Futebol
A exatos sete dias do início da XXª Copa do Mundo de seleções, em território brasileiro, o Futebol Comportamental começa a sua cobertura especial do maior campeonato do mundo. Vamos trazer os jogos, as análises, os olhares sobre todos os aspectos do torneio, além da cobertura in loco de alguns jogos. Para começar, vamos falar sobre a fórmula de disputa da Copa, que já trouxe situações esdrúxulas por conta de seu formulismo.
Uruguai 1930:
As 13 seleções inscritas foram divididas em 4 grupos, sendo 3 deles com 3 times, e 1 com 4 equipes, o da Argentina. Os campeões de cada grupo avançavam às semifinais: Uruguai, Iugoslávia, Argentina e Estados Unidos avançaram, com os dois sul-americanos fazendo a final, vencida pelos uruguaios.
Itália 1934:
Na Copa anterior, tivemos muitas ausências de times europeus por conta da complicada logística que uma ida ao Uruguai representava. Assim, em 1934 já tivemos eliminatórias, com 16 seleções se credenciando para a disputa do Mundial. O formato escolhido foi o eliminatório, com oitavas, quartas, semi e final. Assim, oito times, incluindo o Brasil, fizeram apenas um jogo. Mais uma vez o time da casa levou a melhor: a Itália bateu a Tchecoslováquia na final e sagrou-se campeã.
França 1938:
Mesma fórmula da Copa anterior, nova vitória italiana, que venceu o Brasil nas semifinais.
Brasil 1950:
Para conseguir explicar a fórmula estapafúrdia de 50, vamos pedir ajuda ao projeto Abril na Copa, que definiu assim a bagunça: "O formato de grupos voltou em 1950, no Brasil. De novo, em uma distribuição esquisita. Com 3 países desistindo na última hora, houve duas chaves com 4, uma com 3 e um grupo com dois times, apenas: o Uruguai eliminou a Bolívia em um jogo único, por 8 x 0. A fase seguinte foi ainda mais confusa: os 4 classificados se enfrentaram em um quadrangular. Ou seja, o famoso Maracanazo nem sequer foi uma final de verdade". Confuso? Imagine...
Suíça 1954:
Mais uma vez, passamos de 13 para 16 times. Só que dessa vez, mais uma invencionice: são 4 grupos com 4 times, sendo que em cada grupo, temos 2 cabeças de chave que não se enfrentam entre si. Assim, cada time faz dois jogos e classificam os dois melhores de cada chave, para compor as quartas de final. A Alemanha bateu a Hungria na final.
Suécia 1958:
Um sopro de bom senso pairou sobre os organizadores, e eles fizeram o simples: 16 times, 4 grupos de 4 equipes cada, todas enfrentando todas, e classificando as duas melhores para as quartas. O Brasil conseguiu seu primeiro título mundial batendo a Suécia na final.
Chile 1962:
Mesma fórmula da Copa anterior, novo título brasileiro, ganhando da Tchecoslováquia.
Inglaterra 1966:
A boa e simples fórmula das Copas anteriores se manteve. Vitória inglesa em sua casa, vencendo a Alemanha na final.
México 1970:
No tricampeonato brasileiro em cima da Itália, tivemos mais uma vez a manutenção da fórmula de disputa.
Alemanha 1974:
Depois de 4 Copas com uma fórmula simples e coerente, a Fifa decidiu alterar o formato de disputa: ao invés de os 8 classificados disputarem as quartas de final, montou-se dois grupos de 4 times, onde o campeão de cada chave disputava a final. Alemanha e Holanda fizeram a final, vencida pelo time da casa.
Argentina 1978:
A última Copa com 16 equipes manteve a fórmula da edição anterior. Mais uma vez a Holanda chegou à final, contra o time da casa, e novamente perdeu.
Espanha 1982:
A chegada de João Havelange na presidência da Fifa significou o aumento de equipes na Copa do Mundo, pulando de 16 para 24 seleções, divididas em 6 grupos de 4 times cada, classificando os dois melhores de cada. Na segunda fase, os times foram divididos em 4 grupos de 3 equipes cada, classificando o campeão de cada chave para fazer as semifinais. A Itália venceu a Alemanha na final.
México 1986:
A fórmula muda novamente: aos 12 times classificados no grupos, se juntam os 4 melhores terceiros colocados, que fazem as oitavas de final e seguindo com os jogos eliminatórios até a final, vencida pela Argentina sobre a Alemanha.
Itália 1990:
Repetição da fórmula anterior e repetição da final. Só não houve a repetição do vencedor.
Estados Unidos 1994:
Na última Copa do Mundo com 24 equipes, tivemos a manutenção da fórmula das últimas duas edições. O Brasil foi tetra, batendo a Itália nos pênaltis.
França 1998 até hoje:
Mais 8 equipes foram agregadas à disputa: 32 times, em 8 grupos de 4 times, classificam os 2 melhores para fazer a fase eliminatória. A fórmula permanece até hoje, e felizmente não temos perspectivas de alterações no coerente modelo de disputa.
