7 meses depois, o mesmo Imperador
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7 meses depois, o mesmo Imperador


Foto: Adilson Albanaz
Ausente dos últimos jogos por questões profissionais e pessoais, minha agenda marcava o dia 28 de setembro como o dia de matar a saudade do Cristo Rei. Porém, o jogo mudou para sábado, e mais uma vez me vi impossibilitado de comparecer ao Monumental. O jeito foi acompanhar pela Unisinos FM via Tunein, já com o primeiro tempo em andamento.

Além da saudade de ver o Aimoré, queria estar presente no dia em que, eu tinha certeza, quebraríamos um incômodo tabu de 7 meses sem vencer um jogo oficial em casa. A última vitória, em 26 de fevereiro contra o Esportivo, vai para sempre fazer parte da minha história pessoal; naquele jogo, eu estava de aniversário no dia seguinte, e o meu ídolo Lucas Silva, o Imperador do Vale, me presenteou com um gol nos acréscimos debaixo de chuva.

Só que o primeiro tempo, pelo que ouvi, não me autorizava a pensar em vitória: a rapaziada da Unisinos contava uma história de domínio do São José, que só não saiu em vantagem por detalhe. Na segunda etapa, Paulo Porto mexeu taticamente no time (iria saber disso na sua entrevista ao fim do jogo), e parece que deu resultado: aos 20 minutos, pênalti pro Aimoré, e Faísca converteu, na narração vibrante do pé quente Ítalo Gall, a voz do título da Segunda Divisão.

No entanto, dez minutos o Zequinha empata com Ramon, e todo aquele desgosto pela falta de triunfos em casa voltou como um peso para os jogadores e torcedores. Será que passaríamos mais um jogo sem vencer no Cristo Rei? Será que não dava para dar um presente a essa torcida, ao Celestino, grande personagem da Confraria de segunda-feira, ao Adílson, a todos nós, pendentes da causa indígena?

Nos acréscimos, o meu ídolo, o Imperador do Vale, o LS9 respondeu: eis-me aqui para dar-lhes essa alegria. Faísca cobra falta em jogada ensaiada e a bola sobra na cabeça de Lucas Silva, o matador, o homem responsável por aquela vitória que nos ajudou sobremaneira na fuga contra o rebaixamento, e que agora era responsável por marcar o gol dessa vitória tão importante, que nos leva à vice-liderança da chave.

Delírio no Cristo Rei, e na minha casa também. Eufórico, e com uma pontinha de tristeza por não estar lá vivendo tudo isso. Mas eu certamente estava bem representado, e pudemos ter mais uma vitória épica, daquelas a que nos acostumamos nos tempos modernos da gloriosa história aimoresista.

No sábado que vem, enfrentaremos o Estância Velha, sem Toto (o melhor em campo hoje), Diego e o Imperador, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Nada que nos impeça de perseguir mais uma vitória, na busca por uma vaga na próxima fase da Copinha.  



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