Futebol

Copa América/Grupo C: Venezuela, Colômbia, Peru e Brasil

Chegamos ao último dia da série criada para facilitar sua vida no Bolão da Copa América 2015, ou então acompanhar uma visão não tão desconhecida os selecionados que iniciarão a disputa pelo título em território chileno. O Grupo C tem como favorito o Brasil, que no comando de Dunga vem buscando recuperar seu respeito no cenário mundial após o vexame no Mundial do ano passado. Por outro lado, visando manter a boa imagem deixada na Copa e reforçada pelo seu maior jogador da história recente, a Colômbia chega almejando coisas grandes, enquanto Peru e Venezuela correm por fora para avançar como um dos melhores terceiros. Um grupo que promete ser equilibrado, mas que ao mesmo tempo pode ter goleadas e surpresas.

Brasil: Na busca de respeito, aliado na competitividade de Dunga e talento de Neymar

A Seleção Brasileira está sem moral no cenário futebolístico mundial, sempre é respeitada pelo histórico, mas atualmente não tanto quanto deve, até porque o vexame na Copa do Mundo ainda está bem presente na memória de todos. No Chile, o Brasil busca ser campeão da Copa América pela nona vez, e curiosamente a última conquista ocorreu com Dunga no comando, lá em 2007 com um goleada por 3 a 0 na final contra a Argentina. Em 2011, treinado por Mano Menezes, o Brasil caiu nas quartas-de-final, derrotado nos pênaltis pelo Paraguai.

Dunga é competitivo. O futebol nem sempre é dos mais agressivos e inspirador, mas a verdade é que os números são muito favoráveis com o treinador gaúcho, que quando não estou na casamata, sempre procurou estudar e se especializar na função. Sua equipe alterna funções, joga com volantes de movimentação e, sem Oscar, até um tripé na frente dos homens de frente não pode ser descartado. A solidez defensiva é o grande trunfo do selecionado canarinho, que tem em Neymar sua principal referência técnica e esperanças em termos ofensivos.

Time base: Jefferson; Danilo, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Fernandinho, Elias, Philippe Coutinho (Fred) e Willian; Neymar e Diego Tardelli. Técnico: Dunga.

Colômbia: Moral elevada, mas responsabilidade também

É inegável que a Colômbia subiu muito de patamar nos últimos anos. Primeiro devido a uma bela campanha nas Eliminatórias e depois devido o que fez na Copa do Mundo 2014, onde mesmo sem seu principal jogador chegou as quartas-de-final ? sendo eliminado pelo Brasil, num complicado jogo vencido por 2 a 1 pelos anfitriões. Os comandados do baita técnico José Pékerman chegam cheio de esperança, possuindo uma geração recheada de grandes jogadores e reforçada pelo seu craque Radamel Falcão Garcia.

Os colombianos possuem um time parelho, coeso e disciplinado taticamente, com jogadores que possuem experiência internacional e que podem jogar em diferentes posições. Alteração tática é algo comum, ao contrário do talento de James Rodríguez: craque e principal homem de meio, que tem ao seu lado a companhia do versátil Guillermo Cuadrado. A dupla de ataque é uma incógnita, afinal quem fará dupla com Falcão Garcia: Jackson Martínez, Carlos Bacca, Teófilo Gutierrez, Victor Ibarbo ou Luis Muriel?... Ei, Pékerman, decida!

Time base: David Ospina; Zúñiga, Cristian Zapata, Murillo e Andrade (Armero); Carlos Sánchez, Edwin Valencia, Cuadrado e James Rodríguez; Falcão Garcia e Jackson Martínez. Técnico: José Pékerman.

Peru: Tentando ser o azarão, na espera de Guerrero

A Seleção Peruana já viveu momentos melhores, mas volta a cair em decadência. Se preparando para a Copa América, deposita suas fichas na garra de seus jogadores. O argentino Ricardo Gareca convocou nomes de características cascudas, com certa experiência e de raça estampada no seu estilo, em alguns casos até no sobrenome. Paolo Guerrero é o principal nome do peruano da atualidade, porém sofreu uma lesão nos treinos preparativos é tornou-se dúvida. E, assim, o Peru chega... como azarão, esperando pelo recuperação de Guerrero para um time, teoricamente, Guerreiro.

Time base: Pedro Gallese; Zambrano, Céspedes, Ascues (Claudio Pizarro), Ballón e Advíncula; Christian Cueva, Lobatón e Joel Sánchez; Jefferson Farfán e Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

Venezuela: Busca repetir o sucesso alcançado na edição anterior

País pouco popularizado com o futebol, aos poucos os venezuelanos vem se familiarizando com o esporte mais praticado no planeta. Esta paixão tem conquistado vários praticantes, aumentando os seguidores e a média de público nos estádios. O futebol da Venezuela está numa crescente e a última Copa América provou isso, onde o selecionado terminou em quarto lugar ? sua maior campanha na história. Os voos almejados para esta edição são mais altos, mais em termos de reconhecimento do que resultado, eles não querem que suas eventuais vitórias sejam consideradas surpresas e sim consequência de um trabalho a longo prazo que vem tendo resultado. Mesmo assim, o técnico mudou: agora quem está no comando é o ex-jogador Noel ?Chita? Sanvicente. Seu principal jogador é o talentoso e veterano meia Juan Arango, de passagem reconhecida no futebol europeu.

Time base: Alain Baroja; Roberto Rosales, Vizcarrondo, Andrés Tuñez e Amorebieta; Tomás Rincón, César Gonzáles, Luis Manuel Seijas e Juan Arango (Alejandro Guerra); Salomón Rondón e Josef Martínez. Técnico: Noel ?Chita? Sanvicente.

Time ideal do Grupo C:

Jefferson; Danilo, Cristian Zapata, Vizcarrondo e Advíncula;

Tomás Rincón, Elias, Philippe Coutinho e Juan Arango; Martínez e Guerrero.

Técnico: José Pékerman

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