O programa perfeito em Fortaleza
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O programa perfeito em Fortaleza



Para um turista em Fortaleza, quais os melhores programas para se fazer? Parque do Cocó, Praia do Futuro, Iracema?

Terça-feira tive a oportunidade de passar cerca de 15 horas na deliciosa capital cearense. Cheguei ao meio dia, almocei, trabalhei à tarde, dei uma passada na praia no finalzinho do dia, tudo muito bacana! Mas o melhor ainda estava por vir: havia uma partida do campeonato cearense em plena terça-feira, e ainda por cima no Castelão, palco da Copa do Mundo. O programa perfeito para um doido por futebol feito eu.

O jogo era entre Ferroviário x Itapipoca, e Iarley estaria em campo. Mas nem precisava de tanto: só a visão que tive da Arena Castelão ao chegar, com toda a sua imponência, já bastaria para me sentir em casa, como um habitante do mundo do futebol.



Comprei meu ingresso (30 reais, meio salgado como em todas as partes do Brasil) e me dirigi à esplanada (muito parecida com a Arena do Grêmio).








Ao entrar no estádio, mais semelhanças com a casa tricolor. A grande vantagem aqui é exatamente a oferta de comes e bebes (prato cheio pro gordinho aqui): tem uma lanchonete muito bacana, que vende os mais variados tipos de comida, brindando seus torcedores com um espaço legal para sentar e comer. Claro que o pouco público (cerca de 300 torcedores) ajudou a que o trânsito de pessoas fosse o mais agradável possível, mas igualmente me pareceu um bela ideia. De tão encantado pelo ambiente e pelo papo legal com a galera, acabei nem comendo nada, para deleite da minha nutricionista.





Devidamente instalado em minha cadeira, no setor chamado de inferior central, parei por um segundo para observar a imponência da principal casa do futebol cearense.






Logo me enturmei com alguns torcedores locais, demonstrando algum conhecimento sobre o Ferrão, clube que desde já contava com a minha simpatia. Contei algumas histórias sobre o Iarley, e ganhei a consideração dos torcedores corais, que durante a partida me chamavam, claro, de "gaúcho", comentando lances e explicando algumas idiossincrasias da torcida.

O Ferroviário é uma terceira força de Fortaleza, um time com origens operárias e que conta com uma torcida que, se não é enorme, é dedicada e apaixonada pelo seu time. Nove vezes campeão cearense, seu último título foi em 1995, quando foi bicampeão estadual. Trocou recentemente de técnico, trazendo Arnaldo Lira para o lugar de Washington Luís. A troca ainda não obteve efeitos positivos: no jogo de estreia, o novo técnico viu seu time ser goleado por 3 x 0 pelo Horizonte, em pleno Castelão. Por tudo isso, vinha pressionado para o jogo, a vitória contra o Itapipoca era fundamental para melhorar a sua colocação no campeonato.



Para piorar, o time contava com vários desfalques, principalmente no meio de campo, o que obrigou Lira a montar um 3-5-2 com dois volantes e Iarley como armador, com Rafael e Elson Obina na frente. (Inclusive, ganhei a atenção dos torcedores quando expliquei alguns problemas táticos que observava no time. "Pô, gaúcho, cê entende desse troço aí. Num qué assumí o time não?" Taí uma boa ideia: Arnaldo, não está precisando de um auxiliar não?)



Não fosse a imprecisão de seus atacantes, o primeiro tempo teria terminado tranquilamente em 2 x 0 para o Ferrão. A essa altura do campeonato, eu já era mais um ali no meio, vibrando e gritando com o time. Não deu tempo para pegar a antipatia do torcedor por Rafael, mas pude ver um Iarley muito participativo, comandando as jogadas ofensivas do Ferroviário.




No segundo tempo, o Itapipoca cresceu, e teve uma chance cara a cara com o nosso goleiro Fernando Jr, mas felizmente o atacante chutou para fora. Depois, tivemos três chances claras de gol, mas todas elas esbarravam na nossa falta de sorte e "má-fase", zica, uruca, enfim: faltou, e faltou pouco para a bola entrar, mas não foi dessa vez.

Fim de jogo, 0 x 0 e uma frustração tomou conta de mim, agora convertido em torcedor do Ferrão. "Ô gaúcho, cê tem que ir no sábado lá no PV, vamos ganhar do Quixadá!". Bem que eu gostaria, amigo; mas minha temporada nessa terra maravilhosa terminou, e terei que acompanhar pela internet o desempenho do meu mais novo time, o Ferroviário Atlético Clube. Bora Iarley!

PS. Aos amigos colorados, uma curiosidade: além de Iarley, mais 3 jogadores campeões mundiais em 2006 passaram pelo glorioso Ferrão: Clemer, Márcio Mossoró e Ediglê.

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