Futebol
7 problemas e 7 soluções para o Grêmio
Na reestreia do Grêmio no Campeonato Brasileiro, o time empatou em 1 x 1 com o Atlético-PR, fora de casa. O jogo marcou ainda a estreia de Renato Portaluppi na casamata gremista. Por mais que ainda seja o início de seu trabalho, alguns problemas e algumas soluções puderam ser identificadas. Em homenagem à camisa imortalizada por Renato, aqui vão 7 problemas e 7 soluções do Grêmio:
7 PROBLEMAS:1 - Posicionamento do meio de campo. O losango proposto por Renato ainda não funcionou, o que é normal por se tratar de início de trabalho. No primeiro tempo, Adriano saía muito do lugar e dava espaços ao time paranaense. Souza não estava à vontade no vértice direito, Biteco se dividia entre marcar e atacar, sem grande brilho, e Zé Roberto não conseguiu preencher o espaço de armador do time;
2 - Falta de reposição na lateral direita. Hoje, na ausência de Pará, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, jogou Moisés, volante que veio do Juventude. Embora não tenha tido uma atuação péssima, o gol do Furacão surgiu pelo seu lado, e o Grêmio ficou sem jogadas pelo lado direito. É fundamental a contratação de um lateral direito para brigar com Pará;
3 - Movimentação do ataque. Quando o jogo está complicado, quem volta para buscar a bola é Barcos, ao invés de Vargas. Precisa haver essa mudança de posicionamento. Além do mais, o chileno precisa se movimentar mais pelos lados, buscando espaço e não ficando preso no lado direito;
4 - Temperamento da zaga. Werley e Bressan não têm o perfil de "xerifes". Zagueiro que se preze, ao menos um deles, deve ser mais malandro, mais "malvado", ter voz de comando e dominar a zaga. Não me parece ser o caso de nenhum deles. Além disso, se tecnicamente nenhum deles é ruim, também nenhum deles é um grande zagueiro. Se analisarmos que Cris está no banco, é outra posição carente no grupo;
5 - Lateral esquerda. Alex Telles, por mais esforçado e voluntarioso que seja, não me parece ter estofo para ser o titular absoluto do time. E mesmo que ele cresça e se transforme no dono absoluto da posição, ele não teria reserva à altura, já que dificilmente Wendell poderá dar resposta imediata;
6 - Falta de centroavante no grupo. Vargas tem reserva à altura, Kleber. O mesmo não ocorre com Barcos, já que Yuri Mamute, além de não estar pronto, é um jogador de lado de campo. Talvez seja interessante pensar no retorno de André Lima;
7 - Pouco tempo de trabalho. Um problema evidente, já que Renato chegou durante essa semana. Inclusive, provavelmente seja boa parte da explicação dos problemas anteriores. Não deixa de ser uma boa notícia, já que o tempo vai tratar de resolver esse e outros problemas.
7 SOLUÇÕES:1 - Atitude. Embora de maneira tímida, deu para ver que o time teve outra atitude, buscou constantemente a vitória, por mais desorganizado que estivesse. Não se abateu com o gol sofrido e foi capaz de buscar o empate. Parece que essa será a primeira grande mudança do time;
2 - Maxi Rodríguez. O menino uruguaio entrou no final do jogo, mostrou desenvoltura e deu grande lançamento para o gol de empate. O que ele mostrou já deu pra ver que terá grande futuro no tricolor;
3 - Barcos. Visivelmente está com confiança renovada. Perdeu gols, é verdade, mas ocupou mais a grande área, e teve personalidade para fazer grande jogada individual no final do jogo, marcando o gol de empate e quebrando um jejum de 70 dias. Vai crescer muito nessa nova fase do time;
4 - Adriano. Se firmou como grande solução na contenção do meio de campo. No segundo tempo, quando ele fixou posição, controlou praticamente todas as investidas do time paranaense. Mesmo que com a chegada de Riveros ele vá para o banco de reservas, será uma peça importantíssima no grupo;
5 - Elano e Zé Roberto. Serão fundamentais na montagem desse meio de campo. Possivelmente o primeiro ocupará a posição de armador do time, e o segundo jogará pelo lado esquerdo. Mas a facilidade dos dois em cumprir outras funções ajudará a acertar esse setor do time.
6 - Orgulho da torcida. Foi visível o quanto a torcida do Grêmio que foi à Vila Capanema estava orgulhosa e inflamada. Por momentos, abafava a massa atleticana, cantando alto o seu amor pelo tricolor. Causado pelo fator Renato, esse orgulho tem tudo para fazer lotar a Arena e empurrar o Grêmio para as vitórias.
7 - Renato, o eterno camisa 7. Para fechar, o que me parece mais importante. Mesmo com poucos dias de trabalho, ele já começa a incutir no time novas ideias de comportamento futebolístico, que incluem assumir o protagonismo e buscar sempre a vitória. Enxergou o jogo no intervalo, fixando Adriano e controlando os avanços do time adversário. Fez duas boas alterações colocando Kleber e Maxi Rodríguez. Enfim, Fábio Koff acertou ao trazê-lo de volta, e ele tem tudo para alcançar grande sucesso no comando do time.
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