BATE BOLA COM BIRA DE OLIVEIRA
Futebol

BATE BOLA COM BIRA DE OLIVEIRA





O mais novo entrevistado do BATE BOLA está comemorando aniversário neste dia 8 de setembro de 2015: Bira de Oliveira.
Aproveitamos para conversar um pouco com ele e saber mais alguns detalhes de sua passagem pelo futebol do DF.

Para começar, diga o seu nome completo e, caso tenha algum apelido, como surgiu esse apelido?
Meu nome completo é Francisco Ubiraci Rodrigues de Oliveira e sou conhecido por Bira de Oliveira.

Qual a data e local de seu nascimento?
Nasci em Jaguaretama, Ceará, no dia 8 de setembro de 1964.

Sabemos que você saiu de Jaguaretama em 1971, com destino ao Estado do Paraná. Qual o motivo dessa mudança, para qual cidade você foi e quanto tempo permaneceu por lá?
Fui acompanhando meu pai, que ia trabalhar numa fazenda, na cidade de Ivaiporã, no Paraná. Ficamos até 1976.

Depois do Paraná você veio para Brasília? Quando aconteceu isso e onde você foi morar?
Em 1976 minha família foi morar no Gama. No mesmo ano, mudamos para Planaltina.

Como e quando começou no futebol do DF? Qual foi seu primeiro time de futebol e seu primeiro treinador? 
Meu primeiro time foi o Planalto, time amador de Planaltina, e meu primeiro treinador o João Batista.

Conte como foi sua trajetória no futebol do DF. Quais os clubes que defendeu?
Meu começo no futebol do DF foi em 1981, na posição de goleiro, pelo time de juniores do Tiradentes. No ano seguinte, sagrei-me campeão brasiliense dessa categoria. Eu era reserva do Capucho, que depois viria a brilhar em vários times do DF.
Depois que saí do Tiradentes, passei por Sobradinho, em 1983 e, por último, em 1986, pelo Planaltina. 


No Planaltina, em 1986, é o sexto da esquerda para a direita, em pé

Desde o seu início você jogou na posição de goleiro? Algum motivo especial o levou a escolher essa posição?
Sempre joguei de goleiro, pois gostava da posição.

Você interrompeu sua carreira de goleiro depois de sofrer uma lesão. Como foi essa lesão? Em que ano aconteceu esse fato?
Houve uma lesão muito séria em 1986. Mas a decisão de parar de jogar foi pessoal.

Depois dessa interrupção, aproveitou para fazer algum tipo de curso superior ou de especialização (Curso de Treinador, por exemplo)? Você acha que todo jogador deveria se preocupar com esse tipo de formação?
Fui convidado pelo José Olinto Ferreira, o Zé do Norte, para treinar as categorias de base do Planaltina. Aproveitei para fazer o Curso de Treinador de Futebol na Faculdade Alvorada.
Acredito que todos os jogadores de futebol deveriam se preocupar em dar continuidade à suas carreiras, procurando se formar ou trabalhando com outras funções dentro do futebol.

Quais os títulos que conquistou no futebol, tanto em Brasília quanto fora dela?
O único título que ganhei como jogador foi o de campeão brasiliense de juniores, em 1982, defendendo o Tiradentes.

Quando você parou com a bola, onde e quando encerrou a carreira de jogador?
No Planaltina, em 1986.

Lembra quando foi sua estreia como treinador?
Foi no dia 24 de julho de 1988, no estádio Adonir Guimarães. Naquele dia, o Planaltina (time que eu treinava) foi derrotado pelo Brasília, por 3 x 0.


No Londrina

Quais os outros clubes que você trabalhou como treinador?
No Planaltina, levei o clube às finais do campeonato brasiliense de 1993, contra o Gama. Fiquei no Planaltina por muitos anos. Depois do Planaltina, fui treinador do Taguatinga (1º semestre de 1999), Comercial, do Núcleo Bandeirante (na Segunda Divisão do DF, no 2º semestre de 1999), Planaltinense (na Segunda Divisão do DF de 2001), Sobradinho (2002), Ceilandense, Gama (2006), Luziânia, Guará, Planaltina-GO e Legião (2013/2014). Também fui treinador do Londrina, time do futebol amador de Planaltina.

Além de jogador e treinador, teve mais alguma atividade relacionada ao futebol (exemplo: supervisor, treinador de goleiro, auxiliar técnico ou outra qualquer)?
Não.

Quais os títulos conquistados e prêmios que recebeu em sua carreira de treinador?
Troféu ?Mané Garrincha? em 1992;
Campeão brasiliense de 1997, pelo Gama;
Vice-campeão da Segunda Divisão do DF em 1999, treinando o Comercial, do Núcleo Bandeirante;
E, por último, um torneio internacional no México, em 2013.


