Quem é Luiz Felipe Scolari
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Quem é Luiz Felipe Scolari



Esse post é especialmente dedicado aos gremistas que nasceram na década de 90 e início dos anos 2000. Aos que nasceram antes, prometo que vou lhes fazer referência, mas só no finalzinho do texto; sei que vocês irão entender.

Você, gremista, que nasceu na década de 90 e início dos anos 2000, é com você que eu quero falar; quero lhe contar quem é Luiz Felipe Scolari para nós, que vestimos a camiseta mais linda do universo. Eu sei, vivemos tempos de internet, e ele foi campeão com a Seleção, fez bela campanha na seleção portuguesa, ganhou Copa do Brasil com o Palmeiras, e por aí vai. Mas nada disso explica o porquê de vivermos um dia tão especial como hoje.

Também não vou abusar da sua paciência, amigo(a) gremista a quem dedico o post; por isso, não vou falar sobre os títulos que ele conquistou aqui no Grêmio. Não, isso nem de longe é o principal significado dele por aqui; ele é muito mais do que isso. Não é "o que" ele fez, mas "como" fez.

Querido(a) gremista, estamos falando do cara que retornou em 1993, com o Grêmio campeão gaúcho, e comeu o pão que o diabo amassou por aqui. A torcida pedia sua cabeça, mas um tal de Fábio Koff e um outro chamado Luiz Carlos Silveira Martins bancaram a sua permanência. No ano seguinte, título da Copa do Brasil; no outro, Libertadores e vice-mundial; no outro, Recopa e Brasileiro.

No meio de tudo isso, montou um time odiado pelo resto do país. "Time argentino", "time violento", "time brucutu", soam como música aos meus ouvidos quando entoadas por vozes paulistas e cariocas. Ele era a personificação do medo de vir ao Olímpico enfrentar o Grêmio. Luxemburgo que o diga: num Grêmio x Flamengo, o irritante Pofexô tomou um soco do nosso treinador "que mandava bater" (não só mandava, mas também batia, né Luxa?).

Esse é o cara que tá chegando, e não é para ganhar títulos. Ele está vindo para, depois de muito tempo, fazer o Grêmio voltar a ser Grêmio de verdade; os títulos serão uma consequência desse realinhamento de rota. Não é sobre montar um time defensivo, sobre ser violento, sobre jogar num ou noutro sistema tático; é muito mais do que isso: é montar um time valente, destemido, que tem consciência da camisa que veste e vende caro um empate, que dirá uma derrota.


Amigo(a) gremista, não entre nessa de "técnico ultrapassado", e nem na ridícula tentativa de responsabilizá-lo pelos 7 x 1 da Alemanha sobre o Brasil na Copa. Uma derrota que nem essa não pode ser culpa de um ou dois; é uma derrota que tem vários culpados, em vários níveis. Felipão é um deles, mas está longe de ser o único. Porém, até isso é positivo: aumenta ainda mais a vontade de Luiz Felipe em vencer aqui na sua casa. Ele é o cara certo, no lugar certo, na hora certa.

Se vai dar certo, ninguém sabe. Mas a sua contratação está longe de ser "pensamento mágico": mágica é apostar num desconhecido, num imponderável, num almofadinha estudioso, em alguém que não conhece a história gremista, as suas carências, as suas necessidades, os seus anseios. Tenha certeza de uma coisa, amigo: se Felipão não puder levantar o Grêmio, ninguém mais pode.

Para finalizar, quero me dirigir agora àqueles que viveram o inesquecível período entre 1994 e 1996; àqueles que foram pra Goethe, que comemoraram a dominância de um Grêmio forte, aguerrido e bravo: quero lhes pedir para que tentem explicar aos mais novos a importância da chegada do nosso Messias.

E isso nem precisa ser feito com palavras: pode ser lotando o aeroporto, os treinos, os jogos; pode ser se associando, apoiando, consumindo os produtos do clube, e o mais importante: fazendo da Arena um lugar inóspito, muito mais temido para os adversários do que era o Monumental. Porque só assim os mais novos irão entender na prática quem estará na casamata tricolor. E esse apoio se multiplicará, e se tornará algo tão insuportável para os outros, que vencer será o resultado mais natural do mundo, e por consequência as taças virão.

Mas não pensemos nelas agora: vamos celebrar esse momento, esse retorno mais que especial. Vamos comemorar a volta do tricolor à sua casa, comandado por alguns dos homens mais importantes de sua história; vamos festejar a volta do Grêmio, esse que não aparecia há muitos e muitos anos. Gremistas de todas as idades, vamos receber de braços abertos Luiz Felipe Scolari, o homem que é a personificação do modo gremista de ser...



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