Futebol
No tempo antigo, quando o futebol era praticado por 10 craques e 1 bom em cada time, não tinha grana, e muitos craques do passado morreram na miséria. Veio o século XXI e elevou os salários dos agora atletas a níveis estratosféricos: salários de 500 mil reais por mês são cada vez mais comuns, e dizemos que um atleta que recebe 50 mil mensais é "barato". Além disso, os técnicos passaram a ter status de super-estrelas, recebendo salários de 700, 800, 900 mil, ou mais.
Era lógico e evidente onde tudo isso iria parar: na quebradeira dos clubes. Irresponsáveis por conta do aumentos significativo do dinheiro da TV e do aumento de seus quadros sociais e outras receitas, os clubes passaram a bancar e estimular esses aumentos através da competição entre si, gerando uma bolha que está estourando em cadeia, não só no Brasil.
Na Argentina, por exemplo, o presidente do All Boys declarou que não tem dinheiro para pagar os atletas, alguns sem receber há 7 meses, e disse: "cada um faça o que quiser, mas não temos como fazer frente a esses pagamentos". O próprio River Plate, gigante do futebol argentino e sul-americano, está sofrendo com a falta de dinheiro para honrar seus compromissos, mesma situação de muitos times pela América do Sul.
Aqui no Brasil, o Flamengo espantou a todos no ano passado, quando assumiu uma política de austeridade financeira e fiscal. Pagou dívidas, montou um time modesto e ainda assim foi campeão da Copa do Brasil. Ainda que na Libertadores, a promessa para 2014 é seguir nessa linha austera.
O Grêmio é outro clube que está enfrentando muitos problemas. Devendo salários para os seus jogadores, o clube gaúcho tenta negociar seus principais atletas, ainda que pagando parte de seus salários nos casos de empréstimos. Tudo para reduzir um gigantesco déficit nos cofres gremistas.
O Palmeiras, já dentro dessa nova realidade financeira desde o ano passado, quando disputou a Série B, está propondo a seus novos reforços um contrato de produtividade, que prevê ganhos maiores caso as metas sejam atingidas. Parece estar aí um modelo a ser adotado por muitos outros clubes.
O Vasco é outro que luta contra as dificuldades financeiras; sem dinheiro, terá que encarar uma Série B, tendo a difícil missão de retornar sem maiores sustos para a elite em 2015.
O futebol italiano há muito tempo deixou de ser grande comprador de jogadores, e passou a focar na formação de jovens valores. Pelo resto da Europa, só vemos grandes investimentos ligados a mecenas com muito dinheiro, casos de Chelsea, Manchester City, PSG e alguns outros.
Esse me parece ser um caminho sem volta para o futebol: reduzir a distância de remuneração para as pessoas "comuns", o que cria uma bolha social entre os envolvidos com a bola. A grande pergunta é: esse é um momento de readequação visando o futuro, ou uma tardia reação a uma situação desesperadora causada pelo perdularismo dos dirigentes?
Especialmente no futebol brasileiro, a segunda opção parece ser a mais em voga.
- El Mimimi
No final da semana passada, surgiu a notícia de que Ignácio Scocco, atacante argentino do Internacional, pediu para ir embora, alegando não ter "adrenalina" suficiente para jogar no Brasil. Para entender a decisão do jogador, é preciso entender...
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Nesta data tão especial, celebro o dia de uma das classes mais importantes da sociedade (se não for A mais): o dia dos Professores. Coloco assim em maíusculo porque me parece uma categoria de pessoas especiais, o minúsculo me parece pouco...
- O Milionário Futebol Brasileiro
Estou verdadeiramente impressionado com as últimas negociações do futebol brasileiro. Sou do tempo em que os jogadores iam para a Europa e só retornavam para encerrar suas carreiras. Depois, cresci vendo jogadores problemáticos voltar, alegando...
- O Que Está Acontecendo Com O Nosso Futebol?
