O que sobrou do céu
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O que sobrou do céu





O Grêmio empatou com o Fluminense, no Rio de Janeiro, e sepultou suas já parcas chances de ser campeão brasileiro, apesar de ter sido um resultado aceitável até. Claro que mesmo que ganhando a missão já seria difícil, só que o empate inviabiliza qualquer fagulha de imortalidade que possa existir. Mas na prática, o que isso significa?

Bom, em primeiro lugar, vamos admitir que o Grêmio está fazendo uma camonha excelente. Campanha inclusive de campeão brasileiro, vide o exemplo do Corinthians do ano passado, que a essa altura do certame possuía pontuação inferior à do Grêmio. Só que Flu e Galo estão com um aproveitamento incomum; o do Flu, por exemplo, já é o melhor da historia. Então não tem muito o que lamentar pela posição gremista na tabela. E se olharmos para as expectativas de início da competição, vamos classificar o desempenho do tricolor como quase heroico, ainda mais se considerarmos as soluções criadas dentro do plantel por Luxemburgo (vide Marquinhos, Leandro, Pico e Marco Antônio, por exemplo).

Claro que, por outro lado, está a ansiedade de uma fanática torcida que não levanta uma taça relevante há 11 anos. Que se desespera pela perspectiva de completar mais um ano sem título de expressão. Toda essa carga emocional, além de entrar em campo na forma de tensão, faz com que a avaliação do momento atual do time seja mais baixa do que a realidade nos mostra. Estou aqui defendendo que devemos comemorar uma vaga na Libertadores? De jeito nenhum, e prometo que até o final do texto apresentarei argumentos para provar a minha inocência desta acusação.

Mas deixa eu voltar ao Fluminense. Noves fora ajudinhas da arbitragem, o time faz por merecer estar onde está. Tem time, elenco e técnico excelentes, de primeira linha. E mais: tem conjunto, seu time mantém a mesma base há muito tempo. Se imaginarmos que o Grêmio possa manter a base desse ano, agregando contratações pontuais que possam qualificar time e elenco, estaremos diante da possibilidade real de brindar o 1º ano da Arena com um título de expressão nacional.

Minha solução é simples: vamos buscar a 2ª colocação no Brasileiro, algo bastante plausível, aproveitando os últimos jogos para duas coisas: analisar quem fica para o ano que vem, pensando na montagem de time e elenco para 2013; e manter o time afiado para GANHAR A SULAMERICANA. Não para disputá-la, ou para perdê-la em casa em dois lances, ou para dizer que o time está adquirindo experiência internacional. Não. Que possamos meter nas cabeças de todos que é POSSÍVEL levantar uma taça na despedida do Monumental (nem vou comentar a insanidade de se pensar em disputar uma suposta final na Arena); a direção que se limite a dirigir e a garantir a tranquilidade do ambiente; que Luxa se limite a treinar o time, a escalar os melhores e fazer as substituições corretas, sem desequilíbrio entre defesa e ataque; que os jogadores joguem com alma e gana, lutando até a última bola e comendo grama para levantar esta taça; e que a torcida se inspire em 2007 e leve o Grêmio NA MARRA para a conquista desse título.

O que sobrou do céu foi isso, agora só falta combinar com todos os outros..



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