Haja água pro Vascão!
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Haja água pro Vascão!




O jogo por si só já começou tenso. O PFC apresentou problemas, e acompanhamos o jogo pela internet (por sorte, uma internet bastante rápida). Aí, o panorama era assim: um bando de gente em volta de um computador torcendo pelo Vasco. A casa do meu amigo Kafé abrigava alguns amigos vascaínos, totalmente apaixonados pelo seu time, que emprestaram à ocasião um clima de final de campeonato, para total desespero da vizinhança...

A tensão se fazia presente a cada minuto que passava. O jogo estava 0 x 0, e o empate favorecia o Vasco, mas o Fluminense jogava melhor e assustava a cada ataque. Com a boca seca, decidi tomar água, e na geladeira havia duas garrafas: uma azul e uma verde. Sem pensar, peguei água da garrafa que estava mais próxima, a verde, e voltei para a sala. O Flu era cada vez mais dono do jogo, e chegou a meter uma bola na trave, além de perder outras três boas chances. A pressão tricolor era grande, mas o Vasco suportou o ímpeto do time das Laranjeiras, e o 1º tempo encerrou com o empate no placar.

Na volta do 2º tempo meu lado mandingueiro se acendeu, e achei mau presságio pegar água da garrafa que tinha a mesma cor da camisa tricolor. Rapidamente me dirigi à cozinha e enchi o copo com água da garrafa azul, a cor do terceiro uniforme vascaíno. Quando voltei para a sala, vi um Vasco melhor, com mais posse de bola, até que aos 10 minutos, um contra-ataque rápido e a 1ª chance real perdida pelo time cruz-maltino. O nervosismo da galera aumentava, e minha confiança no gol do Vasco também; ainda mais quando Abel tirou Deco para a entrada de Wágner.

Meu copo de água já tinha terminado quando, aos 24 minutos, após uma bela jogada pela direita proveniente de uma furada de Gum, Éder Luís cruza para Bernardo completar para o gol: Vasco 1 x 0 e delírio na casa do Kafé, transformada em São Januário. Tranquilo com o resultado, fui para a cozinha tomar mais água e conversar com a Lívia, esposa do meu amigo Kafé. Repentinamente, aos 32 e 34 minutos, dois gols do Fluminense e o Kafé veio me pedir para voltar para a sala, pois eu estava dando sorte ao Vasco. Pensei no que poderia estar dando errado e constatei que acabei esquecendo de minha própria mandinga: enchi dois copos com água da garrafa verde enquanto conversava. Mais do que rápido, enchi um novo copo com água da garrafa certa e voltei para a sala (sorte que estava quente, para tomar tanta água).

A coisa só piorava: um dos meus jogadores preferidos, Éder Luís, saiu para a entrada de Dakson. Romário também havia entrado na vaga de Thiago Feltri. Mal sabíamos que nessas duas alterações estava selado o destino do jogo: aos 39, Dakson faz uma jogada pela direita e cruza na cabeça de Romário, para mais uma explosão de alegria dos meus amigos Daniel, Pedro e Kafé. Ufa, minha mandinga estava funcionando! Para garantir (e para matar a sede), fui para a cozinha em busca de mais um copo de água, o derradeiro, para selar a vitória vascaína.

Escanteio para o Vasco, e meu amigo Kafé profetizou: gol do Mito. Dito e feito: Bernardo bate, e Dedé completa para o gol. Festa total no apartamento, e os planos de comemoração da vitória começaram a ser feitos, assim como ligações para tricolores e provocações aos flamenguistas: valia tudo para celebrar a vitória do Vascão.

No final, ainda saímos por São Leopoldo com direito e buzinaço e gritaria, para incredulidade dos pedestres. Eu, um apaixonado por comportamentos futebolísticos, fiquei encantado com a paixão dos vascaínos que tive a oportunidade de conhecer. Certamente este foi o 1º de muitos jogos do Vasco que assistiremos juntos, já que revelei a todos a minha mandinga, e fui convocado a tomar água nos próximos jogos: mas só da garrafa azul!



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