Jaguar, campeão do 1º turno, e Pioneira, vencedor do 2º, decidiram o campeonato brasiliense de 1974, ainda amador, em dois jogos, ambos disputados no Estádio Pelezão.
No primeiro jogo, disputado em 1º de dezembro de 1974, o Pioneira deu importante passo para a conquista do campeonato, ao derrotar o Jaguar por 3 x 0, em jogo assistido por um público apenas regular.
Não fosse a perícia dos jogadores do Pioneira, na cobrança de faltas, talvez o jogo terminasse com o placar em branco, pois foi flagrante a supremacia das defensivas sobre os ataques.
O zero a zero do primeiro tempo persistiu até os quinze minutos do segundo período, quando Nemias, cobrando uma falta próxima à área, inaugurou o marcador.
O segundo tento do Pioneira viria em seguida, aos 18 minutos. Seu autor foi China, também cobrando falta.
Logo depois, Vital, que entrou no lugar de Nemias, mostrou ser outro exímio cobrador de lance livre direto, fazendo 3 x 0 e fixando o placar definitivo do encontro.
Na direção da partida esteve Cacírio Marinho, com excelente trabalho. Seus auxiliares, Amphilophio Pereira da Silva e Reinaldo Serpa foram igualmente bons.
As equipes formaram assim:
PIONEIRA: Adriano, Aldair, Dão, Rui e Vaninho; Maurício e Nemias (Vital); Delfino, China, Boy (Peixoto) e Piau. Técnico: Eurípedes Bueno.
JAGUAR: Josué, Léo, Salvador, Décio e Tita; Luiz Antônio e Ariston; Ramos (Batista), Djalma, Jorge Luiz e Lula (Fernando). Técnico: Anísio Cabral de Lima.
Uma semana depois, 8 de dezembro de 1974, aconteceu o segundo jogo entre Pioneira e Jaguar.
Aproveitando-se dos desfalques do adversário (quatro titulares do Jaguar: Leocrécio, Salvador, Décio e Ariston viajaram com a equipe de juvenis do Ceub, emprestados ao clube universitário para a disputa da Taça Cidade de São Paulo de Juniors, além de ter que improvisar o goleiro Roberto como jogador de ataque), o Pioneira não teve qualquer dificuldade em repetir o triunfo, praticando um futebol inteligente, vistoso e de muita objetividade. Com a segunda vitória, fez-se justiça ao Pioneira, sem dúvida a melhor equipe durante quase a totalidade do campeonato.
Desde o início da partida o Pioneira exibiu melhor padrão de jogo. Contando com um sólido bloco defensivo, que destruía facilmente as tentativas de ataque do Jaguar, apoiado por um meio-de-campo eficiente e um ataque insinuante, não foi difícil para o Pioneira confirmar no marcador a vantagem que levava em campo. E o primeiro gol surgiu aos 19 minutos, por intermédio de Boy, depois de excelente jogada individual de Nemias. Com o gol o Pioneira continuou pressionando, na procura de decidir a partida ainda no primeiro tempo. Mas, apesar do maior volume de jogo do Pioneira, o Jaguar se defendia de forma brilhante e o placar não foi modificado até o final da primeira etapa.
No segundo tempo, em nada foi modificado o panorama da partida. Em raras ocasiões o Jaguar descia ao ataque, tentando chegar ao empate. Normalmente o que se via era o Pioneira com maior volume de jogo à procura do segundo gol que garantiria seu triunfo.
Ainda assim, o tento demorou bastante para surgir. E ele só veio mesmo aos 36 minutos, novamente por intermédio de Boy, em jogada pessoal, na qual driblou até o goleiro Josué.
A ficha técnica do jogo foi essa:
PIONEIRA 2 x 0 JAGUAR
Data: 08.12.1974
Local: Pelezão
Árbitro: Amphilóphio Pereira da Silva, auxiliado por Adélio Soares Nogueira e Volney Bezerril
Expulsão: Jorge Luiz (Jaguar)
Gols: Boy, 25 e 77
PIONEIRA: Adriano, Aldair, Dão (Diogo), Rui e Ivan; Maurício, Nemias e Vital (Déo); Delfino, Boy e Piau. Técnico: Eurípedes Bueno.
JAGUAR: Josué, Elci, Vicente, Batista e Tita; Luiz Antônio e Wellington; Roberto, Djalma, Fernando e Jorge Luiz. Técnico: Anísio Cabral de Lima.