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Futebol
O formulismo da Copa do Mundo
A exatos sete dias do início da XXª Copa do Mundo de seleções, em território brasileiro, o Futebol Comportamental começa a sua cobertura especial do maior campeonato do mundo. Vamos trazer os jogos, as análises, os olhares sobre todos os aspectos do torneio, além da cobertura in loco de alguns jogos. Para começar, vamos falar sobre a fórmula de disputa da Copa, que já trouxe situações esdrúxulas por conta de seu formulismo.
Uruguai 1930:
As 13 seleções inscritas foram divididas em 4 grupos, sendo 3 deles com 3 times, e 1 com 4 equipes, o da Argentina. Os campeões de cada grupo avançavam às semifinais: Uruguai, Iugoslávia, Argentina e Estados Unidos avançaram, com os dois sul-americanos fazendo a final, vencida pelos uruguaios.
Itália 1934:
Na Copa anterior, tivemos muitas ausências de times europeus por conta da complicada logística que uma ida ao Uruguai representava. Assim, em 1934 já tivemos eliminatórias, com 16 seleções se credenciando para a disputa do Mundial. O formato escolhido foi o eliminatório, com oitavas, quartas, semi e final. Assim, oito times, incluindo o Brasil, fizeram apenas um jogo. Mais uma vez o time da casa levou a melhor: a Itália bateu a Tchecoslováquia na final e sagrou-se campeã.
França 1938:
Mesma fórmula da Copa anterior, nova vitória italiana, que venceu o Brasil nas semifinais.
Brasil 1950:
Para conseguir explicar a fórmula estapafúrdia de 50, vamos pedir ajuda ao projeto Abril na Copa, que definiu assim a bagunça: "O formato de grupos voltou em 1950, no Brasil. De novo, em uma distribuição esquisita. Com 3 países desistindo na última hora, houve duas chaves com 4, uma com 3 e um grupo com dois times, apenas: o Uruguai eliminou a Bolívia em um jogo único, por 8 x 0. A fase seguinte foi ainda mais confusa: os 4 classificados se enfrentaram em um quadrangular. Ou seja, o famoso Maracanazo nem sequer foi uma final de verdade". Confuso? Imagine...
Suíça 1954:
Mais uma vez, passamos de 13 para 16 times. Só que dessa vez, mais uma invencionice: são 4 grupos com 4 times, sendo que em cada grupo, temos 2 cabeças de chave que não se enfrentam entre si. Assim, cada time faz dois jogos e classificam os dois melhores de cada chave, para compor as quartas de final. A Alemanha bateu a Hungria na final.
Suécia 1958:
Um sopro de bom senso pairou sobre os organizadores, e eles fizeram o simples: 16 times, 4 grupos de 4 equipes cada, todas enfrentando todas, e classificando as duas melhores para as quartas. O Brasil conseguiu seu primeiro título mundial batendo a Suécia na final.
Chile 1962:
Mesma fórmula da Copa anterior, novo título brasileiro, ganhando da Tchecoslováquia.
Inglaterra 1966:
A boa e simples fórmula das Copas anteriores se manteve. Vitória inglesa em sua casa, vencendo a Alemanha na final.
México 1970:
No tricampeonato brasileiro em cima da Itália, tivemos mais uma vez a manutenção da fórmula de disputa.
Alemanha 1974:
Depois de 4 Copas com uma fórmula simples e coerente, a Fifa decidiu alterar o formato de disputa: ao invés de os 8 classificados disputarem as quartas de final, montou-se dois grupos de 4 times, onde o campeão de cada chave disputava a final. Alemanha e Holanda fizeram a final, vencida pelo time da casa.
Argentina 1978:
A última Copa com 16 equipes manteve a fórmula da edição anterior. Mais uma vez a Holanda chegou à final, contra o time da casa, e novamente perdeu.
Espanha 1982:
A chegada de João Havelange na presidência da Fifa significou o aumento de equipes na Copa do Mundo, pulando de 16 para 24 seleções, divididas em 6 grupos de 4 times cada, classificando os dois melhores de cada. Na segunda fase, os times foram divididos em 4 grupos de 3 equipes cada, classificando o campeão de cada chave para fazer as semifinais. A Itália venceu a Alemanha na final.
México 1986:
A fórmula muda novamente: aos 12 times classificados no grupos, se juntam os 4 melhores terceiros colocados, que fazem as oitavas de final e seguindo com os jogos eliminatórios até a final, vencida pela Argentina sobre a Alemanha.
Itália 1990:
Repetição da fórmula anterior e repetição da final. Só não houve a repetição do vencedor.
Estados Unidos 1994:
Na última Copa do Mundo com 24 equipes, tivemos a manutenção da fórmula das últimas duas edições. O Brasil foi tetra, batendo a Itália nos pênaltis.
França 1998 até hoje:
Mais 8 equipes foram agregadas à disputa: 32 times, em 8 grupos de 4 times, classificam os 2 melhores para fazer a fase eliminatória. A fórmula permanece até hoje, e felizmente não temos perspectivas de alterações no coerente modelo de disputa.
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