Por que empatamos?

A minha visão pode até ser simplista, mas lá vai: O Dunga não consegue armar o time com Ronaldinho e Robinho. Infelizmente nosso técnico é limitado e seguidor da Escola Parreira de Futebol (que por acaso vem dominando o comando da nossa Seleção desde 1994, exceto apenas na campanha de 2002). A verdade é uma só: do jeito que o Dunga arma o time, ou joga o Robinho (que na minha modesta opinão realmente tem que ser o titular), ou joga o Ronaldinho. Aí, caros leitores, vocês me perguntarão: E de quem é a outra vaga no meio? A resposta é óbvia e qualquer pessoa que entende o mínimo de futebol sabe: Tá faltando Júlio "Trator" Baptista! Não que eu defenda o futebol de resultados e a velha retranca parreirista, mas a formação do time do Dunga pede Julio Baptista. Até porque, o tal do Ronaldinho não se movimenta na Seleção igual ele se movimenta no Barcelona (nem lá o cara anda jogando bem, pra falar a verdade!). Ontem, quando o Robinho saiu, o Ronaldinho não tocou na bola, salvo em uma ou duas oportunidades (uma na cobrança de escanteio no final do jogo, que originou a cabeçada do Juan na trave). O cara ficou isolado na ponta esquerda esperando a bola no pé. Numa formação com Julio Baptista isso não aconteceria: Robinho seria responsável pela movimentação, ora na ponta esquerda, ora na ponta direita, municiando o centroavante (qualquer um, no momento...) e tocando a bola com o Kaká (tá jogando muito!) ou com o jogador que vem detrás para finalizar (quem faz melhor esse papel, no momento, é o Julio Baptista). Pra jogar Ronaldinho e Robinho, os laterais tem que apoiar o ataque. Então me digam: quantos cruzamentos ou quantas jogadas de linha de fundo Gilberto e Maicon fizeram ontem? Portanto, caros leitores, não esperem muito desse time no jogo contra o Uruguai no Morumbi, pois a principal jogada da Seleção é o toque de lado!

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