Comemorando o título no México

Mas, o que mais me envaidece foi ter descoberto e lançado para o mundo do futebol o zagueiro Lúcio. Outro grande feito foi ter sido responsável por mais de 500 jogadores terem se profissionalizado, entre eles Dimba (que passou por vários clubes do DF e do Brasil), Sandro (ex-Internacional, de Porto Alegre, e atualmente no Tottenham Hotspur, da Inglaterra) e Renaldo (que também passou por vários clubes do Brasil e do exterior).




Continua como treinador? Onde?
Depois que fui levado para o profissional, parei de trabalhar com escolinhas de futebol, onde treinava jovens de 7 a 17 anos, por acreditar ser a escola e as práticas esportivas os melhores caminhos para o jovem se projetar socialmente.

Que emoção você sentiu ao lhe ser concedido o título de Cidadão Honorário de Brasília em 2008?
Muito feliz e lisonjeado por mais essa realização em minha vida. Isso vai ficar como parte da minha história e poderei dividi-la com meus filhos e netos.

Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente um futebol que não é valorizado nem pela imprensa local?
Brasília é um celeiro de craques.

O que o futebol de Brasília precisa fazer para se tornar um dos melhores do Brasil? O que é preciso ser feito para levar a torcida aos estádios?
Investir na base. Os governantes deveriam dar mais atenção às equipes de Brasília. Deveria acontecer maiores investimentos nos clubes.

Como morador de Planaltina, você acompanha o futebol da cidade? Na sua opinião, qual o motivo de Planaltina nunca mais ter um representante na Primeira Divisão do futebol do DF?
Falta união.

Em 2015, o Planaltina voltará a disputar a Segunda Divisão do DF. Você acha que o time tem condições de subir para a Primeira em 2016?
Não conheço a equipe e nem os investimentos que estão sendo feitos no Planaltina.

Você acredita que a reinauguração do Mané Garrincha trará evolução ao futebol brasiliense?
Não!

E o Adonir Guimarães, ajuda ou atrapalha o futebol de Planaltina?
Ajuda!

Você considera que os grandes jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em grandes clubes do futebol brasileiro?
Sim, isto está mais do que comprovado.

Se você fosse formar a seleção brasiliense de todos os tempos, quais seriam os onze jogadores que formariam a equipe titular e os onze que seriam reservas imediatos?
A titular teria Capucho, Paulo Henrique, Lúcio, Alípio e Rochinha; Elton, Michael e Zé Mulambo; Gil, Jackson e Carlinhos Tiririca (irmão do Bazé).
Os reservas seriam Carlos (goleiro do Legião), Avelino, Joel, Jairo e Edicarlos; Pelezinho, Kabila e Flávio Katioco; Dida, Lindário e Bazé.

Quais foram os três melhores treinadores do futebol de Brasília com quem você pôde trabalhar nos tempos de jogador ou teve como adversário?
Mozair Barbosa, Déo de Carvalho e Remo.

E os três melhores dirigentes?
Emanuel Teixeira, José Olinto Ferreira (Zé do Norte) e Roberval de Paula Teixeira.

Podemos dizer que existem grandes rivalidades no futebol de Brasília?
Sim. As maiores são Brasília x Gama, Gama x Brasiliense e Planaltina x Gama.

Você tem aquele jogo que considera inesquecível? Se tem, conte com detalhes.
Na verdade, são dois. O primeiro foi no dia 27 de junho de 1993, pelas semifinais do primeiro turno do campeonato brasiliense desse ano, Ceilândia x Planaltina, no Abadião, quando o goleiro do Planaltina, Capucho, defendeu um pênalti na prorrogação.
O segundo, quando o Planaltina venceu o Atlético Mineiro, em 13 de agosto de 1995, no Adonir Guimarães, por 3 x 2, de virada, depois de estar perdendo por 2 x 0 no primeiro tempo.
Em ambos os jogos eu era o treinador do Planaltina.

Esquecendo um pouco a modéstia, fale de suas características como goleiro.
Era um goleiro razoável!

Qual foi o goleiro que você tinha como seu ídolo no futebol? Teve oportunidade de estar em um campo de futebol ao lado dele?
Foram três: Félix, Leão e Carlos. Já estive ao lado de Leão e do Carlos.

Para encerrar, fique à vontade para dizer algumas palavras.
Quero agradecer a todos os atletas e dirigentes do futebol amador e profissional, que sempre me trataram com muito carinho. 





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