Futebol
Semanas atrás, estive em Fortaleza, e aproveitei para fazer algumas observações sobre a preparação da capital cearense para a Copa do Mundo.
Chegando na cidade, conversei com algumas pessoas sobre a expectativa da cidade para o Mundial e as respostas foram bem parecidas: a cidade ainda não está pronta; não há grande empolgação com o evento; existe um grande orgulho em relação ao Castelão.
De fato, a cidade apresenta um grande número de obras, o que dificulta ainda mais o já complicado trânsito fortalezense. Isso que várias obras, segundo me informaram, ficaram de fora do cronograma por falta de tempo, competência ou vontade política, ou as três coisas juntas. Mesmo assim, um certo clima de Copa pode ser sentido nas inúmeras placas indicativas com o logo da competição.
Mesmo com todo o trânsito, o trajeto Aeroporto-Castelão, de cerca de 6 quilômetros, é relativamente tranquilo; já a distância da Arena para as praias é maior: no mínimo 11 quilômetros e muita complicação para trafegar em vias com intensas obras. Para se ter uma ideia, às dez horas da noite levei pouco mais de meia hora para percorrer uma distância de 11 quilômetros.
Em relação ao evento, dentro dessa onda de protestos pelo país, Fortaleza foi uma das cidades mais complicadas na Copa das Confederações, quando um grande contingente de manifestantes causou vários problemas em torno do Castelão. Assim, é bem fácil encontrar aqueles contrários ao torneio, exatamente por entender que existem muitas outras prioridades na cidade, como saúde e segurança.
Também não senti empolgação daqueles que mais gostam de futebol com os jogos em si. A cidade receberá seis jogos: quatro na fase de grupos, um nas oitavas de final e um nas quartas. O fato de o Brasil jogar lá não agradou tanto, por se tratar da repetição de um jogo da Copa das Confederações contra o México.
Mas teremos jogos interessantes, como Uruguai x Costa Rica e Alemanha x Gana; claro, também teremos Grécia x Costa do Marfim. Nem mesmo a perspectiva de jogos sensacionais da segunda fase animam os fortalezenses: nas oitavas, podemos ter a Espanha ou até mesmo o Brasil, se as coisas derem errado para o time de Felipão e classificarmos em segundo lugar no Grupo A. Já nas quartas, é possível que tenhamos o Brasil jogando contra Itália, Uruguai ou Inglaterra; ou ainda Espanha e Holanda enfrentando algum desses times.
Por fim, quanto ao Castelão, das portas para dentro o orgulho de Fortaleza é justificável: estádio belíssimo, ao mesmo tempo imponente e aconchegante, graças a soluções muito bem pensadas como uma lancheria com cara de restaurante num dos setores que estive (veja o post sobre o Castelão aqui).
O problema do estádio é mesmo o acesso a ele: muitas pessoas me desaconselharam a ir de ônibus para a Arena, por estar sediada em um local perigoso e de difícil acesso por transporte coletivo. De fato, quando cheguei na zona do Castelão pude comprovar essas dificuldades. Claro que na Copa isso não será um problema: linhas de transporte especiais serão colocadas à disposição dos torcedores, e a segurança certamente será reforçada na região.
Assim como o resto do Brasil, Fortaleza olha desconfiada para o evento que sediará em junho e julho; a cidade, a exemplo de outras capitais, perdeu a oportunidade de construir legados para a sua população, e agora corre contra o tempo para entregar o maior número de obras possível. Mas tenho certeza de que fará um bom papel na Copa, agradando aos turistas com seu belo estádio, suas belas praias e boas alternativas de diversão.
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Futebol
Como Fortaleza se prepara para a Copa
Chegando na cidade, conversei com algumas pessoas sobre a expectativa da cidade para o Mundial e as respostas foram bem parecidas: a cidade ainda não está pronta; não há grande empolgação com o evento; existe um grande orgulho em relação ao Castelão.
De fato, a cidade apresenta um grande número de obras, o que dificulta ainda mais o já complicado trânsito fortalezense. Isso que várias obras, segundo me informaram, ficaram de fora do cronograma por falta de tempo, competência ou vontade política, ou as três coisas juntas. Mesmo assim, um certo clima de Copa pode ser sentido nas inúmeras placas indicativas com o logo da competição.
Mesmo com todo o trânsito, o trajeto Aeroporto-Castelão, de cerca de 6 quilômetros, é relativamente tranquilo; já a distância da Arena para as praias é maior: no mínimo 11 quilômetros e muita complicação para trafegar em vias com intensas obras. Para se ter uma ideia, às dez horas da noite levei pouco mais de meia hora para percorrer uma distância de 11 quilômetros.
Em relação ao evento, dentro dessa onda de protestos pelo país, Fortaleza foi uma das cidades mais complicadas na Copa das Confederações, quando um grande contingente de manifestantes causou vários problemas em torno do Castelão. Assim, é bem fácil encontrar aqueles contrários ao torneio, exatamente por entender que existem muitas outras prioridades na cidade, como saúde e segurança.
Também não senti empolgação daqueles que mais gostam de futebol com os jogos em si. A cidade receberá seis jogos: quatro na fase de grupos, um nas oitavas de final e um nas quartas. O fato de o Brasil jogar lá não agradou tanto, por se tratar da repetição de um jogo da Copa das Confederações contra o México.
Mas teremos jogos interessantes, como Uruguai x Costa Rica e Alemanha x Gana; claro, também teremos Grécia x Costa do Marfim. Nem mesmo a perspectiva de jogos sensacionais da segunda fase animam os fortalezenses: nas oitavas, podemos ter a Espanha ou até mesmo o Brasil, se as coisas derem errado para o time de Felipão e classificarmos em segundo lugar no Grupo A. Já nas quartas, é possível que tenhamos o Brasil jogando contra Itália, Uruguai ou Inglaterra; ou ainda Espanha e Holanda enfrentando algum desses times.
Por fim, quanto ao Castelão, das portas para dentro o orgulho de Fortaleza é justificável: estádio belíssimo, ao mesmo tempo imponente e aconchegante, graças a soluções muito bem pensadas como uma lancheria com cara de restaurante num dos setores que estive (veja o post sobre o Castelão aqui).
O problema do estádio é mesmo o acesso a ele: muitas pessoas me desaconselharam a ir de ônibus para a Arena, por estar sediada em um local perigoso e de difícil acesso por transporte coletivo. De fato, quando cheguei na zona do Castelão pude comprovar essas dificuldades. Claro que na Copa isso não será um problema: linhas de transporte especiais serão colocadas à disposição dos torcedores, e a segurança certamente será reforçada na região.
Assim como o resto do Brasil, Fortaleza olha desconfiada para o evento que sediará em junho e julho; a cidade, a exemplo de outras capitais, perdeu a oportunidade de construir legados para a sua população, e agora corre contra o tempo para entregar o maior número de obras possível. Mas tenho certeza de que fará um bom papel na Copa, agradando aos turistas com seu belo estádio, suas belas praias e boas alternativas de diversão.
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