O dia de clássicos pela Europa
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O dia de clássicos pela Europa


Quatro partidas, 11 gols. Dois bons jogos, e outros dois não tão bons assim. Tudo em oito horas e 15 minutos. Este foi o sábado (7) de clássicos pela Europa. Sem mais delongas, vamos aos fatos de cada um deles.

Goleada, virada e muito mais no dia de clássicos (arte: Lucas Martins)

Tottenham 2-1 Arsenal

Tottenham compôs seu habitual 4-2-3-1 (na fase defensiva, 4-4-1-1), tendo maior posse e domínio territorial por grande parte do confronto - natural, considerando planejamento adversário. Mesmo com inversões de Eriksen e Dembelé, mobilidade de Harry Kane e inserimento  de volantes (Bentaleb-Mason) e laterais (Walker-Rose), Spurs esbarraram na grande atuação de David Ospina e tiveram dificuldades para finalizar jogadas. 

No total, precisaram de 23 chutes para marcar dois gols e ultrapassar o Arsenal na tabela. Ponto para Mauricio Pocchetino, que faz o clube de Daniel Levy competir novamente. Nos últimos três grandes jogos, duas vitórias e um empate. Neste contexto, pensar em títulos é totalmente possível. Vale lembrar que a equipe está na final da Copa da Liga Inglesa. Justamente a última conquista, em 2007-08.

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Arsenal formou rotineiro 4-3-3 (4-1-4-1 sem a bola), sustentando linhas recuadas e postura reativa. O que deixa algo bem claro: Arsene Wenger mudou forma de atuar, Gunners já estão completamente diferentes nas partidas maiores. Menos controle e jogo posicional, mais transições velozes. Já havia sido assim contra o Manchester City, e dose foi repetida no dérbi de hoje. Não deixa de ser uma volta às origens, relembrando o time de 2003-04, que dominava contragolpes e venceu English Premier League de forma invicta.

Hoje, defensivamente, se sustentou a partir de Francis Coquelin e do já citado Ospina. Que não foram capazes de segurar o resultado por 90'. Outra marca deste "novo" time são ligações diretas, sempre apoiadas por Olivier Giroud. Alteração de Wenger também é interessante a nível continental, pode significar prosperidade no cenário europeu. Menos protagonista, o Arsenal caminha.

Atlético de Madrid 4-0 Real Madrid

Atlético desenhou cotidiano 4-4-2 (com ou sem bola), aproveitou desfalques madridistas e criou uma goleada. Sistema defensivo de Carlo Ancelotti só teve um titular, e era bem lógico que Diego Simeone atacaria isto. Mesmo que, durante a semana, perguntado sobre tal coisa, argentino tenha desconversado. Cholo optou por ter a posse, criar muito e, por quantidade, induzir adversários ao erro - além de produzir superioridades pelos lados. Falhas, claro, vieram. No duelo de técnicos, o rei dos planejamentos específicos levou a melhor. Por muito, deu Simeone.

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Real Madrid, com retorno de Cristiano Ronaldo, voltou ao 4-4-3 (que fecha espaços num 4-4-2). Bastante responsável pela humilhação, já que Bale esteve muito mal na fase defensiva. Levando em conta que trabalho defensivo de Ronaldo e Benzema simplesmente não existe, o Real se defendeu com oito e deixou flancos expostos. Sem Pepe e Sergio Ramos, capazes de esconder tais debilidades, não havia como segurar. Assim, foi naturalmente abatido e dominado. Mais uma vez.

Everton 0-0 Liverpool

O Everton esteve num 4-3-3 (4-1-4-1 sem a bola), com Lukaku partindo da ponta esquerda e Naismith como falso 9. Apresentou problemas nas duas fases, e só não perdeu por incompetência adversária nos momentos decisivos. Se defendendo de maneira horrível, cedeu diversos espaços - entre linhas, inclusive. Ostentou um pouco de sorte e um grande Joel Robles para assegurar um ponto no dérbi. Não tão importante na tabela de classificação, mas essencial pela rivalidade.

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Liverpool compôs seu já imutável 3-4-3 (sem a posse, 5-4-1). Soube construir seu jogo a partir das falhas rivais, mas, como de costume, pecou nas finalizações e não saiu do 0. No geral, foram 17 chutes à meta azul. Mesmo com Everton tendo postura reativa, atuou à sua maneira: acelerando transições e contando com fatores desequilibrantes. Jogo terminou abaixo das expectativas, se esperava mais. Porém, Reds seguem sonhando com vaga na Liga dos Campeões.

Juventus 3-1 Milan

Juventus reproduziu seu 4-3-1-2 (igual nas duas fases), estando distante de seu limite. Ainda assim, suficiente para derrotar um conjunto sem identidade. Nos momentos de mais esforço, apertou saída adversária e contou com avanços de Evra. Controlou toda a partida, porém. Triunfo tranquilo, sem aspectos relevantes e pouco empolgante. Deu sono.

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Milan formou mesmo 4-2-3-1 (que se defende num 4-4-1-1) do jogo anterior, contra o lanterna Parma. Teve Muntari como extremo e debutes de Paletta e Antonelli. O último, aliás, foi a principal arma ofensiva do time e assinou seu primeiro tento com o uniforme rossonero. Foi, também, a única coisa positiva da péssima atuação milanista. Situação de Filippo Inzaghi está dificílima, e alguns já cravam sua saída. Até porque, o ex-centroavante conseguiu apenas uma vitória nos cinco cotejos mais recentes.



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