Os gremistas racistas a serviço do Brasil
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Os gremistas racistas a serviço do Brasil



Depois de muito bla-bla-blá de gente hipócrita, mal-intencionada e sedenta por sangue, eis que tudo o que mais queriam aconteceu: o Grêmio foi excluído da Copa do Brasil, justo a competição onde é o maior vencedor, por um tribunal duvidoso, como o dia de ontem bem demonstrou. Não interessa se ia reverter a desvantagem ou não; o fato é que é inadmissível ser tratado de forma tão desigual e covarde. Mas vamos com calma, que eu vou dar nomes aos bois.

Falei antes de gente hipócrita, certo? Bom, estes são torcedores de outros clubes, alguns se dizendo os clubes baluartes da causa contra o racismo, que trataram logo de julgar e punir o Grêmio e toda sua torcida. Não estão nem um pouco ligando para uma solução definitiva, mas usam do clubismo para formar suas opiniões míopes. Isso sem falar na mídia, sedenta por sangue e claramente sem nenhum compromisso real com a erradicação dessa chaga da sociedade, que vez por outra aparece estampada nos campos de futebol.

Num post anterior, que falava sobre a minha relação com a Ponte Preta, um desses clubes pioneiros na democracia racial, fui obrigado a ler argumentos risíveis. Um defensorzinho da causa admitiu textualmente o óbvio: que, entre a torcida da Macaca, havia torcedores racistas, como de fato há, em todas as partes do mundo. Outro brilhante e inteligentíssimo torcedor aproveitou para colocar seu recalque para fora, dizendo que o "povo gaúcho devia se juntar com os argentinos, também racistas, porque se merecem". Teve gente inventando uma nova lei, dizendo que homofobia não é crime. Só gênio...

No dia do julgamento, Pôncio Pilatos, querendo garantir a diversão do povo que o assistia, precisava crucificar alguém. E, claro, quem melhor do que o odiado Grêmio, certo? Se ultimamente um jogador do Santos sofreu racismo em Mogi Mirim, se um jogador do São Bernardo foi chamado de macaco em Curitiba contra o Paraná Clube, se o Diego Maurício, então jogador do Flamengo, foi chamado de macaco na Vila Belmiro dos mesmos santistas que agora se fazem de bonzinhos, e ninguém foi excluído de lugar algum, precisamos punir "exemplarmente" um clube, não é?

Se esse clube fez o que estava ao seu alcance para identificar e punir os responsáveis, se tomou medidas, ainda que excessivas, para evitar que o fato ocorresse novamente, o que que tem? A culpa é do clube, que deixa sua torcida falar o que quiser em seu estádio, um verdadeiro absurdo. O clube tem que controlar o que cada um fala dentro do estádio, por isso o Grêmio deve ser punido. Só que jamais. No entanto, foi.

Foi punido por um tribunal incoerente, que trata violência e tentativas de homicídio com uma frouxidão exemplar, mas tenta passar a imagem de órgão educador quando a causa é mais fácil de ser julgada. Por mais fácil, leia-se claramente, em caixa alta: JAMAIS, NUNCA, EM TEMPO ALGUM, ESSA PUNIÇÃO SERIA A MESMA CASO UM CLUBE PAULISTA OU CARIOCA ESTIVESSEM ENVOLVIDOS. Entenderam, ou querem que eu desenhe? Leram os links acima? Quem foi punido?

Ah, mas algo precisa ser feito para que isso pare. Posso dar uma sugestão estapafúrdia? Já tentaram, mentecaptos, punir QUEM COMETEU O CRIME? O que vocês acham disso? Não parece justo? Não, né? Que graça teria punir uma guria e uma meia dúzia? E o circo todo, e os holofotes, e a repercussão, alimento-mor dos pavões que habitam esse órgão nojento chamado STJD?

