A mística que nunca morrerá
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A mística que nunca morrerá


Hoje, 15 de setembro de 2015, uma entidade completa os primeiros 112 de uma eternidade.

Entidade gigante, eterna, uma força dentro de campo. Uma das torcidas mais apaixonadas do Brasil, a qual o amor não se mede por títulos.
Mesmo torcendo única e exclusivamente por amor, a torcida do Grêmio Football Porto-Alegrense tem uma história linda pra gabar, uma das mais bonitas do cenário futebolístico nacional, continental, mundial: uma gloriosa trajetória medida, em números, por 1 Mundial Interclubes, 2 Taças Libertadores, 2 Campeonatos Brasileiros, 4 Copas do Brasil e 36 Campeonatos Gaúchos. Ídolos eternos e imortais como Renato Gaúcho, Hugo de León, Eurico Lara, Arce, Everaldo, dentre muitos outros.

Mas o Grêmio é algo que eu simplesmente não consigo descrever. É tipo uma mística azul, branca e preta, uma mística diferente.

É uma mística a nível estadual. Estamos falando de um time que participa, anualmente, de um campeonato estadual muito querido (ou invejado por alguns) por todo o Brasil: o do Rio Grande do Sul. As disputas da dupla GreNal com o interior gaúcho sempre impuseram embates épicos dentro de campo, e o temido Tricolor, sempre disposto a vencer qualquer adversário dentro de sua zona de conforto (traduzida por Olímpico ou Arena Grêmio, mais recentemente), sempre contou e sempre contará com o apoio de sua torcida, já citada nesse texto.
É uma mística a nível nacional. O legado que Luiz Felipe Scolari deixou é o de que "desistir" não é uma palavra presente no dicionário gremista. Aquele timaço formado entre os anos de 1994 e 1997 (o melhor da sua história, na minha opinião), que foi campeão brasileiro e bicampeão da Copa do Brasil, deixou evidente a característica que o clube tem de "copeiro": até hoje, o Grêmio é temido em competições mata-mata e nacionais. E sinceramente, se existem torcedores desse time que não morreram por um ataque de coração na famosa Batalha dos Aflitos, acho que esses que são imortais.
É uma mística a nível continental. O Grêmio conseguiu conquistar a América duas vezes, sempre exibindo um futebol lindo mas de estilos diferentes: seja em 1983, na maestria liderada por Renato Gaúcho, ou em 1995, na raça dos jogadores consagrados. Isso sem falar das relações que o clube tem em torcidas com o continente da América do Sul. Como falar de Grêmio sem falar da eterna Geral do Grêmio (que pode ser confundida facilmente com uma legítima barra brava proveniente da Argentina)?
É uma mística a nível intercontinental. O título mundial foi atingido de um jeito muito Grêmio: suado e na raça. E quiseram os deuses do futebol que aquele timaço de 1995 não conquistasse o mundo, mas isso não importa.

É uma mística que estará viva de 1903 pra sempre.
É uma mística Imortal.

Meus parabéns para o Grêmio pelos 112 anos de história.




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