Fria eliminação
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Fria eliminação




Final da Libertadores, jogos de volta da Copa do Brasil, um frio de rachar: nem a soma de todos esses fatores me impediriam de pegar a BR e apoiar o Aimoré na busca pela classificação à próxima fase na Copa Fernandão. Assim como eu, outros tantos índios se fizeram presentes, como de costume, ao Monumental do Cristo Rei.

O jogo era complicado, contra um Veranópolis traiçoeiro, e que não tinha levado gols em casa, no jogo de ida. Pelo relatos do meu amigo Erick, entre pênalti não marcado e gols perdidos, foi um crime empatarmos em 0 x 0 na Serra. Dessa forma, a postura era de propor jogo, sim, mas ao mesmo tempo com o cuidado de não levar gol, sob pena de ter que ganhar a partida para obter a classificação.

Assim, Paulo Porto colocou em campo, com exceção da zaga, o mesmo time que derrotou o Inter em Alvorada no sábado. Mas, diferentemente do time colorado, que atuava num 4-4-2, a equipe pentacolor veio a São Leopoldo com uma proposta tática bastante interessante: um 4-3-3, que virava um 4-5-1 sem a bola. Assim, Toto ficava mais preso na marcação, para evitar que nossos zagueiros ficassem no mano a mano, a nossa linha de 3 meias ofensivos batia contra a linha de 3 jogadores de meio deles, e os zagueiros anulavam Lucas Silva, sem espaço para respirar. Resultado: ausência de articulação de jogadas ofensivas.

Essa dificuldade só piorou quando nosso centroavante foi expulso, depois de uma confusão com o zagueiro adversário. Mikael e Moacir, que tentavam criar algum tipo de jogada, sucumbiram diante da marcação do VEC. E nem quando perdeu um zagueiro o time de Paulo Henrique Marques abandonou sua proposta: baixou seu volante para a zaga, e compôs o meio com um dos três atacantes que voltavam para ocupar espaço. Em outras palavras, o fato de não poder tomar gols foi aproveitado pelo time visitante, e sentido pelo Aimoré.



Na segunda etapa, Paulo Porto tirou Panambi, sumido no jogo, e colocou Cléberson; nada mudou. A principal mudança que poderia ser feita, a adoção de três zagueiros (Lacerda, Diego Rocha e Luanderson), mais o Toto marcando, e liberar Evandro aberto na direita, Moacir na esquerda e Mikael livre no meio, propondo jogo, e mais o Faísca, só aconteceu quando o próprio Evandro deu lugar a Michel. Foi uma pena não ter ocorrido antes, porque nesse momento o time já dava mostras de dificuldades de organização. Fazia pressão, tinha posse de bola, mas não conseguia concatenar alguma boa jogada. Os chutes eram todos sem direção, para desespero da torcida índia. A saída de Moacir, o mais lúcido do meio de campo, sepultou as chances de criação de jogadas. O centroavante Alex Pires não conseguiu impor seu tamanho na bola aérea, e os pênaltis seriam inevitáveis.

Lembrei na hora da última vez que assisti pênaltis com o Pitol (leia aqui), quando eu tinha certeza de que ele pegaria dois, e era a mesma certeza que eu tinha. Nas quatro primeiras cobranças de cada lado, oito gols. Na quinta cobrança, o jogador do Veranópolis chuta na na trave, e então Luanderson teve a chance de definir a classificação, mas ele perdeu a cobrança. Na primeira série de alternadas, Pitol faz defesa maravilhosa no canto direito, e mais uma vez o Aimoré tem a bola do jogo, com o centroavante Alex Pires, mas ele parou nas mãos do goleiro Josemar. Logo depois, gol dos visitantes, e mais um erro do Índio, dessa vez com Cléberson; muitos erros para a busca de um sonho.

E assim, numa noite fria e melancólica, terminou o projeto Copa do Brasil 2015, demasiadamente cedo. Fica a lição para a disputa da Copa Metropolitana, e também para o Gauchão do ano que vem. Serei sincero: não sei bem qual é o motivo da derrota, mas eu espero que a diretoria, comissão técnica e jogadores saibam, e ajam para evitar que aconteça de novo.

Porque el domingo, cueste lo que cueste, el domingo tenemos que ganar...



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