Futebol

O Clássico das Américas na Copa do Mundo

Bem amigos da Rede Globo! Estou aqui que nem um pateta esperando voltar a iluminação (!?) do ~~potreiro~~ estádio Bicentenário em Resistencia, na província de Chaco na Argentina. Meu cunhado, que não gosta de futebol, hoje decidiu assitir ao jogo e está impaciente na frente da TV. Aproveitamos o vácuo de tempo para filosofar acerca do que significa esse jogo e das perspectivas de Brasil e Argentina para a Copa de 2014.

Olhem que coisa: o Superclássico das Américas é a antiga Copa Roca, onde só jogadores que atuam em seus países entram em campo, com exceção dos argentinos que atuam no Brasil. Assim, nessas condições, o Brasil vem com seu time praticamente titular, e a Argentina com um time totalmente reserva, com jogadores que dificilmente frequentam as convocações do time principal que disputa as Eliminatórias. Trocando em miúdos: hoje, os principais jogadores brasileiros atuam no Brasil, e os principais jogadores argentinos jogam na Europa, com raríssimas exceções. Isso é bom ou ruim?

Se a Copa do Mundo fosse hoje, a convocação brasileira traria em sua esmagadora maioria jogadores que atuam no futebol brasileiro, sem a vivência dos duros campeonatos europeus e sem conviver com os jogadores que irão marcá-los e serão marcados na Copa. A inexperiência em relação a estes enfrentamentos pode ser um fator negativo para o sucesso do Brasil na Copa. No entanto, o entrosamento e a mecânica de jogo advindos da disputa do mesmo campeonato, embora por times diferentes, pode ser positivo para a ideia de time que queremos: futebol aberto, bonito, ofensivo, ao estilo brasileiro de sempre.

Por outro lado, a convocação argentina traria muitos jogadores que atuam na Europa. Curtidos nos enfrentamentos com os europeus, Messi e companhia trarão para a Copa a sua experiência nos gramados do Velho Mundo, fator altamente positivo para o sucesso da Argentina na competição. A falta de identidade com uma mecânica de jogo genuinamente argentina pode pesar contra as ambições albicelestes de encerrar o jejum de 28 anos sem um título mundial.

Ainda podemos dizer que a sorte de Brasil e Argentina estará intimamente ligada ao desempenho de seus principais craques, Neymar e Messi. O brasileiro é tecnicamente exuberante, mas não tem experiência contra os europeus. O argentino é simplesmente o melhor do mundo, e com seu jogo objetivo e vertical, pode ser decisivo para a consagração argentina no Mundial 2014.

Além do mais, outra questão a ser verificada é a qualidade das companhias de um e outro. Nesse quesito, Neymar parece estar melhor ladeado, com jogadores como Lucas, Ganso, Kaká e Pato, enquanto Messi conta com craques como Agüero, Tevez, Higuaín e Di María, muito bons tecnicamente, mas que brindam menos opções táticas ao time de Sabella.

Quem chega melhor para a Copa? Quem tem os melhores jogadores? Quem está mais preparado para ser campeão? Respostas daqui a dois anos; por enquanto, só nos resta especular e torcer para que o hexa venha em grande estilo, de preferência ganhando da Argentina na final!

Em tempo: o Fiasco das Américas foi cancelado, para desespero meu e do meu cunhado...

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