Futebol
A HISTÓRIA DA SEGUNDA DIVISÃO NO DF - Parte 11 (2005)
Por conta da criação de uma Terceira Divisão em 2006, o Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão de 2005 sofreu um enxugamento: apenas oito clubes disputaram a competição desse ano.
Na primeira fase, de 11 de setembro a 19 de outubro de 2005, em turno único, os oito concorrentes disputaram classificação para as semifinais. O último colocado foi rebaixado para a Terceira Divisão em 2006. Por conta ainda do enxugamento, apenas o campeão seria promovido para a Primeira Divisão em 2006.
Entre os participantes, a única novidade era o Capital, oriundo do amador Maringá, que disputou a Segunda Divisão em 2004, e que fazia sua estreia em competições oficiais da Federação Brasiliense de Futebol.
A classificação da Primeira Fase foi a seguinte:
CF | CLUBES | J | V | E | D | GF | GC | SG | PG |
1º | CAPITAL | 7 | 4 | 2 | 1 | 19 | 8 | 11 | 14 |
2º | CEILANDENSE | 7 | 3 | 3 | 1 | 8 | 5 | 3 | 12 |
3º | ESPORTIVO | 7 | 3 | 3 | 1 | 7 | 5 | 2 | 12 |
4º | BRAZLÂNDIA | 7 | 3 | 3 | 1 | 14 | 13 | 1 | 12 |
5º | RENOVO | 7 | 2 | 3 | 2 | 7 | 9 | -2 | 9 |
6º | CRUZEIRO | 7 | 2 | 2 | 3 | 11 | 11 | 0 | 8 |
7º | SAMAMBAIA | 7 | 0 | 3 | 4 | 3 | 8 | -5 | 3 |
8º | ARUC | 7 | 0 | 3 | 4 | 4 | 14 | -10 | 3 |
SEMIFINAIS
O Capital, com a melhor campanha no geral, e o Ceilandense, segunda melhor campanha, tinham a vantagem de jogar por dois empates para chegar à final do campeonato.
No dia 22 de outubro foram realizados os jogos de ida das semifinais. No Chapadinha, o Brazlândia foi surpreendido pelo visitante Capital, que venceu por 2 x 1. Agenor e André Borges marcaram para o Capital e Elinei descontou para o Brazlândia. Na outra semifinal, no CAVE, com um gol de Michel o Esportivo venceu o Ceilandense por 1 x 0.
Os jogos de volta aconteceram nos dias 29 de outubro e 1º de novembro. No Mané Garrincha, de virada, o Ceilandense venceu o Esportivo por 4 x 2 e garantiu vaga na final da Segunda Divisão. Marcinho abriu o marcador no 1º tempo. Aos três minutos do segundo, Edicarlos empatou. Aos 11, a expulsão de Leandro, do Esportivo, animou o rival, que passou a pressionar. Aos 25, Everson fez o gol da virada. Em seguida, Joãozinho ampliou. Aos 32, de pênalti, Aldo Ramon descontou. Mas, aos 43 minutos, Amaral decretou o placar final de 4 x 2.
O outro jogo da semifinal, Capital x Brazlândia, seria realizado no dia 30 de outubro, mas foi adiado em função do confronto entre Brasiliense e Botafogo, pela Série A. Assim, no dia 1º de novembro, as equipes entraram em campo e não houve vencedor: 2 x 2. Diego e André Santos marcaram para o Capital, enquanto Nilson e Cleber assinalaram os gols do Brazlândia.
FINAL
Graças ao retrospecto superior nas semifinais (uma vitória e um empate contra o Brazlândia), o Capital garantiu a vantagem de atuar por dois empates na final.
A única derrota do Capital no campeonato foi exatamente no único confronto direto, por 2 x 1, na primeira fase.
O Ceilandense estava longe da elite brasiliense desde 1999, quando amargou o rebaixamento.
Na primeira partida da decisão do campeonato, pela manhã, o Ceilandense levou a melhor ao vencer por 1 x 0. Foi um jogo fraco, com apenas 60 torcedores pagantes. O atacante Joãozinho fez o único gol do jogo aos 41 minutos do primeiro tempo, em pênalti sofrido por ele mesmo, em carrinho do zagueiro Edinho.
A súmula do jogo foi a seguinte:
CEILANDENSE 1 x 0 CAPITAL
Data: 5 de novembro de 2005
Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Mauro Martins
Público: 60 pagantes
Gol: Joãozinho, 41
CEILANDENSE: Welder, Ricardo, Célio, Boaventura e Carlos Eduardo; Zé Ricarte, Iron, Kleuton e Chefe; Edicarlos (Rafael) e Joãozinho. Técnico: Marquinhos Bahia.
CAPITAL: Marlon, Edinho (Juninho), Thiago, Adriano e Rafael (Alessandro); Agenor, André Santos, Nilmar e André Borges (Augusto); Elton e Diego. Técnico: José Lopes de Oliveira (Risada).
Uma semana depois, o Capital devolveu o placar de 1 x 0 e alcançou o feito inédito de sagrar-se campeão em sua estreia na Segunda Divisão.
CAPITAL 1 x 0 CEILANDENSE
Data: 12 de novembro de 2005
Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Sérgio Santos
Renda: R$ 896,00
Público: 184 pagantes
Gol: André Santos, 43
CAPITAL: Marlon, Welton (Jiló), Thiago, Adriano e Bruno de Jesus; Agenor, Nilmar, Diego (Edinho) e Rafael; André Santos e Augusto (André Borges). Técnico: José Lopes de Oliveira (Risada).
CEILANDENSE: Welder, Amaral, Kleuton, Neto e Carlos Eduardo; Zé Ricarte (Betinho), Everson (Oberdan), Iron e Chefe (Bruno Medina); Edicarlos e Joãozinho. Técnico: Marquinhos Bahia.
A classificação final do Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão de 2005 ficou assim:
CF | CLUBES | J | V | E | D | GF | GC | SG | PG |
1º | CAPITAL | 11 | 6 | 3 | 2 | 24 | 12 | 12 | 21 |
2º | CEILANDENSE | 11 | 5 | 3 | 3 | 13 | 9 | 4 | 18 |
3º | ESPORTIVO | 9 | 4 | 3 | 2 | 10 | 9 | 1 | 15 |
4º | BRAZLÂNDIA | 9 | 3 | 4 | 2 | 17 | 17 | 0 | 13 |
5º | RENOVO | 7 | 2 | 3 | 2 | 7 | 9 | -2 | 9 |
6º | CRUZEIRO | 7 | 2 | 2 | 3 | 11 | 11 | 0 | 8 |
7º | SAMAMBAIA | 7 | 0 | 3 | 4 | 3 | 8 | -5 | 3 |
8º | ARUC | 7 | 0 | 3 | 4 | 4 | 14 | -10 | 3 |
REGISTROS
O técnico do Capital, José Lopes de Oliveira, o Risada, conquistou seu terceiro título na Segunda Divisão do DF. Antes, havia sido campeão em 2001, com o Brasília, e em 2004, com o Paranoá, além de também ajudar a ARUC a subir em 2000.
O veterano Joãozinho (João Jerônimo Moura), do Cruzeiro, foi o artilheiro da competição, com 8 gols.
O campeonato foi totalmente deficitário, com a ridícula média de apenas 46 pagantes por jogo.
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