Futebol
O caminho entre o carro e o jogo hoje, foi diferente dos outros. Todos os passos que dei da José de Alencar ao Beira Rio, foram muito estranhos. Sei lá, tinha uma angústia, uma leve tristeza, uma boa dose de melancolia. Mas é Copa do Mundo, cara!!! E na minha volta, muitos alemães, argelinos, brasileiros, enfim, gente de todo o mundo, fazendo festa, cantando e sendo felizes. Então por que eu, fanático por futebol, indo assistir Alemanha x Argélia pelas oitavas de final, não era?
Perto do estádio, uma voluntária com o megafone respondeu à minha dúvida: "Sejam bem-vindos ao último jogo de Porto Alegre!"; claro, era isso! A Copa, aqui no quintal de casa, estava terminando, e a sensação de abandono já me tomava. Como seria a vida dos porto-alegrenses e gaúchos sem essa celebração fantástica que nos envolveu a todos, fez gremistas e colorados caminharem juntos sem problemas, congregou até mesmo argentinos e brasileiros num ambiente saudável?
Foi o pré-jogo mais estranho dessa Copa para mim. Não teve a emoção e tensão da estreia; não teve a imensa alegria de uma tarde festiva de sol junto de holandeses e australianos; também não teve o orgulho de ter proporcionado que minha namorada também curtisse esse clima de Copa no jogão entre argelinos e coreanos; e muito menos o deleite de ver a minha Argentina aqui, na minha casa.
Depois de tentar aproveitar ao máximo o caminho até o meu portão, decidi entrar de uma vez e aí comecei a me animar; afinal, eu iria ver os craques alemães batendo os divertidos e guerreiros argelinos, certo? Errado: o último jogo da Copa foi um jogão, equilibrado, e por pouco a simpática Algerie não eliminou a poderosa Deutschland!
Meus vizinhos de cadeira, os mesmos do jogo da França e da Holanda, estavam todos torcendo pelo mesmo que eu: prorrogação e pênaltis; não só pela emoção, mas por esse sentimento de querer continuar vivendo a Copa até a última gota. Argelinos e alemães torciam por vitórias de seus times, enquanto os gaúchos torciam pelo empate, de preferência com muitos gols. Nossos aliados/inimigos foram os dois goleiros: com defesas incríveis e saídas providenciais do gol, eles mantiveram o zero no placar, e assim nossa primeira vontade foi satisfeita.
No entanto, logo no início da prorrogação, o peso da camisa, a força física e a sorte apareceram, e Schürrle abriu o marcador. Torcíamos desesperadamente pelo empate, mas nosso time de verde não tinha mais forças para chegar no gol de Neuer. No segundo tempo, Özil fez o segundo e decretou a festa alemã, e nosso desalento - menos do meu vizinho de cadeira, que estava no banheiro no momento do primeiro gol, e torcia desesperadamente para ver um gol na Copa, independente de que o fizesse-. Na verdade, eu não estava tão triste: tenho amigos descendentes de alemães, e ver França x Alemanha nas quartas seria sensacional!
Mas a Copa Mais Incrível de Todas as Copas ainda tinha uma dosezinha de emoção: a Argélia faz um gol, e ficou a sensação de que, houvesse mais alguns minutinhos, nosso sonho de ver uma decisão por pênaltis seria realizado. Mas talvez seria pedir demais dessa Copa do Mundo que mudou e transformou a vida e a rotina dos porto-alegrenses.
E agora, com o fim injusto da Copa por aqui (um absurdo o Brasil jogar duas vezes em Fortaleza - cidade que eu adoro-, em detrimento da casa de Felipão, ou até de Recife, cidade que sempre apoiou a Seleção, mas enfim), fica a saudade e a vontade de que alguns legados permaneçam para sempre em nossas vidas.
Mais do que pontes, avenidas, ou transporte, se eu pudesse pedir só um, seria a PAZ. Quem sabe assim, os dias de Grenal seriam de novo dias de festas, ao invés de ser dias de guerra? É pedir demais, Copa? Se for, me desculpe; tu és tão maravilhosa que me atrevo a pedir isso...
- Alemanha Vence Argélia E Enfrenta França Nas Quartas De Final
Schürrle substituiu Götze e fez o gol na prorrogação / Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS(AFP) - A Alemanha penou muito, mas conseguiu vencer a surpreendente Argélia por 2 a 1 na prorrogação em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa...
- Lahm Diz Que Alemanha Não Queria Ridicularizar O Brasil No Eterno 7 A 1
Nesta segunda-feira, 13 de outubro, completam-se exatamente três meses da conquista da Alemanha na Copa do Mundo no Brasil. A vitória sobre a Argentina no Maracanã é inesquecível para os alemães, mas a goleada sobre o Brasil, dias antes, também...
- Khedira Diz Que Pediu Para Não Jogar A Final: 'foi A Decisão Mais Difícil Da Minha Vida'
Sami Khedira estava escalado para jogar a grande final da Copa do Mundo, mas minutos antes da partida contra a Argentina, no aquecimento dos jogadores alemães no gramado do Maracanã, o volante sentiu uma lesão na panturrilha esquerda e foi vetado...
