Futebol
O recomeço da nossa Copa
Foi com muita saudade que peguei a BR no domingo, a estrada que me leva desde Porto Alegre até o Cristo Rei. Claro, nesse meio tempo entre o Gauchão e a Copinha, o Aimoré jamais deixou de ser pauta, seja acompanhando as eleições, fazendo cadastro no i9, comprando passaporte, participando das Confrarias, ficando por dentro das negociações ou marcando presença na apresentação dos jogadores e comissão técnica; mas quando é jogo, e valendo três pontos, tudo passa a fazer sentido.
Nervoso por estar meio atrasado, fiquei surpreso quando cheguei e vi que tinha MUITO espaço para estacionar. Bem em cima da hora, o público deu uma incrementada, mas quase os mesmos 500 de sempre compareceram. São fieis, seguem o Aimoré onde ele vai, mas acho que tá na hora de São Leopoldo dar mais moral pro time. Nem vou falar de mim, mas uso o meu amigo Adílson como exemplo: vem de Gravataí e tá sempre apoiando. Pero, como diz a minha mãe, "valoriza os que estão, e não os que não vieram". Até porque, ao menos estes quinhentos vem por meios próprios, não são pagos como... deixa pra lá, desviei do assunto, vamos ao que interessa:
O jogo era contra o Cerâmica e, dado o fixture da próxima rodada, contra o SC Queridinhos da Arbitragem, era imperiosa a necessidade de uma vitória. Meu ídolo Lucas Silva entendeu isso, e era o mais lúcido do ataque aimoresista. Paulo Porto inaugurou novo esquema, colocando Luanderson na lateral-esquerda, montando uma linha de três volantes (Toto, Faísca e Evandro) e dois armadores abertos pelas pontas (Mikael e Moacir).
Faltava a penetração de algum dos volantes pelo meio, e por isso as jogadas ofensivas tinham certa dificuldade de conexão. Mas o Índio insistia, e numa dessas, Evandro faz boa jogada no meio e passa para Lucas Silva, que gira em cima do zagueiro e abre o placar: 1 x 0 Aimoré, e o Matador mostrando suas credenciais. Defensivamente, o time estava bem, controlando as tentativas do time de Gravataí, a não ser um ou outro chute. Pitol seguro nas saídas de gol, e assim o primeiro tempo acabou.
Na segunda etapa, a proposta do Aimoré era explorar os armadores pelas pontas para puxar contra-ataques e matar o jogo. Porém, o Cerâmica, do nosso querido Hélio Vieira, voltou com duas alterações, e o time ganhou em dinamismo; mas nada que assustasse o sistema defensivo capilé. Até que, numa saída de bola errada do lateral Guilherme, a bola cai nos pés de Cidinho, que empata a partida.
Depois disso, houve uma tentativa de inverter o 4-3-2-1 para um 4-2-3-1, e depois para um 4-4-2 quadrado, com a entrada de mais um atacante no time. Mas aí, o Cerâmica já estava bem postado, e o jogo não dava pinta de alteração de placar, e não teve, por mais que o Aimoré tenha lutado até o fim. O empate, ao meu ver, foi um resultado ruim, mas que não deixa uma sensação de pânico, pois vi coisas interessantes no time.
O próximo compromisso do Aimoré é o jogo contra o Veranópolis, pela Copa Fernandão, e depois encara o Internacional, adversário que, como o Grêmio, SEMPRE leva vantagem nas decisões arbitrais contra os pequenos. Depois disso, jogo de volta contra o Pentacolor e o clássico contra os Galácticos, os dois em casa. Assim, senhoras e senhores, podemos dizer: começou a NOSSA Copa!
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