No dia do julgamento midiático, covarde e pré determinado, teve auditor dormindo, outro entrando no facebook, e nenhum deles dando bola para os argumentos gremistas. Os gritos contra Fernandão, um outro caso de racismo (de UM torcedor) que já foi julgado, e as músicas da torcida contra o Inter foram os ridículos escudos usados pelos auditores para manchar a história do Grêmio com uma marca que nunca mais vai sair, e que trará sérias consequências a todos.

E como se a punição em si já não fosse um absurdo, no dia seguinte eis que as redes sociais do RACISTA Ricardo Graiche, auditor doutor professor impostor do STJD, que JULGOU o Grêmio ontem, vieram à baila com uma série de postagens racistas. Já no fim da noite, as imagens foram apagadas, e as contas de twitter e facebook, deletadas. Ainda se tentou alegar que se tratava de BRINCADEIRAS, mas se é brincadeira, por que apagar? Além do mais, se definir uma torcida como macacada é brincadeira, qual a diferença disso?

E então, o presidente do respeitável STJD rebateu as críticas: "O tribunal não pode ser responsabilizado pela conduta de seus integrantes". OOOOOOOOOOIIIIIIIIII???? E por acaso, meu amigo, vocês não puniram o Grêmio ontem pelo COMPORTAMENTO DOS SEUS INTEGRANTES? Qual é a diferença, espertinho? A reputação de vocês não chega aos pés de tudo o que a instituição Grêmio já construiu em sua história! Por que essa diferenciação de conduta?

O que mais se lamenta é que a punição educativa, ao invés de se tornar um elemento de paz, se tornou um elemento de guerra. Além do oportunismo, cretinice e desfaçatez característica dos que, cegos pela paixão, vestem vermelho no RS e agora qualificam o Grêmio como racista, o resto do país, a partir de agora, nos define assim. Aguardem muitas confusões nos jogos do Grêmio fora de casa, mas não esqueçam que o campeonato é de dois turnos, e vento que venta lá, venta cá.

Além disso, está definido que o clube tem que ser responsável por tudo o que seus torcedores falam dentro do estádio: assim, homofobia e outras INJÚRIAS (DIFERENTE de racismo, leiam as leis, por favor!) deverão ser punidas com rigor. O clube deve filmar tudo o que acontece nas arquibancadas, para que a pedagogia da punição de ontem possa ser cumprida e aproveitada para moralizar o país e erradicar sérios problemas.

O racismo, felizmente, está erradicado. O clube mais racista saiu da Copa do Brasil, e seus torcedores não mais cometerão atos racistas nos estádios. Aliás, torcedor algum jamais voltará a chamar alguém de macaco, porque sabe que o clube pode ser punido, seja ele do Rio ou de São Paulo. Assim como sabe que não deve atirar objetos no gramado, porque o clube pode ser punido. Conta outra, vai?

De novo dando nomes aos bois: os demais torcedores do Rio de Janeiro, principalmente os do clube tido e havido como o pioneiro na aceitação de negros em seus quadros, o Vasco da Gama, criaram uma alcunha para os torcedores do Flamengo: URUBUS. Alguém pode me dizer a diferença entre urubus e macacos, no contexto futebolístico?

Eu digo: o Vasco nunca foi e nunca seria punido, a torcida do Flamengo acabou por adotar o urubu como mascote, e tal nomenclatura passou de geração em geração sem que ninguém sequer a relacione com a cor da pele.

Mas, no Rio e em São Paulo, pode.

Só que abriu-se o precedente: além da possibilidade de torcedores rivais prejudicarem os clubes com comportamentos inadequados dentro do estádio, também está PROIBIDA qualquer forma de manifestação racista, homofóbica ou violenta. Estaremos de olho, vigilantes, prontos para lutar por aquilo que os nossos julgadores, seja os do STJD ou os letrados em redes sociais, tanto querem: uma sociedade livre de racismo, homofobia e violência. Todos por uma sociedade melhor.

Contem com os racistas aqui. Estamos juntos por um Brasil melhor! 



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