- Ingresso Para O Mundo Maravilhoso Da Copa
Eu não comprei ingressos para a Copa, embora tenha me envolvido diretamente na compra dos do meu namorado e da minha mãe. E no jogo de estreia, contra a França, que ambos foram, curti à distância cada momento. Confesso que, naquele dia, o ?bichinho?...
- Austrália X Holanda - Festa Em Porto Alegre
Olá amigos, Copa do Mundo no Brasil rolando com muitas emoções e em grande estilo, e o melhor no quintal de nossa casa, ou pelo menos, muito perto disso. Segundo jogo da Copa em Porto Alegre e nos deparamos com Austrália e Holanda, num dia lindo...
Futebol
Adeus Copa, obrigado por ter vindo, tchê!
O caminho entre o carro e o jogo hoje, foi diferente dos outros. Todos os passos que dei da José de Alencar ao Beira Rio, foram muito estranhos. Sei lá, tinha uma angústia, uma leve tristeza, uma boa dose de melancolia. Mas é Copa do Mundo, cara!!! E na minha volta, muitos alemães, argelinos, brasileiros, enfim, gente de todo o mundo, fazendo festa, cantando e sendo felizes. Então por que eu, fanático por futebol, indo assistir Alemanha x Argélia pelas oitavas de final, não era?
Perto do estádio, uma voluntária com o megafone respondeu à minha dúvida: "Sejam bem-vindos ao último jogo de Porto Alegre!"; claro, era isso! A Copa, aqui no quintal de casa, estava terminando, e a sensação de abandono já me tomava. Como seria a vida dos porto-alegrenses e gaúchos sem essa celebração fantástica que nos envolveu a todos, fez gremistas e colorados caminharem juntos sem problemas, congregou até mesmo argentinos e brasileiros num ambiente saudável?
Foi o pré-jogo mais estranho dessa Copa para mim. Não teve a emoção e tensão da estreia; não teve a imensa alegria de uma tarde festiva de sol junto de holandeses e australianos; também não teve o orgulho de ter proporcionado que minha namorada também curtisse esse clima de Copa no jogão entre argelinos e coreanos; e muito menos o deleite de ver a minha Argentina aqui, na minha casa.
Depois de tentar aproveitar ao máximo o caminho até o meu portão, decidi entrar de uma vez e aí comecei a me animar; afinal, eu iria ver os craques alemães batendo os divertidos e guerreiros argelinos, certo? Errado: o último jogo da Copa foi um jogão, equilibrado, e por pouco a simpática Algerie não eliminou a poderosa Deutschland!
Meus vizinhos de cadeira, os mesmos do jogo da França e da Holanda, estavam todos torcendo pelo mesmo que eu: prorrogação e pênaltis; não só pela emoção, mas por esse sentimento de querer continuar vivendo a Copa até a última gota. Argelinos e alemães torciam por vitórias de seus times, enquanto os gaúchos torciam pelo empate, de preferência com muitos gols. Nossos aliados/inimigos foram os dois goleiros: com defesas incríveis e saídas providenciais do gol, eles mantiveram o zero no placar, e assim nossa primeira vontade foi satisfeita.
No entanto, logo no início da prorrogação, o peso da camisa, a força física e a sorte apareceram, e Schürrle abriu o marcador. Torcíamos desesperadamente pelo empate, mas nosso time de verde não tinha mais forças para chegar no gol de Neuer. No segundo tempo, Özil fez o segundo e decretou a festa alemã, e nosso desalento - menos do meu vizinho de cadeira, que estava no banheiro no momento do primeiro gol, e torcia desesperadamente para ver um gol na Copa, independente de que o fizesse-. Na verdade, eu não estava tão triste: tenho amigos descendentes de alemães, e ver França x Alemanha nas quartas seria sensacional!
Mas a Copa Mais Incrível de Todas as Copas ainda tinha uma dosezinha de emoção: a Argélia faz um gol, e ficou a sensação de que, houvesse mais alguns minutinhos, nosso sonho de ver uma decisão por pênaltis seria realizado. Mas talvez seria pedir demais dessa Copa do Mundo que mudou e transformou a vida e a rotina dos porto-alegrenses.
E agora, com o fim injusto da Copa por aqui (um absurdo o Brasil jogar duas vezes em Fortaleza - cidade que eu adoro-, em detrimento da casa de Felipão, ou até de Recife, cidade que sempre apoiou a Seleção, mas enfim), fica a saudade e a vontade de que alguns legados permaneçam para sempre em nossas vidas.
Mais do que pontes, avenidas, ou transporte, se eu pudesse pedir só um, seria a PAZ. Quem sabe assim, os dias de Grenal seriam de novo dias de festas, ao invés de ser dias de guerra? É pedir demais, Copa? Se for, me desculpe; tu és tão maravilhosa que me atrevo a pedir isso...
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Olá amigos, Copa do Mundo no Brasil rolando com muitas emoções e em grande estilo, e o melhor no quintal de nossa casa, ou pelo menos, muito perto disso. Segundo jogo da Copa em Porto Alegre e nos deparamos com Austrália e Holanda, num dia lindo...