegada a hora de jogar contra o Inter. E não é que vencemos em Alvorada por 1 x 0, gol de Panambi, com direito a expulsão e escândalo do "vencedor" Clemer? Para frustração da arbitragem e da FGF, o Índio derrubou o time do presidente, e ia com moral para o jogo de volta contra o Veranópolis.

Mas parece que a confiança aumentou demais: num frio de rachar, uma partida simplesmente horrorosa, os dois times sem ideias nem vontade, e a decisão foi pros pênaltis. Ali, brilhou mais uma vez a estrela de Pitol, mas nossos jogadores desperdiçaram as duas chances de classificação, e o Aimoré conseguiu uma das mais melancólicas eliminações que eu já presenciei (mal sabia que no final do ano veria outra). E o jogo seguinte era o clássico contra os Galácticos...

O jogo não teve nada de clássico: outro 0 x 0 de doer os olhos. A nota positiva do dia foi celebrar mais um aniversário de Felipe Becker, um dos maiores presidentes da história do Aimoré. Amigo e entrevistado deste blog, foi uma amizade que tive o prazer de conquistar, um dos meus maiores troféus da minha vida de torcedor aimoresista.

Depois de folgar na rodada 4, era hora de enfrentar o Estância Velha, num jogo que tinha o mando do adversário, mas que foi jogado no Cristo Rei. Coisas que só a FGF faz por você... Apesar de jogar em casa, o índio perdeu por 1 x 0, resultado que se mostraria cruel no decorrer do campeonato.

Na sexta rodada, véspera de 7 de setembro, o Aimoré empatou em 2 x 2 com o São José em Porto Alegre; um bom resultado, pois aos 12 minutos o time de Paulo Porto perdia por 2 x 0, e buscou o empate ainda no primeiro tempo, gols de Mikael e Lacerda.

Do ponto de vista pessoal, meus compromissos profissionais e pessoais me impediam de acompanhar o Aimoré como eu gostaria; mas por onde eu ia, dava um jeito de conquistar mais simpatizantes, como alguns santistas que se emocionaram ao falar de Mengálvio em pleno Pacaembu.

Por aqui, as coisas não iam bem: um empate com o fraquíssimo XV de Novembro em 1 x 1 no Cristo Rei foi praticamente a pá de cal nas pretensões de classificação índia, conforme os acontecimentos revelariam a seguir. Lacerda abriu o marcador, e no finalzinho do segundo tempo sofremos o empate. Metade da competição, e o horizonte era duvidoso para os capilés.

Na rodada 8, vitória por 3 x 1 sobre o mesmo XV de Novembro no Sady Schmidt, comprovando a catástrofe do empate no jogo anterior. Lucas Silva, Thiago Steffen e Moacir fizeram os gols índios.

No jogo seguinte, era hora de quebrar um incrível e incômodo tabu: 7 meses sem vencer em casa (a última vitória tinha sido contra o Esportivo pelo Gauchão). E sete meses depois, o mesmo Imperador do Vale nos deu a vitória sobre o São José por 2 x 1, depois que Faísca tinha aberto o marcador e havíamos sofrido o empate. A vaga se tornava mais real...

Mas, de novo não conseguimos vencer o Estância Velha, dessa vez um empate em 2 x 2 no Sady Schmidt. Saíamos na frente com nossos zagueiros (Thiago Steffen e Lacerda), mas em seguida o adversário empatava, e nossa situação voltava a ficar delicada.

Para aliviar a pressão, nesse meio tempo houve uma das Confrarias mais emocionantes e inesquecíveis: a que marcou o lançamento do livro "Que Lance", uma biografia de um dos maiores narradores da história do Estado, Celestino Valenzuela, um aimoresista de lei. Foi uma linda celebração da vida dessa lenda do esporte gaúcho.

Dentro de campo, depois de folgar na 11ª rodada, as 3 últimas rodadas eram cruciais para garantir uma classificação difícil, mas totalmente possível. Contudo, a derrota para o Novo Hamburgo no Estadio do Vale por 3 x 2 marcava o declínio fatal do time de Paulo Porto, o começo do fim.

Na penúltima rodada, era hora de rever Clemer e os Queridinhos da Arbitragem, e mais uma vez eles não puderam se impor: empate em 1 x 1, gol de Mikael para o índio. Com os resultados paralelos (que quase garantiram a classificação antecipada do Aimoré), o índio precisaria de vitória simples contra o eliminado Cerâmica, fora de casa.

Um dos mais irritantes que eu já presenciei; um time sem vontade, sem garra, sem alma. Perdeu para um clube ameaçado de fechar as portas do futebol profissional, mas que demonstravam muito mais gana, ainda que estivessem eliminados. Tomamos 1 x 0 ao natural, só não foi mais porque o time de Gravataí não forçou o ritmo. Assim, demos uma classificação de bandeja ao Estância Velha. O Gauchão 2015 teria que começar ali.

Espero que tenha mesmo começado. Que nossos erros tenham sido analisados, e tenha havido um trabalho adequado para as devidas correções. Que o laboratório tenha redundado em boas descobertas para este difícil 2015. Domingo, começa uma nova história, da qual esperamos e necessitamos um final feliz...

OOOHHHH  VAMO VAMO ÍNDIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO



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