Nesta quarta-feira (6), a segunda semifinal da Liga dos Campeões 2014-15 teve seu capítulo de abertura. Na Catalunha, Barcelona e Bayern de Munique protagonizaram um dos confrontos com mais nuances da temporada. Como o esperado, um duelo que ficará na memória por bastante tempo. Melhor para os espanhóis, que, com um 3 a 0, já sentem o cheiro de Berlim.
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Instante em que Lionel fez história - uma vez mais (foto: Reprodução) |
Barcelona, em situação oposta ao adversário e tendo todos à disposição, formou habitual 4-3-3 (sem a bola, alternava entre 4-1-4-1 e 4-4-2). Como era imaginado, pressing posicional desde o começo. Que tinha naturais cessões, também esperadas. Por conta dos encaixes totalmente individuais de "Pep" Guardiola, que deixavam trio de ataque sul-americano em igual condição numérica com trinca defensiva do Bayern (3x3, logicamente), chances não demoraram a aparecer. Pois um desequilíbrio, um ganho em velocidade ou até mesmo o acaso poderiam criar excelentes ocasiões de gol. Foi assim por cerca de 15', período suficiente para Manuel Neuer dar início à sua magnífica exibição. Depois, rival alterou variações e facilidade morreu. Ainda assim, por conta de individualidades, sensível superioridade blaugrana nos restantes 30' - e quatro arremates certos.
Na 2ª parte, os primeiros momentos se mostraram a pior fase do conjunto no cotejo. Atascado por saída dificultada, superado entre linhas (Sergio Busquets defende muito à frente, natural que ceda terreno) e com trio "MSN" consideravelmente diminuído. O que, possuindo algumas mudanças, perdurou por mais algum tempo. Até surgir Lionel Messi, o Deus que fala espanhol e parte da ponta direita. Em poucos segundos, marcou duas vezes - deixando Jerome Boateng sentado, em uma delas - e garantiu vantagem coletiva. Coisas tiradas "do nada", coisas de um gênio que não cansa de exibir seu poder de condicionamento. Se não há alternativas, se não há espaços ou possibilidades, há Messi. Após isto, Barça em defesa posicional e apostando em transições velozes. Já no final de tudo, Neymar protagonizou um destas e fez o 3 a 0.
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Clique na imagem para ampliar Início do jogo, com encaixes de "Pep" |
Bayern de Munique, com as inúmeras possibilidades de Guardiola, foi a campo em um 3-4-1-2 (5-2-1-2 na fase defensiva). Com Thiago Alcântara como ala-direito, Philipp Lahm no double pivot e Bastian Schweinsteiger
trequartista. Desta maneira, absoluto pressing, tendo arriscados encaixes individuais. Algo que prejudicou base das jogadas adversárias, mas pesou mais atrás. Até por ligações diretas de Marc-André Ter Stegen, que fazia Barcelona saltar linhas e já se deparar com igualdade numérica. Jogo direto, este, que também esteve no lado alemão - sustentado por Robert Lewandowski. Vendo o desastre que acontecia, Josep passou à 4-3-1-2 (com ou sem a posse), assumindo menos riscos. Dali até o encerramento da 1ª metade, contou com a intransponibilidade de Neuer para manter o empate.
O começo do 2º tempo, entretanto, foi bastante favorável aos bávaros. Que, entre outras coisas vitais, tiveram Xabi Alonso em ótimo dia, cuidando de tudo e todos que aparecessem entre linhas de sua equipe. Fator Messi, porém, acabou sendo maior que tudo. Ainda que 2 a 0 não fosse bom, chances de reversão eram razoavelmente grandes. Marcar, então, seria chave. A partir de tentativas desordenadas, time de Munique buscou tento. Mas quem realmente o encontrou foi Neymar, dando o último tom do assassinato.
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Clique na imagem para ampliar Panorama final |
O embate do próximo dia 12 será duríssimo para os comandados de Guardiola, especialmente pelas diversas lesões. Em uma eliminatória tão equilibrada, dificílimo impor tantos gols - sobretudo quando isto é necessário. Até porque, desta vez, Lionel é adversário. Para Luis Enrique, a comprovação de que seus fatores desequilibrantes quase sempre resolverão. E, com eles voando, não há quem segure.
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