Quem aqui não lembra dos recentes casos de saída dos jogadores brasileiros para a Europa, Ásia, etc.... Pois é, parece que muitos dos que saem e na maioria das vezes não faz o sucesso ou têm uma brusca queda no rendimento estão voltando.... Alguns...
- Acabou A Pose
Pois é... foi preciso apenas 24 horas para que a pose do SPFW de ser um clube imune aos demais problemas do futebol que todos os clubes grandes enfrentam, cair por terra abaixo. O vereador de Liliput sempre se gabava na imprensa que o São Paulo não...
Futebol
Cadê a grana do futebol?
| Alguns pensam que nosso futebol é assim... |
No tempo antigo, quando o futebol era praticado por 10 craques e 1 bom em cada time, não tinha grana, e muitos craques do passado morreram na miséria. Veio o século XXI e elevou os salários dos agora atletas a níveis estratosféricos: salários de 500 mil reais por mês são cada vez mais comuns, e dizemos que um atleta que recebe 50 mil mensais é "barato". Além disso, os técnicos passaram a ter status de super-estrelas, recebendo salários de 700, 800, 900 mil, ou mais.
Era lógico e evidente onde tudo isso iria parar: na quebradeira dos clubes. Irresponsáveis por conta do aumentos significativo do dinheiro da TV e do aumento de seus quadros sociais e outras receitas, os clubes passaram a bancar e estimular esses aumentos através da competição entre si, gerando uma bolha que está estourando em cadeia, não só no Brasil.
Na Argentina, por exemplo, o presidente do All Boys declarou que não tem dinheiro para pagar os atletas, alguns sem receber há 7 meses, e disse: "cada um faça o que quiser, mas não temos como fazer frente a esses pagamentos". O próprio River Plate, gigante do futebol argentino e sul-americano, está sofrendo com a falta de dinheiro para honrar seus compromissos, mesma situação de muitos times pela América do Sul.
Aqui no Brasil, o Flamengo espantou a todos no ano passado, quando assumiu uma política de austeridade financeira e fiscal. Pagou dívidas, montou um time modesto e ainda assim foi campeão da Copa do Brasil. Ainda que na Libertadores, a promessa para 2014 é seguir nessa linha austera.
O Grêmio é outro clube que está enfrentando muitos problemas. Devendo salários para os seus jogadores, o clube gaúcho tenta negociar seus principais atletas, ainda que pagando parte de seus salários nos casos de empréstimos. Tudo para reduzir um gigantesco déficit nos cofres gremistas.
O Palmeiras, já dentro dessa nova realidade financeira desde o ano passado, quando disputou a Série B, está propondo a seus novos reforços um contrato de produtividade, que prevê ganhos maiores caso as metas sejam atingidas. Parece estar aí um modelo a ser adotado por muitos outros clubes.
O Vasco é outro que luta contra as dificuldades financeiras; sem dinheiro, terá que encarar uma Série B, tendo a difícil missão de retornar sem maiores sustos para a elite em 2015.
O futebol italiano há muito tempo deixou de ser grande comprador de jogadores, e passou a focar na formação de jovens valores. Pelo resto da Europa, só vemos grandes investimentos ligados a mecenas com muito dinheiro, casos de Chelsea, Manchester City, PSG e alguns outros.
Esse me parece ser um caminho sem volta para o futebol: reduzir a distância de remuneração para as pessoas "comuns", o que cria uma bolha social entre os envolvidos com a bola. A grande pergunta é: esse é um momento de readequação visando o futuro, ou uma tardia reação a uma situação desesperadora causada pelo perdularismo dos dirigentes?
Especialmente no futebol brasileiro, a segunda opção parece ser a mais em voga.
| ... mas ele parece estar ficando assim. Será? |
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- El Mimimi
No final da semana passada, surgiu a notícia de que Ignácio Scocco, atacante argentino do Internacional, pediu para ir embora, alegando não ter "adrenalina" suficiente para jogar no Brasil. Para entender a decisão do jogador, é preciso entender...
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