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A VOZ DO INTER - Eu tenho a Força!

E deu Inter. No final das contas, é isso que importa. Mas não foi só isso. Foi uma baita vitória dos comandados de Abel Braga. No Grenal 400, tivemos a vitória de número 150 do colorado. A primeira vitória da Arena foi Colorada, assim como foi a primeira vitória do Olímpico, dos Eucaliptos e do Beira-Rio.

Com o ingresso na mão, cheguei ao Beira-Rio perto das 13h e não tive nenhum problema para ingressar no ônibus da torcida colorada. A Brigada fazia a contagem e liberava os ônibus aos poucos, para não superlotarem como nos jogos anteriores. Aliás, dessa vez o trabalho da Administração do Inter e da Brigada Militar foi sensacional. Tanto na ida, quanto na volta.

Com a bola rolando, o Grêmio usou a mesma tática dos últimos clássicos: parava todo o ataque do Inter com faltas na intermediária, principalmente no D?Alessandro. Saindo com rapidez, o colorado quase abriu o placar com Alex. Logo em seguida o Grêmio marcou com Barcos, numa falha primária de posicionamento da defesa vermelha. O problema não era só o placar. O problema maior era um time do Inter jogando por jogar, sem explosão, sem indignação, sem alma.

Assim como no Grenal do Século, Abel tratou de mudar as coisas no vestiário, tanto na questão emocional, quanto na questão técnica, colocando Alan Patrick em campo. Um Inter jogando a morrer, colocou a bola no chão e logo chegou ao gol com Rafael Moura. E a postura em campo não mudou. O time continuava a atacar, procurando o segundo gol. Aránguiz quase fez. Alex quase fez. Rafael Moura, o He-Man, fez. Num jogo que a torcida gremista foi para a Arena ver o Pirata, foi apresentada para o He-Man. Dizem até que mudara o nome, de Arena do Grêmio para Arena de Grayskull.

Principalmente depois da virada, a festa foi vermelha nas arquibancadas da Arena. Quase uma hora após o jogo, enquanto esperávamos dentro do estádio, o momento de êxtase e que demonstra em mais um ato o que esse jogador representa na história do Inter. O maior camisa 10 colorado de todos os tempos foi até a porta do túnel de acesso ao gramado e de lá, de longe, abanou, pulou, gritou e fez a festa com a sua ?hinchada?. D?Alessandro é o nosso representante dentro de campo.

E assim, com o show do He-Man, terminou o Grenal de número 400. Os vermelhos voltaram para casa feliz, sabendo que não ganharam nada ainda, mas que a coisa está muito bem encaminhada.

Marcelo Ducati Ferreira

@marceloducati

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