Futebol
O RABELLO NA TAÇA BRASIL DE 1968 (*)
(*) A partir de 22 de dezembro de 2010 a Confederação Brasileira de Futebol passaria a reconhecer a Taça Brasil como Campeonato Brasileiro.
Em 10 de julho de 1968, a Federação Desportiva de Brasília realizou uma Assembléia que decidiu pela organização de uma Seleção Profissional de Futebol, em caráter permanente. Os integrantes foram Supervisor: Major Abeguar Herdy de Oliveira; Técnico: Alberto José Pretti Filho; Massagista: Anísio Cabral de Lima (Rabello) e Roupeiro: Luiz Virgilio da Silva (Rabello).
Os jogadores convocados foram: do Rabello: Dico, Carlão, Wilson Godinho, Didi, João Dutra, Paulinho, Zé Maria, Luís Carlos, Sabará e Cid; do Defelê: Zé Walter, Aderbal, Farneze, Sir Peres, Djalma, Solon, Alaor Capella, J. Pereira, Otávio, Guairacá e Paulinho; do Guará: Axel, Heitor, Mabinho e Noel e do Cruzeiro: Ari.
Após o primeiro jogo-treino, contra a Seleção da Base Aérea, em 13 de julho de 1968, alguns jogadores foram cortados.
Permaneceram: Goleiros - Dico e Zé Walter; Zagueiros - Aderbal, Farneze, Sir Peres, Carlão, Mabinho, Wilson Godinho, Didi e Noel; Apoiadores: Heitor, João Dutra, Zé Maria, Luís Carlos e Axel e Atacantes: Guairacá, Otávio, Sabará, Solon, Cid, Alaor Capella e Paulinho (Rabello).
Logo depois, a Federação decidiu que a Seleção Permanente iria vestir a camisa do Rabello e representá-la na Taça Brasil.
Na primeira fase, o Rabello fez parte do Grupo 1 da Zona Central, juntamente com Operário, de Várzea Grande (Mato Grosso) e Atlético Goianiense, de Goiânia (GO).
Fez seus dois primeiros jogos contra o clube de Mato Grosso, em Cuiabá, vencendo o primeiro e perdendo o segundo.
VITÓRIA NO 1º JOGO
Chegando na véspera do jogo, depois de uma viagem de ônibus de aproximadamente 48 horas, o Rabello obteve um excelente resultado em seu 1º jogo pela Taça Brasil, disputado no dia 11 de agosto de 1968, no Estádio Presidente Dutra, em Cuiabá (MT).
Graças aos gols de Guairacá e Solon o Rabello venceu o Operário por 2 x 1. Odenir assinalou o tento do Operário.
O árbitro foi Louralber Monteiro, do Rio de Janeiro, e a arrecadação alcançou o montante de NCr$ 12.000,00.
O Rabello jogou e venceu com Zé Walter, Aderbal, Farneze, Carlão e Wilson Godinho; João Dutra e Zé Maria; Guairacá, Otávio, Solon e Sabará. O Operário perdeu com Walter, JK, Gonçalo, Glauco e Darcy Avelino; Tatu e Beto; Ide (Lício Amorim) (Fião), Jaburu, Gebara e Odenir.
RABELLO PERDE 2º JOGO
Com o resultado obtido no 1º jogo e por medida de economia, a delegação brasiliense aceitou jogar a segunda partida pela Taça Brasil ainda em Cuiabá, mediante a compensação de 4 mil cruzeiros novos livres de despesas.
Novamente no Estádio Presidente Dutra, em Cuiabá, no dia 14 de agosto de 1968, o Rabello não teve a mesma sorte do primeiro jogo, sofrendo derrota diante do Operário de Várzea Grande pelo marcador de 3 x 2.
O fato curioso do jogo foi que o árbitro indicado pela CBD, Cláudio Magalhães, não compareceu e à última hora o Operário indicou um árbitro da Federação Matogrossense de Desportos (Walter Scardini) para comandar a partida, sem haver comum acordo. Contra esse fato, o Rabello entrou com um recurso junto à CBD.
O Rabello chegou a estar vencendo o jogo por 2 x 1, mas depois sofreu a virada definitiva.
Guairacá marcou os dois gols do Rabello, enquanto Odenir, Gebara e Jaburu assinalaram os tentos do Operário.
Defenderam as cores do Rabello Zé Walter, Aderbal, Farneze, Carlão e Wilson Godinho; João Dutra e Zé Maria; Guairacá, Otávio, Cid e Sabará. O Operário formou com Walter, JK, Gonçalo, Glauco e Darcy Avelino; Tatu e Beto (Dedé); Jaburu, Fião, Gebara e Odenir.
RABELLO 0 x 1 ATLÉTICO GOIANIENSE
Depois do Operário, de Várzea Grande, foi a vez do Rabello enfrentar o Atlético Goianiense, com jogos de ida e volta. Caso vencesse um desses dois jogos, o Rabello estaria classificado para a Segunda Fase da Taça Brasil.
O primeiro deles disputado em 21 de agosto de 1968, no Estádio de Brasília.
O Rabello atuou muito mal e foi surpreendido e derrotado pelo rubro-negro goiano, que saiu vencedor do confronto pelo marcador de 1 x 0, gol de Zinho.
O árbitro foi Nivaldo dos Santos (RJ) e as equipes formaram assim: RABELLO: Zé Walter, Aderbal, Farneze, Alaor Capella e Wilson; João Dutra e Axel; Guairacá, Sabará (Otávio), Cid e Zé Maria. ATLÉTICO GOIANIENSE: Ronaldo, Silvio, Jair Silveira, Tujair e Edno; Machado e Adalberto; Zuíno, Zinho, Lico e Matos.
ATLÉTICO GOIANIENSE 2 x 2 RABELLO
O segundo jogo entre Rabello e Atlético Goianiense, válido pela Taça Brasil, foi disputado em 25 de agosto de 1968, no Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia (GO). Mesmo com o insucesso ocorrido no jogo de Brasília, bastava ao Rabello vencer o jogo para se classificar para a segunda fase da competição.
Comportando-se melhor em campo, o Rabello chegou a vencer o 1º tempo por 1 x 0, gol de Solon, aos 34 minutos. No começo do segundo tempo, Zinho, de cabeça, empatou o jogo. Aos 28 minutos, Lico virou o marcador para 2 x 1. Aos 35 minutos, Paulinho assinalou o gol de empate do Rabello, resultado que não era suficiente para sua classificação.
O árbitro foi José Aldo Pereira, do Rio de Janeiro, que expulsou Didi aos 39 minutos do 2º tempo.
O Rabello jogou com Zé Walter, Aderbal, Farneze, Alaor Capella e Wilson Godinho (Didi); João Dutra e Zé Maria; Sabará (Djalma), Paulinho, Otávio e Solon. O Atlético Goianiense atuou com Ronaldo, Silvio, Tinda, Tujair e Edno; Macalé e Adalberto; Marcos, Zuíno, Zinho (Antônio Augusto) e Lico.
A renda foi de NCR$ 8.541,00.
Assim, o Rabello ficou em último lugar no seu grupo, com três pontos ganhos. O rubro-negro goiano passou para a fase seguinte, com cinco.
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