OS CLUBES DO DF NA COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JUNIOR ? Parte V (2002 e 2003)
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OS CLUBES DO DF NA COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JUNIOR ? Parte V (2002 e 2003)




O futebol junior do Distrito Federal voltaria a ter o Gama como seu representante em 2002. Foi a melhor participação de um clube brasiliense até então.
O Gama apresentou um futebol melhor que em suas participações anteriores, mas, mesmo assim, não conseguiu passar para a segunda fase (apenas o primeiro colocado de cada grupo se classificava).
No Grupo F, com sede em São Carlos, o Gama começou bem a disputa ao derrotar o Sãocarlense por 3 x 1, acabando com o jejum de vitórias na competição. Nas duas participações anteriores (1995 e 2000), foram cinco derrotas e um empate. O atacante Kako e o zagueiro Padovani, de cabeça, deixaram o alviverde em vantagem. Depois da expulsão do zagueiro Emerson, o Sãocarlense descontou, de pênalti, mas Victor selou a vitória.
O sonho de passar para a segunda fase virou pesadelo no dia 9 de janeiro, diante do Grêmio, de Porto Alegre, para quem o Gama perdeu de forma dramática por 2 x 1. O alviverde do DF jogou o tempo quase todo com um jogador a menos, graças à infantil expulsão do volante Robston, o mais experiente do time, logo aos oito minutos do 1º tempo, ao agredir um adversário. Com isso, o tricolor gaúcho saiu na frente. O alviverde ainda conseguiu empatar antes do intervalo, com o meia Fábio. No 2º tempo, o tetracampeão brasiliense sub-20 teve grande chance de virar a partida aos 20 minutos e ficar perto da liderança da chave e do sonho da única vaga: pênalti a seu favor, que o atacante Victor, porém, perdeu. O castigo veio a oito minutos do fim, quando o Grêmio desempatou a partida, o que deixou o Gama às portas da eliminação. A desclassificação seria confirmada no jogo seguinte, quando o Juventus venceu o Sãocarlense por 2 x 1 (o primeiro critério de desempate era o confronto direto).
O Gama se despediu no dia 13 de janeiro, empatando em 2 x 2 com o Juventus, de São Paulo, depois de estar perdendo por 2 x 0. O atacante Victor, de pênalti, e o zagueiro Emerson fizeram os gols brasilienses.
O Gama ficou com a segunda colocação, a melhor campanha de uma equipe do DF em toda a história da Copa São Paulo de Futebol Junior, até então.
O treinador Paulo Roberto utilizou os seguintes jogadores: Cláudio, Goeber, Padovani e Emerson (Alex); Daniel, Steve, Robston, Fábio (Wesley) e Micael (Weider); Kako (Danilo) e Victor.
O zagueiro Emerson é o mesmo que defendeu vários clubes do Brasil, com mais destaque no Coritiba, e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira.

Em 2003, pela primeira vez na história da competição, o Distrito Federal teve dois representantes: o Brasiliense e o Gama.
E, por coincidência, ambos chegaram à terceira e decisiva rodada invictos e liderando seus grupos, com chances reais de passarem para a próxima fase. Mas, ainda não foi desta vez!
O novato Brasiliense participou pela primeira vez da Copa ao formar no Grupo G, com sede em Leme, ao lado de Figueirense-SC, Lemense-SP e Santos-SP.
O Brasiliense viajou para São Paulo com uma equipe completamente desconhecida. Com os fiascos no torneio local Sub-20, sexto lugar, e na Segunda Divisão do DF de 2002, quando os jogadores defenderam o Samambaia, foi promovida uma reformulação radical na divisão de base do clube.
Foram apenas três jogadores remanescentes entre os 22 que viajaram (todos emprestados pelo Botafogo-RJ: o zagueiro Magrão, o volante Thiago Xavier e o atacante Moura), e mais o goleiro Welder, vindo do futebol tocantinense, e os volantes Leís e Igor, emprestados pelo Miramar (PB). Os demais jogadores foram recrutados no Distrito Federal.
O Brasiliense estreou com vitória no dia 5 de janeiro, batendo o local Lemense, por 2 x 1. Bruno Medina abriu o placar ainda no 1º tempo. No início do 2º, Moura ampliou. Os donos da casa diminuíram no fim da partida.
No dia 9, segurou o empate de 0 x 0 diante do Santos, time formado pelos mesmos jogadores que deram o título de campeão da Série B-3 ao Jabaquara em 2002, inclusive com seu artilheiro Jerri, autor de 19 gols no certame paulista.
No terceiro jogo, em 12 de janeiro, quando buscava a inédita vaga para a Segunda Fase, foi derrotado pelo Figueirense, por 2 x 0. Acabou ficando no terceiro lugar, atrás de Santos e Figueirense.
O treinador Marquinhos Bahia utilizou mais vezes a seguinte constituição: Welder, Fernando, Magrão, Panda e Fábio Vieira (Rafael Viana); Leís, Thiago Xavier, Ailson e Jefferson; Moura (Índio) e Bruno Medina.

O Gama integrou o Grupo D, com jogos realizados em São Vicente.
Sua fase de preparação foi semelhante ao do Brasiliense. Com a camisa do Santa Maria, os jogadores juvenis do Gama não passaram de um modesto quarto lugar na Segunda Divisão do DF. Cinco jogadores estavam cedidos ao time principal durante o Campeonato Brasileiro (o goleiro Cláudio, o lateral Weider, o zagueiro Emerson, o meia Wesley e o atacante Victor). Reforçou-se com jogadores do futebol goiano: os volantes Jhonattan (Goiás) e Leandro Leite (Anápolis) e o atacante Eraldo (Grêmio Inhumense). O treinador foi Gesimar Marques, mais conhecido como "Flu".
O Gama teve uma estreia complicada no dia 5 de janeiro contra o São Vicente, estando em desvantagem no placar por duas vezes e ainda teve o meia Fábio expulso no 2º tempo. O empate de 2 x 2 com o time da casa ficou de bom tamanho. O zagueiro Padovani, no 1º tempo, e o atacante Eraldo, no 2º, marcaram para o Gama.
Em sua segunda participação, no dia 9 de janeiro, o Gama surpreendeu o Fluminense carioca ao vencê-lo por 3 x 1, com uma atuação sensacional de seu atacante Victor, autor dos três gols da vitória. O Gama foi a campo com a seguinte escalação: Cláudio, Daniel, Erivaldo, Emerson e Weider; Goeber, Leandro Leite, Jhonattan e Wesley; Victor e Eraldo.
O Gama teve a chance de classificar-se ao enfrentar o Vitória, de Salvador (BA), na última rodada, em 12 de janeiro, quando foi derrotado por 4 x 2. Ficou com a segunda colocação do grupo.

CURIOSIDADE
Nesta edição, o atacante Fred, hoje no Fluminense, na época defendendo o América-MG, marcou um gol histórico: no dia 12 de janeiro de 2003, o Estádio Ítalo Mário Limongi, em Indaiatuba, recebia um público pequeno na tarde chuvosa. O zagueiro e capitão Leandro Tigrão, do América-MG, escolheu a bola no cara ou coroa. Enquanto isso, o goleiro rival aquecia fora da pequena área para fugir da lama formada pelo tempo ruim. O árbitro apitou e o atacante que, àquela altura, fazia seu último jogo pelo América-MG, marcou, com três segundos, o então gol mais rápido da história do futebol mundial.



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