Antes, no dia 4 de agosto de 1992 aconteceu a convocação dos jogadores da Seleção do Distrito Federal. O treinador escolhido foi Carlos Alberto do Carmo Reis, o Remo, do Gama, enquanto Eurípedes Bueno de Morais, do Taguatinga, seria o Supervisor. A comissão técnica ainda teria o médico Mauro Lobo, do Guará; o preparador físico Roberto Peres, também do Guará, e o preparador de goleiros Marinho.
Os jogadores convocados foram:
Goleiros: Vanderlei (Tiradentes) e Marco Antônio (Guará);
Zagueiros: Chaguinha (Tiradentes), Chiquinho (Guará), Paulo Henrique (Planaltina), Zinha (Taguatinga), Wilson (Sobradinho) e Itiberê (Brasília);
Meio-campistas: Paulo Lima (Taguatinga), Renato (Tiradentes), Júlio César (Tiradentes), Ésio (Brasília) e Airton (Guará);
Atacantes: Silva (Sobradinho) e Joãozinho e Serginho (Taguatinga).
O único treino da seleção do DF aconteceu no dia 7 de agosto de 1992.
No dia do jogo, 14 de agosto de 1992, Seleção do DF e Flamengo não passaram de um empate por 1 x 1.
O Estádio Mané Garrincha recebeu um público superior a 15 mil torcedores. Os dois gols foram marcados no primeiro tempo: Renato abriu o placar aos 16 minutos para a Seleção do DF, enquanto Júlio César empatou aos 35 minutos para o Flamengo.
O jogo foi muito disputado, com muitos lances emocionantes, mas os dois ataques pecaram muito nas finalizações, principalmente o Flamengo, que esperou muito de Gaúcho, que estava pouco inspirado e chegou até mesmo a pisar na bola.
O Flamengo começou com mais vontade de vencer, tocando a bola e alugando o meio-campo. A seleção brasiliense ficava encolhida, sem espaços para jogar, mas as ações ofensivas flamenguistas esbarravam na zaga brasiliense, onde sobressaía Zinha. No clube carioca, o centro de todas as jogadas era Junior, que armava, combatia e desarmava.
Mas foi a seleção brasiliense que chegou ao gol primeiro: Renato aproveitou-se de uma bobeada conjunta de Rogério e Wilson Gottardo, e chegou primeiro para marcar: 1 x 0, jogada que começou nos pés de Júlio César, passando por Joãozinho e Jefferson.
O gol de empate do Flamengo surgiu de uma jogada pela esquerda. Após a saída do lateral Chaguinha, contundido. Em seu lugar Remo colocou Paulo Henrique, que ainda frio, não acompanhou Piá, responsável pelo passe a Júlio César, que na saída de Marco Antônio chutou cruzado marcando o gol de empate.
No segundo tempo, com o empate, as duas equipes pareciam satisfeitas e pouco fizeram em busca do gol. Demonstrando cansaço da maratona de jogos que tinha feito nos últimos dias, o Flamengo passou a usar de violência para parar as jogadas da seleção brasiliense, que buscava um pouco mais pelo gol. E para quebrar a monotonia da partida, especialmente a partir dos vinte minutos, os torcedores começaram em série a entrar em campo para desespero dos policiais, que além de terem de controlar a pancadaria na arquibancada e no setor de cadeiras, ainda tinham que arrastar os invasores.
No final do jogo, Joãozinho perdeu um gol cara a cara com Gilmar.
Neste jogo estava em disputa o Troféu ?Governador Joaquim Roriz?. Como terminou empatada, seria necessária a decisão através da cobrança de penalidades máximas.
Quando o árbitro Luciano Almeida encerrou o jogo houve uma invasão em massa da torcida do Flamengo, o que impossibilitou a decisão por pênaltis.
A renda não foi fornecida.
Mais detalhes do jogo:
SELEÇÃO DO DF 1 x 1 FLAMENGO (RJ)
Árbitro: Luciano Almeida
Gols: Renato, 16 e Júlio César, 35
SELEÇÃO DO DF: Marco Antônio, Chaguinha (Paulo Henrique), Zinha, Itiberê e Chiquinho; Paulo Lima, Renato (Silva) e Júlio César (Jânio); Jefferson (Serginho), Joãozinho e Ésio. Técnico: Remo.
FLAMENGO: Gilmar, Charles (Marquinhos), Wilson Gottardo, Rogério e Piá (Junior Baiano); Uidemar, Junior, Júlio César (Djalminha) e Zinho; Paulo Nunes (Marcelinho) e Gaúcho (Luís Antônio).