Por que o Grêmio ganhou o Gre-Nal
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Por que o Grêmio ganhou o Gre-Nal




Mesmo que exista aquela história de que "Gre-Nal é Gre-Nal", que "Clássiso não tem favorito", foi uma grande surpresa constatar a vitória com superioridade do Grêmio ontem. Mas o que aconteceu?

Primeiro, essa história de atitude, sozinha, não ganha jogo. Vamos deixar isso bem claro. Ela dá um impulso, claro, mas sem qualidade a atitude não existe, não faz diferença. Nenhuma atuação individual foi tão brilhante a ponto de desequilibrar, apesar da bela partida que alguns, como Kléber e Victor, realizaram. Taticamente, não foi possível observar nenhuma grande ousadia que tenha dado alguma vantagem ao Grêmio. O Inter também não fez uma má partida, e o árbitro não influenciou no resultado. E então?

Então, basicamente, como eu falava ontem, tinha um técnico na beira do gramado que tinha "a cara do Grêmio". Que não escalou o time da melhor forma, mas fez esse time render o máximo jogando simples. Instigou jogadores como Léo Gago, Marco Antônio e Naldo a renderem mais. Armou um time mordedor, que ora marcava no campo do adversário, ora marcava na intermediária, focado, nunca abdicando do contra-ataque. Por acaso, era o jeito que o time que esse rapaz integrava jogava. Calma, eu não tô falando que ele mudou tudo em menos de uma semana, e nem que ele é mágico. Só tô falando que, com o Roger à beira do gramado, houve um resgate da história recente de glórias do Grêmio. Não foi nenhuma maravilha, mas o contraste entre o time que enfrentou os reservas do rival (que alegaram não ter sido um jogo, apenas um treinamento) e esse time de ontem, humilde, consciente de suas limitações, mordedor e raçudo, foi espantoso.

Me deu saudade de uma época gloriosa que parece ter sido há muitos anos, mas foi quase ontem. Ainda é tempo de recuperar essa história e seguir escrevendo páginas de glória, mas para isso, é fundamental ser Grêmio, o Grêmio de sempre, raçudo, humilde e comprometido, o Grêmio capaz de enfrentar qualquer time em pé de igualdade, capaz de transformar a casa do adversário em sua própria casa, capaz, principalmente, de conquistar títulos e retomar aquele apelido de time copeiro que ficou para trás. A grande questão do momento é saber se Luxemburgo será capaz de reafirmar todos esses valores que sempre pautaram e nortearam a história tricolor. Aguardemos cenas dos próximos capítulos.



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