O presente, o passado e o futuro gremista no Brasileirão
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O presente, o passado e o futuro gremista no Brasileirão



O Grêmio entrou em campo na Arena Pernambuco ontem, para encarar o Náutico, na abertura do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Venceu o time da casa por 2 x 0, gols de Barcos e Paulinho, e continua na disputa pelo título.

O presente gremista é de um time bem montado, com os jogadores certos para o desenho tático implementado por Renato. Além disso, o time luta bravamente, não se importa em parar o jogo com faltas, em dar balão para o campo adversário, em apostar na bola parada. Total semelhança de espírito com o DNA tricolor em toda a sua história, com os maiores times que o Grêmio já teve desde 1903.

Mais do que tática, nível técnico de jogadores, conhecimento do treinador, me parece que essa atitude é o que o Grêmio está apresentando de mais importante e significativo em seu presente. Claro que todas as outras características são fundamentais, mas essa garra é o combustível que está impulsionando o time do Humaitá à posição de destaque na tabela de classificação.

Falar do passado gremista na competição é falar num "antes-e-depois": a campanha do Grêmio está dividida em antes de Renato e depois de Renato, já que os 5 primeiros jogos do time foram sob a batuta de Vanderlei Luxemburgo.

Após a eliminação bisonha da Libertadores para o Santa Fé, Luxa ficou no clube por uma aposta em seu currículo como "treinador de Brasileirão", sendo o maior vencedor da competição. Mas ele nunca chegou a convencer em 2013: escalações injustificáveis, postura de perdedor e falta de atitude e comprometimento do time dentro de campo. Os jogadores claramente não apoiavam o técnico, e se analisarmos que essa é uma situação comum nos clubes por onde ele passa, me parece que eles tinham razão em adotar essa postura. Com ele no comando, foram 5 jogos: triunfos contra Náutico e Vitória em casa, empates contra Santos fora e São Paulo em casa (quando foi muito vaiado pela torcida) e derrota para o Atlético-MG fora. Na parada da Copa das Confederações, pouco antes do reinício do Brasileirão, a direção gremista decide pela troca.

Renato chega e eleva o moral de seus comandados, apostando naquela que muitos consideravam (será que ainda consideram?) como a sua única especialidade: a capacidade de motivar um grupo. Mas não era só isso: rapidamente passou a trabalhar a parte tática, até encontrar um modelo de time adequado aos jogadores que tinha em mãos; assim nasceu o 3-5-2, criado num momento de instabilidade, onde o Grêmio disputaria um Grenal sem Zé Roberto e Elano. Pois naquele jogo o time foi superior ao seu rival, apesar do empate, e daí para a frente o esquema foi adotado de forma permanente.

Antes da adoção do 3-5-2, o tricolor disputou 5 partidas: empate contra o Atlético-PR fora, vitórias contra Botafogo e Fluminense na Arena, e derrotas para Criciúma e Corinthians fora de casa. A partir da 11ª rodada, no Grenal da Arena, o Grêmio disputou 10 jogos: 1 empate, 2 derrotas (incluindo uma contra o Coritiba em casa) e 7 vitórias, com direito a bater Vasco e Flamengo fora de casa. Também é verdade que o esquema funcionou quando Renato adotou "3 volantes" de origem no meio, liberando os laterais para participar das jogadas ofensivas. A partir da 13ª rodada, por exemplo, o time conquistou 5 vitórias consecutivas, foi perder para o Goiás na 18ª rodada, fora de casa, num jogo marcado por erros individuais.

Com tudo isso, é difícil prever o futuro gremista na competição em termos de resultados. O Cruzeiro parece estar pronto para ser campeão, o Botafogo tem se superado a cada rodada, e ainda tem times chegando de trás. O grupo do Grêmio não é o melhor do Brasil, mas se dá ao luxo de, na próxima rodada, substituir Kléber Gladiador, um dos principais jogadores do time, pelo chileno Eduardo Vargas, que vem de grande atuação no amistoso contra a campeã mundial Espanha (marcou dois gols no empate por 2 x 2). Ainda tem Elano, os irmãos Biteco, Maxi Rodriguez, enfim, parece ter peças de reposição à altura para enfrentar o restante do campeonato.

Independente daquilo que aconteça e do lugar que ocupe no dia 8 de dezembro, o fato é que o Grêmio está cada vez com mais cara de time do Grêmio, e as chances de que tudo isso termine numa ansiada taça de relevância após 12 anos de jejum, é cada vez maior.

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