O estádio de futebol da cidade-satélite de Sobradinho tem o nome de Augustinho Lima em homenagem ao jornalista Augustinho Pires de Lima, que faleceu em 25 de setembro de 1976, aos 23 anos, vítima de acidente automobilístico (seu carro entrou debaixo de um caminhão na estrada de Sobradinho, às 6 horas e trinta minutos daquele dia).
No dia do seu enterro, recebeu homenagens do Diário de Brasília, onde trabalhava, da Secretaria de Serviços Sociais e da Coordenação de Comunicação Social do Governo do Distrito Federal, da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos, da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro, do programa radiofônico Rota do Esporte e do Departamento de Árbitros da Federação Metropolitana de Futebol.
Em 1973, Augustinho Lima trabalhava em um escritório de contabilidade e havia passado no vestibular do CEUB para Jornalismo.
Não demorou para trabalhar na Sucursal do Diário de Brasília em Sobradinho e, em menos de seis meses, já estava na redação desse jornal, trabalhando na Editoria de Cidade.
Aproveitando-se dos cobras do jornalismo que o rodeava, Augustinho Lima meteu-se no esporte e fez cobertura em várias áreas do Governo do Distrito Federal.
Por ser um profissional correto, recebeu um convite do secretário Marival Tapioca para trabalhar como Assessor de Imprensa da Secretaria de Serviços Sociais. Mesmo assim, não largou o jornalismo de redação.
Foi um apaixonado por jornais e, mesmo depois do fechamento das páginas ele ficava conversando, discutindo o noticiário.
Além de bom jornalista, ele tinha muito de humano. Sabia fazer amizades com facilidade. Por isso ficou conhecido logo nos meios jornalísticos de Brasília, nas redações de rádios, nos jornais, ou nos campos de futebol, todo mundo conhecia Augustinho Lima.
No início de 1976 recebeu o diploma do CEUB. Havia se formado em Jornalismo, embora já tivesse bastante experiência conseguida através de muito esforço e dedicação à profissão que soube abraçar.
Era torcedor do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.
Fonte: Depoimento dado por Francisco Maia ao Jornal de Brasília em 26 de setembro de 1976.
Nota:
Numa prova de reconhecimento ao trabalho e ao incentivo que era dado aos desportos na Capital Federal pelo jornalista Augustinho Lima, a Fundação Educacional do Distrito Federal, através de sua Direção de Educação Física e Desportos, resolveu dar o nome de Augustinho Pires de Lima ao troféu de campeão geral dos XVI Jogos Estudantis do Distrito Federal, disputado em 1976, bem como determinou que em todas as partidas dessa competição fosse guardado um minuto de silêncio em sua homenagem.