Futebol
A VOZ DO INTER - Eu tinha razão!
A infância e adolescência de um Colorado que como eu, nasceu no início dos anos 80 foram complicadas, muito complicadas. Como diria o mestre Luis Fernando Veríssimo, somos os que resistimos. Em 2002 quase caímos. O ano de 2003 prometia ser melhor. Vitório Piffero assumiu o futebol, Muricy Ramalho foi contratado para treinar o time. Vindos da base, Cleiton Xavier, Daniel Carvalho, Diego e Nilmar prometiam. Juntaram-se a eles as contratações de Sangaletti, Gavilán e André Cruz, entre outros.
Na verdade, para o torcedor colorado a cada início de ano se tinha a ideia de que aquele era o ano de voltar a vencer. E o 2003 começou especial, com o Inter voltando a vencer Grenais depois de mais de dois anos. E de virada. Na casa do adversário. Mas então veio a Copa do Brasil e o Remo.
No jogo de ida, derrota por um a zero. No jogo da volta eu fui sozinho ao Beira-Rio. Naquela época sempre ia sozinho aos jogos. Não eram muitos os colorados que iam ao campo. Das sociais, vi o Inter sair na frente, ceder o empate e fazer o 2 x 1. Faltava um gol. Eu ali, de pé nas sociais do Gigante, andava de um lado para o outro, tentando atacar junto com o time. E lembrava do quase contra o Bahia e contra o Olimpia. Do gol que faltou para nos classificarmos em 1995. Do pênalti perdido pelo Leandro contra o rebaixado Bragantino em 1996. De mais um quase em 1997, da dolorosa derrota do estadual e da Copa do Brasil para o Juventude. E o gol não saia.
Depois de mais uma chance de gol perdida, me lamentando e xingando tudo e todos, olho para o lado e tem um repórter de rádio vindo em minha direção, que me pergunta: E ai colorado, vai dar, sai o gol da classificação? Sai sim, vai sair. Um dia tem que dar. Foi minha resposta, com os olhos marejados, lembrando de todo o passado de dor. Naquele dia não deu. Nem na Copa do Brasil, nem na vaga da Libertadores. Em 2004, contra o Boca, também não deu. Em 2005 perdemos a Copa do Brasil e nos roubaram o Brasileiro. Também não deu.
Mas eu tinha razão, a coisa ia mudar. No mágico ano de 2006 o sofrimento foi recompensado com juros e correção. Dali para diante, veio tudo. Espero eu, na minha mente perturbada de torcedor, que essa vitória contra o Remo na Copa do Brasil de 2014 sirva para voltarmos ao rumo certo. Que seja de novo a nossa vez.
Marcelo Ducati Ferreira
@marceloducati
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