Lewandowski faz loucuras, marca cinco vezes e Bayern vence Wolfsburg
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Lewandowski faz loucuras, marca cinco vezes e Bayern vence Wolfsburg


Uma noite de Lionel Messi para Robert Lewandowski. Basicamente, foi o que ocorreu nesta terça-feira (22), na Allianz Arena. Inexplicável desde questões táticas, polonês marcou cinco gols em 9' e enterrou um grandíssimo Wolfsburg. No fim, seu Bayern de Munique venceu por 5 a 1.

"Lewa" fez magias (fotos: Reprodução/Getty Images)

Bayern começou partida em um 4-3-3 (4-1-4-1 na fase defensiva), variações mais utilizadas por Josep Guardiola no final das contas. Dentro disto, ainda que de forma não tão habitual, modelo de jogo "guardiolista" esteve em clara evidência. Equipe, em ataques posicionais e desde mecanismos e movimentos previamente formulados, pode ser dividida em duas, uma para cada lado. No direito, lateral-interno (Philipp Lahm); interno (Arturo Vidal) avançando para criar opção de passe vertical entre linhas de marcação rivais; e ponta (Douglas Costa) dando largura. No esquerdo, lateral (Juan Bernat) e ponta (Mario Götze) alternando quem propiciaria amplitude, sendo que alemão ora surgia entre blocos oponentes para gerar linha de passe, ora somava-se ao espanhol por fora; e interno (Thiago Alcântara) recuando para auxiliar Xabi Alonso na base.

Questão interessante é divisão e assimetria funcional, com objetivos claros. Somado a isto, Thomas Müller "à Lewandowski", movendo-se e fixando defensores, enquanto Xabi, como sempre, estabeleceu superioridades a cada deslocamento. De qualquer forma, ideia principal era atrair Wolfsburg para uma beirada - canhota, preferencialmente -, girar balão rapidamente e atacar lado fraco com atleta aberto; ou apenas ativar conceito do homem livre por dentro, avançar posteriormente por fora e terminar na área de Diego Benaglio. Contudo, circulando esfera com lentidão e manejando mal equipe de Dieter Hecking, isto pouco aconteceu no 1º tempo. Onde Bayern ainda passou certos instantes se defendendo na própria metade, detalhe um tanto comum em 2015-16, mas anormal em esquadras de "Pep". Entretanto, tudo mudaria repentinamente.

45' inciais ainda mostraram vermelhos, às vezes, pouco enérgicos nas pressões após perdas, algo que criou certas chances ao visitante. Retorno do intervalo, porém, trouxe um clima de virada absurdo, 4-2-3-1 (4-4-1-1 sem a bola) e Lewandowski. Mesmo que outras alterações de Guardiola tenham ajudado em certos tentos, polonês foi monstruoso e só ele explica cinco gols. Afinal, futebol é dos futebolistas e são noites assim que deixam claro: eles quem decidem tudo, no final. Não se planifica o inesperado, e restante do confronto simplesmente pouco importa.

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Panorama no começo do embate

Wolfsburg compôs tradicional 4-2-3-1 (4-4-1-1 sem a posse), passando, como se esperava, maior parte do tempo em defesa posicional. Para não cair nas armadilhas bávaras, time do noroeste alemão optou por manter linhas de marcação médio-baixas e pouquíssimo influenciáveis por movimentos adversários - a bola, sim, foi referência dominante. Pressionando base das jogadas vermelhas apenas com Max Kruse e Bas Dost - cheios de energias, vale dizer -, roubos em posições mais privilegiadas, com exceção de um ou outro lance, dificilmente se transformavam em contragolpes finalizados. Todavia, capazes de alongar certas possessões, visitantes tinham em Kruse, Joshua Guilavogui e Julian Draxler belos argumentos para produzir algo na fase ofensiva. Mas o que segurou Bayern foram basculações defensivas corretas, belíssimas.

Acumulando jogadores ao redor do balão sem permitir desvantagens no lado fraco - ações muito ajudadas por dupla mais adiantada -, Wolfsburg alcançou solidez e negou avanços, também sem permitir vida entre seus blocos. Tudo caminhava dentro do planejado, até que os de Munique, já na 2ª parte, conseguiram elevar ritmo do confronto, acelerar circulação, pressionar feito loucos depois de cada perda e correr por fora para encher área de Benaglio e fuzilá-lo. Simples apontar saídas, como tentar tranquilizar cenário, mas verdade é que trupe de Hecking foi praticamente obrigada a entrar no caos. No mais, não fosse por diabo polonês, tudo ainda poderia ter sido sustentando. Como, pesando absolutamente tudo, ocorreu após 9 minutos de show.

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Final da partida

É certo que Bayern não fez agradável 1º tempo, mas também é certo que "Pep" e seu vital staff novamente agiram no intervalo, mudaram contexto e Robert Lewandowski tirou todos do buraco. Já é setembro, temporada já se encontra em andamento, é fundamental que time de Munique sustente constância por mais de 45'. Por outro lado, Wolfsburg soube competir até onde pôde e chegou a pagar preço de ter dupla de zaga lenta. Quando campo se abriu, sofreram.



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