Futebol
O Inter entrou no gramado do Couto Pereira sabendo de sua difícil missão. Sem sete titulares, tendo que enfrentar um Coritiba pressionado pela má campanha, certamente não seria um jogo fácil. Dida, Diogo, Índio, Ernando e Fabrício; Ygor, Wellington, Otávio, Alan Patrick e Alex; Wellington Paulista, foi o time que Abel escolheu para defender a liderança do Brasileirão.
O início do jogo foi dentro do esperado: o Coxa tomando a iniciativa, indo pra cima, e o Inter se defendendo e explorando os contra-ataques. Talvez essa seja a melhor explicação para a entrada de Otávio no time, e não de Valdívia, com Alan Patrick centralizado e Alex mais aberto pela esquerda. Era, na prática, um 4-2-3-1 que tentava reproduzir o 4-1-4-1 do time titular.
Só que boa parte do sucesso do esquema de Abel se deve à versatilidade e qualidade de Charles Aránguiz, que consegue quase ao mesmo tempo ser um segundo homem de meio de campo e chegar na frente para armar jogadas. Wellington tentava emular o comportamento do chileno, mas obviamente lhe faltava qualidade, e o Colorado acabou acuado pela volúpia do time da casa.
Leandro Almeida já tinha perdido boa chance de bola parada (ainda no primeiro tempo viria a perder outra), e aos 16 minutos o questionado Zé Love perdeu um gol praticamente sem goleiro para o time de Celso Roth. Um tanto desordenado e nervoso, por conta da pressão da torcida, a grande verdade é que o Coritiba era um time confuso.
A confusão e nervosismo ganharam ares de dramaticidade quando, aos 20 minutos, Alan Patrick chuta de fora da área, a Wellington Paulista desvia a bola e abre o placar para o time gaúcho. Mesmo sem fazer uma grande partida, era o líder confirmando a sua condição, fazendo o necessário para permanecer na ponta da tabela.
O jogo ficou à feição do Colorado: fechadinho, saindo em velocidade no contra-ataque. A saída de Alan Patrick, lesionado, dando lugar à Valdívia, só ratificou essa postura, e foi assim que, aos 30 minutos, o lateral Diogo cruzou bola na cabeça de Alex, que não alcançou, e aos 42, Valdívia e Otavinho fizeram grande jogada e por pouco o Inter não ampliou o placar.
No segundo tempo, Celso Roth abriu um pouco mais o time e veio para cima. O Inter seguia na mesma proposta: aos 7 e aos 27 minutos, Valdívia e Otávio tiveram chances de liquidar a partida, mas não o fizeram. Abel, enlouquecido, pedia um pouco mais de capricho aos seus jogadores, entendendo que era necessário matar o jogo de uma vez. Parecia pressentir o que estava por vir...
Aos 30 minutos, o velho Jajá chuta de fora da área, Dida solta para a frente, Keirrison pega o rebote e se joga no chão. O juiz vai na onda e dá pênalti pro time da casa, ainda que Dida não o tenha tocado, segundo as imagens do jogo. Na cobrança, Alex empata a partida.
O Inter já tinha perdido, lesionados, Alex e Índio, que deram lugar a Jair e Alan. Mesmo com tantos problemas, o time não desistiu de buscar a vitória, criando oportunidades aos 32 e aos 34 minutos, de novo com Valdívia e Otavinho, os melhores do Internacional; no entanto, faltou caprichar para conquistar a vitória.
Claro que é ruim sofrer um empate após estar vencendo um jogo "ganhável"; mas enfrentar o Coritiba em sua casa, com toda a pressão por vitórias por conta da péssima campanha, é sempre difícil. Por isso, não acho que o empate tenha sido necessariamente um resultado ruim, ainda que se perca momentaneamente a liderança do campeonato.
Até a 38ª rodada muita coisa vai acontecer, mas o fato é que o Inter está no caminho certo; especialmente se analisarmos que os jogos em que se lamentou empatar, ao invés de vencer, foram jogos fora de casa contra adversários complicados, para quem muitos times perderão pontos (Botafogo, Criciúma e Coritiba). Assim, o time de Abel segue invicto em sua caminhada rumo ao tetra. Isso é o que mais importa.
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O que mais importa
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Só que boa parte do sucesso do esquema de Abel se deve à versatilidade e qualidade de Charles Aránguiz, que consegue quase ao mesmo tempo ser um segundo homem de meio de campo e chegar na frente para armar jogadas. Wellington tentava emular o comportamento do chileno, mas obviamente lhe faltava qualidade, e o Colorado acabou acuado pela volúpia do time da casa.
Leandro Almeida já tinha perdido boa chance de bola parada (ainda no primeiro tempo viria a perder outra), e aos 16 minutos o questionado Zé Love perdeu um gol praticamente sem goleiro para o time de Celso Roth. Um tanto desordenado e nervoso, por conta da pressão da torcida, a grande verdade é que o Coritiba era um time confuso.
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Claro que é ruim sofrer um empate após estar vencendo um jogo "ganhável"; mas enfrentar o Coritiba em sua casa, com toda a pressão por vitórias por conta da péssima campanha, é sempre difícil. Por isso, não acho que o empate tenha sido necessariamente um resultado ruim, ainda que se perca momentaneamente a liderança do campeonato.
Até a 38ª rodada muita coisa vai acontecer, mas o fato é que o Inter está no caminho certo; especialmente se analisarmos que os jogos em que se lamentou empatar, ao invés de vencer, foram jogos fora de casa contra adversários complicados, para quem muitos times perderão pontos (Botafogo, Criciúma e Coritiba). Assim, o time de Abel segue invicto em sua caminhada rumo ao tetra. Isso é o que mais importa.
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