Sempre mais do mesmo
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A derrota do Grêmio para o Atlético-MG na Arena foi um festival de repetições de coisas chatas que vêm acontecendo nos últimos tempos.

Pra começar, a vaia para Ronaldinho. Na boa? Cansou. Me digam, QUE DIFERENÇA o cara faz na vida dos gremistas? NENHUMA. Não entendo o porquê de dar tanta importância para um cara que está se lixando, e que, na boa, não ganhou nada aqui e não faz parte da galeria de grandes jogadores que vestiram o manto tricolor. Num dia tão especial para a instituição, acho que não deveria ter sido dado qualquer espaço a gente insignificante de caráter duvidoso.

Ainda sobre as vaias, Victor. Alguém pode me dizer o que um dos melhores goleiros que passaram pelo Grêmio nos últimos anos fez para ser vaiado pela torcida? É porque ele tomava gols em Grenais? É porque ele não ganhou nada de relevante no Grêmio? É porque ele foi embora pro Galo? Bah, que cansativo que está isso de vaiar quem vai embora, uma atitude de marido traído que não combina com a altivez de uma torcida como a nossa.

Falando em torcida, de novo o lado sombra apareceu em meio ao lado luz: no embalo de uma festa maravilhosa protagonizada pela Geral, eis que alguns gênios resolvem brigar no intervalo. Defina imagem cansativa.

Dentro de campo, somados a erros dos jogadores de sempre, tipo Alex Telles, Barcos e especialmente Bressan, enfim tivemos novas ocorrências: erros de jogadores que vinham bem, como Ramiro e Gabriel. O gol do Galo foi uma soma inacreditável de erros dos mais variados, que um belo time como o Atlético-MG não deixa passar impune.

Falando em punição, não aguento mais usar os clichês "quem não faz, leva", "a bola pune" e outras expressões que indiquem o desperdício absurdo de chances claras de gol que o Grêmio protagoniza a cada jogo. Vargas perdeu uma chance que eu nem tenho como adjetivar na frente de Victor, por pura indefinição. Ok, está sem ritmo, veio de viagem, nasceu num hospital chileno, tem o fundo dos olhos brancos: todas belas desculpas, mas nada apaga os efeitos do gol perdido. Depois, não satisfeito, Zé Roberto invade a área atleticana pronto para fazer o gol, mas resolve bater no canto do goleiro ao invés de fazer o simples (no caso, bater cruzado, já que o lance se deu pela esquerda). Perder gols feitos é uma característica inseparável desse time, e pior, num goleiro que já jogou aqui e se sabe que é chutar no canto, rasteiro, e sair pro abraço.

Mas a falta de imposição a um adversário é outro mega clichê do Grêmio dos últimos anos. Achamos todos que, nesse sentido, as coisas estavam mudando, mas a julgar pelo jogo de ontem, terão que mudar bastante ainda.

As análises também são enfadonhas e repetitivas: se o Grêmio ganha, é porque está com vontade e Renato achou o esquema. Se perde, o Grêmio não cria, o esquema é defensivo e o Renato não entende de tática. E se fizermos diferente, se analisarmos o time do Cruzeiro e chegarmos à conclusão que simplesmente ele é melhor do que o nosso? Se pensarmos que ainda faltam peças para o nosso grupo, e que isso é normal tratando-se de um trabalho que começou neste ano?

"Ah, mas são 12 anos sem ganhar nada". Eu sei disso, mas essa ansiedade toda é outro aspecto presente e repetitivo dos últimos anos. Não nos tiro a razão, mas peguem o Galo como exemplo e pensem em ficar desde 1971 sem um título de expressão. São times de tamanhos diferentes, eu sei, e também não quero ficar 30 anos sem ganhar nada, mas e se só dessa vez mantivéssemos a calma e apoiássemos, ao invés de agora achar que está tudo perdido?

O time está no caminho, perdemos para um time melhor do que o nosso e seguimos com chances; que só não são maiores, porque existe um Cruzeiro que está com tudo em cima para ser campeão, e fatalmente será, na minha opinião. Mas isso não significa que esteja tudo errado pelas bandas tricolores.

Evidente que faltou mais vontade de ganhar e mais poder de decisão, especialmente em se tratando do aniversário do clube, mas controlamos o jogo, perdemos chances e tomamos o gol num contra-ataque certeiro. Creio que o foco agora tem que ser no Santos e em manter essa boa campanha na parte de cima da tabela, buscando chegar o mais longe possível.

Talvez não mate de imediato nossa sede de títulos, mas quem sabe se seguirmos aquela velha máxima de "para resultados diferentes, atitudes diferentes" não possamos ajudar o Grêmio a voltar aos lugares reservados aos grandes, honrando a nossa magnífica história?

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