O valor dos planejamentos
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O valor dos planejamentos



De acordo com a minha profissão (administrador), eu deveria dar mais valor aos planejamentos, eu bem sei; mas não acho crível que alguém consiga enxergar o que será de sua empresa, o que fará de sua vida ou o que acontecerá com o mundo daqui a 5, 10, 15 anos. Tragédias, glórias, surpresas de todo o tipo surgirão em nossos caminhos, e tentar prever tudo isso é uma tarefa para videntes, para se dizer o mínimo.

Isso não significa que não devamos olhar para o futuro e tentar programá-lo da melhor maneira: pelo contrário, ter um norte ajuda na hora de tomar uma decisão sob o efeito de grandes mudanças; mas é preciso ter jogo de cintura e capacidade de improvisação quando as coisas não acontecem da forma como imaginamos ou nos preparamos.

Pensei nisso enquanto lembrava da minha expectativa quando saiu a tabela do Gauchão: meus planos incluíam ir a todos os jogos do Aimoré em São Leopoldo, e mais uns 3 ou 4 fora de casa. Assim como imagino que o planejamento da comissão técnica e diretoria fosse conquistar uns 8 pontos nas 5 primeiras rodadas, 10 talvez.

Questões profissionais me tiraram dos jogos contra Novo Hamburgo (com direito a mudança de data em cima da hora) e São Luiz; questões pessoais me tiraram da partida de ontem contra o São Paulo. Dentro de campo, amealhamos somente 4 pontos, muito abaixo do que gostaríamos e planejamos.

O que se faz agora? Desisto de ir aos jogos? Jogamos a toalha e esperamos o rebaixamento?

Bom, no que me compete, afirmo: estou no aguardo para saber onde o Cruzeiro mandará seu jogo no sábado contra o Aimoré e é praticamente certa a minha presença contra o Pelotas, dia 16. Tenho certeza de que o planejamento da equipe dentro de campo foi renovado, e quem sabe não seja possível fazer 7 pontos nas próximas 3 partidas? Quem sabe os 9?

Quando um planejamento dá errado, é muito importante saber onde se errou e planejar os próximos passos, para evitar outros problemas. Ainda mais importante é não desistir de projetar os próximos acontecimentos, e não parar de lutar até que atinjamos nossos próximos objetivos.

Assim como acredito que meu planejamento pessoal dará certo, tenho convicção de que não deixaremos de lutar, sempre, até a 15ª rodada, para atingir nosso grande objetivo: a elite do futebol gaúcho em 2015. E quem sabe, no meio do caminho, algumas outras boas surpresas? Vamo Índio!

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